ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

sábado, 29 de novembro de 2014

TINHA QUE SER O CHAVES ?


" Que bonita a minha roupa
   Que roupinha muito louca
   nela é tudo remendado
   não vale nem um trocado,
   mas agrada a quem olhar ".
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" Se você é jovem ainda, jovem ainda, jovem ainda
   amanhã velho será, velho será, velho será
   a menos que o coração sustente
   que a juventude nunca morrerá ".
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Não tenho palavras!!!     " E agora... quem poderá nos defender? ".

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

UM DIA COMO OUTRO QUALQUER?


Poderia ser sim um dia como outro qualquer, mas acabou sendo uma quinta-feira meio diferente. Estávamos em cinco pessoas no carro do trabalho, quando o motorista avistou uma fila de carros, e foi reduzindo até parar. “Será que foi acidente?”, alguém perguntou. “Pode ser blitz”, alguém comentou. Mas não era nada disso, era uma cena que jamais vou esquecer, e nem quero. Um simpático bicho preguiça atravessando a estrada, com aquela lentidão, aquela paciência que todos sabem que lhe é bem própria. O motorista disse: “ Acreditam que é um bicho preguiça atravessando a estrada?”. Eu que não gosto de perder essas coisas desci do carro para ver... e lá estava ela... com aqueles braços longos atravessando para o outro lado, com certeza em busca de comida. Num certo momento, ela olhou de lado, com um dos braços levantados, como quem diz: “Calma, raça humana. Sei que estou atrapalhando vocês, mas vou passar já já. A diferença é que eu não corro como vocês”. Essa imagem foi bem simbólica, emblemática aos meus olhos de poeta. Pensei: “ A natureza freando a correria humana”. Olhei para trás e vi a fila de uns quinze carros, os que chegavam por último buzinavam impacientes, mas quando tomavam conhecimento, se aquietavam, alguns, principalmente mulheres e crianças, tiravam fotos do bichinho que um dia ousou parar o trânsito, a sociedade mecânica, a engrenagem, talvez numa forma de a natureza nos aconselhar para frearmos um pouco essa vida louca, que cessemos um pouco nossas buzinas, nossos atropelos, nossa ignorância, nossa impaciência. Sim, foi assim que eu vi essa cena: uma dica de bem viver dada pela mãe natureza. 'A natureza de Deus!" Como eu gosto de falar essa frase! Evidentemente, todas aquelas pessoas daqueles carros seguiram em frente, a vida tem que continuar, só espero que mais pessoas, como eu, tenham tido a mesma impressão que aquela cena quis mostrar. Não creio que aconteceu à toa, Deus nos envia sinais o tempo todo, eu me orgulho de ter essa antena de sensibilidade, ou essa capacidade de ver de um modo diferente as coisas que aos olhos dos outros parecem normais. No meu mundo, o mundo que eu inventei, é assim. Até lembrei-me de Dona Celina, uma professora da 6ª série que me deu conselhos de mãe ( olha aí eu citando duas vezes a palavra mãe): “ Cuidado com esse mundo que você visualiza dentro de você. Pode se decepcionar”. É verdade, me decepcionei sim algumas vezes, mas eu não sei ser de outro jeito. Obrigado, amiguinho bicho preguiça, entendi seu recado. Obrigado por não deixar minha quinta-feira ser um dia como outro qualquer. Prometo desacelerar nessa estrada da vida, quero deixar a impressão de que fui um passageiro que tornou a viagem um pouco mais agradável.
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Eu diria que nasci para ver essas coisas. E daí? Todas as pessoas viram. Por isso vou adiante: Eu nasci para escrever sobre essas coisas.
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( a foto não é de hoje, é de outubro, mas serve bem para ilustrar o texto. Será que é a mesma? Não duvido. Comigo acontece de tudo )

terça-feira, 25 de novembro de 2014

DESENHANDO COM DEUS



Aquele tempo em que a gente desenhava no céu
deitados nas pedras sob o azul do imenso véu.
Coisa boa de brincar...
Incrível como parecia que nossos dedos chegavam lá,
e tocavam a tela.
Carneirinho, coelhinho,
barco à vela;
cada figura bela,
cada figura estranha.
O castelo virava montanha,
o avião virava disco voador,
qualquer nuvem desgarrada parecia uma flor,
uma águia, um colibri.
Tudo se transformava aos olhos meus.
Um dia eu pensei ter visto o rosto de Deus...
mas o que Deus estaria fazendo ali?... perguntei na minha criancice.
Foi aí que um anjo me disse:
- Ora, o céu é Dele,
mas Ele é tão bom que permite que a gente desenhe nele.
Confesso então um dos maiores segredos meus;
eu ainda gosto de brincar,
e vez em quando volto lá
para fazer uns desenhos com Deus.


( imagem gopixpic.com )

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

MEU CORAÇÃO TEM ASAS

( imagem kboing.com.br )

Por tanta inspiração que a mim foi concedida,
por tudo de belo que em mim aconteceu,
afirmo e confirmo,
a poesia para mim não é hobby, nem lobby,
mas um estilo de vida
porque foi Deus Quem me deu...
asas da imaginação,
asas para o meu coração
para que ele voe pelo universo
sustentado pelos ventos de meus versos diversos,
constelações e dimensões atingir
aonde só a poesia pode conduzir.

Mas não fui eu quem escolheu a poesia, foi ela quem me escolheu,
ela já estava no meu berço
quando meu primeiro choro se deu.
Desde então tem sido meu tudo, meu escudo
minha espada do bem, meu momento Zen
meu remédio anti-tédio, anti-mágoa,
e se o planeta tem dois terços d'água,
meu corpo tem dois terços de poesia...
a outra parte não sei,
nunca quis saber,
talvez eu descubra um dia,
por enquanto eu só quero viver
a poesia que sempre amei.

domingo, 9 de novembro de 2014

QUEM VAI PARAR A CHUVA EM MIM?




Não sei por que fico assim,
nesses dias fico a esmo.
Parece que chove dentro de mim.
Escuto  “November rain”,
“Hwo’ll  stop the rain”
e traduzo para mim mesmo
“quem vai parar a chuva”… nesse novembro?
Queria escutar com alguém.
Sol? Já nem me lembro.
Não que eu não goste quando chove,
mas parece que o céu está chorando
meu peito se comove,
eu acabo imitando e fico triste também,
soturno, noturno, vazio.
Hoje o dia está tão frio,
because it's raining again.

É solidão demais.
Tão escuro nunca vi.
Tenho medo de ficar aqui.
Chuva e lágrimas são iguais
embaçam a vidraça, o olhar
deixa o dia sem graça.
A chuva é fria, as lágrimas são cálidas.
A esperanças são muitas, as certezas são pálidas.
Em dias de chuva fico assim.
E torno a cantar...
Quem vai parar a chuva dentro de mim?

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Pequeno trocadilho em forma de poema com algumas canções que gosto:
November Rain ( Guns N’Roses )
Who’ll stpo the rain? ( Creedence )
It’s Raining Again ( SuperTramp)