ESCREVER É DIVINO!
CAMINHOS DE UM POETA
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
RÉQUIEM PARA UMA SAUDADE
Andam dizendo besteiras por aí, mas eu entendo. Até nas besteiras temos de ser democráticos.Fala quem quer e ouve quem quer... ou lê.Mas embora respeitando algumas me irritam demais. Até os grandes autores escrevem besteiras e eu não sou obrigado a concordar com eles, só porque são grandes. Feliz de quem tem opinião própria. Dessa forma de egoísmo eu não abro mão. Meu direito de filtrar o que presta e o que não presta na minha peneira cultural.Vamos parar com discursos prontos, comportados, politicamente corretos, que tudo é uma maravilha, etc. Li um dia desses, de um grande escritor, um texto e endossado por um outro que cultiva sexo e álcool, que precisamos viver só o presente, esquecendo o passado e não se preocupar com o futuro. Claro que eu vivo o presente intensamente e baseado sempre na emoção, eu cultivo e respiro poesia. Eu faço poesia o dia inteiro, minha cabeça não pára.Também gosto de sexo e álcool. Do primeiro gosto mais ainda. Mas gosto também de comida, brincar, violão, sanfona, futebol. Enfim, gosto de viver. Mas não sei viver só o presente. O futuro, eu faço agora, então não me preocupo muito. Porque tenho um passado muito gostoso de recordar, embora muito pobre. Quem não tem história pra contar, não viveu. Ora, vamos parar de lembrar então? Não vamos falar mais da professorinha amiga? Nem do dedão do pé, machucado por chutar o meio-fio no lugar da bola? Não vamos lembrar o primeiro beijo? O primeiro poema? O primeiro salário? E dos amiguinhos? Nunca mais vou pisar na minha antiga rua. Não vou mais telefonar pra minha mãe e dizer: Mãe, estou com saudade do seu frango com angu e quiabo. Então nunca mais vou visitar a velha escola porque algum grande escritor mandou esquecer? Me surpreende muito essa idéia dele porque principalmente os poetas são saudosistas. E não vejo mal nenhum ou bobeira recordar as coisas boas, e até mesmo as ruins.Sou tão saudosista que até das ruins me lembro, porque foram nessas horas que cresci mais, aprendi mais, pude perceber quem era e quem não era amigo. Fiquei forte. Como disse Guevara. “Endureci sem perder a ternura”. Meu presente é super tranqüilo porque foi lá no passado que eu o alicercei. Estudando, trabalhando, apanhando e tenho muito orgulho disso. Eu sou muito feliz. Tenho o trabalho que gosto. Esse discurso de viver só o presente beira ao egoísmo, à frieza e isso definitivamente eu não sou. É discurso materialista É discurso de quem não teve filhos, amigos, nunca jogou bola ou nunca se importou com alguém. Vamos parar de blá blá blá que preciso escrever mais um poema para um dia eu me recordar dele com orgulho.
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2 comentários:
olá Carlos
esta é a primeira vez que falo consigo este ano por isso Bom Ano.Quanto ao seu post vejo que ficou um pouco arreliado com a opinião de alguem mas...Carlos é a opinião de outra pessoa eu concordo consigo o passado faz parte´de mim é quem eu fui o que não quer dizer que é quem eu sou agora, entende.O passado serve para recordar e sorrir mas tambem para aprender por isso é importante. O futuro eu não o sei a Deus pertence mas o Presente posso construi-lo a cada minuto com a sabedoria que trouxe do passado, por isso escreva outro poema sobre isto sim! o mais importante é naquilo em que voçê acredita essa é a sua verdade.Que lhe venha uma boa inspiração como sempre para este poema.
Um abraço de alma
Salamandra
rs rs. Bom ano pra vc tsmbém.É qe às vezes sou criticado por isso e tenho que falar de vez em quando,mas não estou magoado com ninguém não.Foi só mesmo um depoimento. Obrigado, você me entendeu.Beijos poéticos
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