ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

sexta-feira, 31 de julho de 2015

O AMOR E A AMORA




 
Coitadinha da amora...
Acordou um dia pensando que era flor,
e resolveu ir à luta,
foi procurar o amor
Expôs-se   feliz à luz da aurora,
mas  passarinho não quis a fruta,
foi procurar verdadeira flor.
Coitadinha... e agora?
Chora e chora.
Vida inglória!
Anda roxinha de tristeza.
Mas se eu contar minha história
debaixo do pé de amora
Tenho  certeza...
você também chora.
 =

Recordando esse poema engraçadinho, só para fazer uma  pequena correção, uma justiça à amora, pois no poema parece que o Beija-Flor a esnoba por ela não ser flor, mas não é bem assim, e eu pra não ficar como “poeta malvado” venho esclarecer. Acontece que o Beija-Flor é um pássaro que se alimenta muito, ele precisa disso, não só para se manter, mas para colaborar ativamente na manutenção da flora, levando pólen e néctar daqui para ali e vice-versa. Tirando as influências do homem, a natureza é perfeita, vejam que exemplo:  O Beija-Flor, evidentemente a não ser na hora que vai dormir, pode morrer se for impedido de bater as asas por dez segundos, mas ao mesmo tempo ele necessita de descanso, então ele procura a amora que a única que não tem flor, ou seja, ele não vai ficar sugando-a (ou beijando-a, como queiram chamar), e assim faz esses descansos rápidos por oito ou dez segundos que seja. Portanto, na sabedoria da natureza de Deus, a amora é muito importante sim para o Beija-Flor, ela é seu porto seguro, é onde ele descansa suas asas na lida do dia. Ele sabe disso... e ela também. É a natureza nos passando exemplos, pois isso serve também para nossas vidas, todos nós somos importantes nesse mundo aos olhos de Deus. O Beija-Flor reconhece a importância da amora porque os bichos são puros, mas não espere reconhecimento das pessoas, valorize-se antes, faça a sua parte, pois Deus, assim como olha para o Beija-Flor e para a amora, olha também para você.




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(  imagem latina.com.br )


quarta-feira, 29 de julho de 2015

PAREM DE OFENDER OS ANIMAIS


Estava a Mãe Natureza, que como todas as mães nunca para, cuidando de seus afazeres, observando se estava tudo certo com a fauna, com a flora, quando de repente avistou um bando de bichos de espécies diversas se aproximando, e ela já os recebeu afetuosamente: “Bom dia, meus queridos. O que desejam? Que visita inesperada!”. A porta-voz era a Coruja, que já foi dizendo. “Bom dia, Mãe Natureza. Nós, os bichos temos algumas queixas a fazer”. A Mãe acolheu: “Sentem-se, meus filhos amados. Mas queixa de quê? Tenho certeza de que Deus e eu fizemos tudo perfeito para vocês, mas falem à vontade”. A Coruja disse: “Eu sei, Mãe. A senhora é perfeita mesmo, mas nossa queixa é contra um animal racional chamado Homem”. A Mãe natureza franziu a testa preocupada: “Ah, o homem. Sempre dando trabalho. O que foi desta vez?”  A Coruja respondeu:  “Tudo que ele faz de errado e feio põe a culpa na gente. Vou deixar cada um falar e a senhora vai entender. Diz aí, Porquinho”. O Porquinho se levantou chateado da vida: “Quando o homem não toma banho, o outro diz que ele parece um porco”. Agora é a vez da Maritaca: “Quando alguma mulher fala muito, ou faz fofoca, dizem que ela fala igual Maritaca”. Aí surgiu a cobra: “Quando o homem vai se referir à traição, diz que o outro age como cobra”. A vez do Burro: “Se um homem faz algo várias vezes e não dá certo, chamam-lhe de burro”. A Anta também reclamou: “Eu também sou muito citada nesses casos”. O Jumento pertinho aproveitou para emendar: “Se alguém é teimoso, dizem que ele é empacado igual jumento”. A Lesma, a Tartaruga e o Bicho Preguiça falaram quase juntos:  “ Se alguém é mole na vida, comparam logo com a gente”. “Quando um deles não é simpático, dizem ‘fulano de tal é igual Porco Espinho, ele não tem lado’, disse o Porco Espinho bravo pra danar. A Coruja emendou:  “E por aí vai, querida Mãe. Eles quando brigam e querem desabafar ou ofender, chamam um ao outro de... ‘seu cavalo’... ‘sua vaca’... ‘seu cachorro’... ‘sogra é igual cascavel’... ‘a vizinha é igual uma galinha’... ‘malandro igual uma Raposa’. Quando cometem crimes hediondos dizem, ‘isso não é gente, isso é um animal’. Vê se pode isso, Mãe Natureza? O Homem não sabe que nós bichos, agimos por instinto, e não por maldade, não conhecemos os sentimentos mesquinhos que ele tem, não matamos por esporte ou por troféu, vivemos da água, do ar, das plantas, seguimos um ciclo natural que recebemos, não destruímos o meio em que vivemos. Será que Deus não podia ter dado a inteligência para nós bichos?”. Quando viu que terminaram, a Mãe Natureza disse. “Vocês estão certos, mas prestem bem atenção no que vou dizer. Embora Deus tenha dado a inteligência ao Homem,  Ele ama muito  vocês todos, pois são puros, são obedientes a Ele. O Homem decepcionou Deus, recebeu esse mundo todo verde, completo, repleto de vida, com águas cristalinas, com fartura, sem muros, para que vivessem sem inveja, sem ganância. Quem dera se o Homem fosse como os animais, aí sim, seria uma bela e justa comparação, e o planeta estaria mais bonito, estaria salvo”. Os animais se sentaram, aquelas palavras também os entristeceram. A Coruja, tristonha, falou de novo: “Tem muito mais, Mãe. Nossas penas, nossos couros, nossas peles, continuam enfeitando sapatos, bolsas, casacos, chapéus. Estamos nas passarelas, nos carnavais, estamos na moda... mas mortos”. A Mãe respondeu: “O Homem pensa que é inteligente, mas é ignorante, destrói a própria casa. Querida Coruja e demais filhinhos, eu lhes digo. Deus não vai fazer nada contra o Homem, o arrogante tropeça sozinho. Sabem aquele lugar que antes chovia e agora é deserto? Sabem por que onde era deserto agora inundou? Já é o castigo, já são as consequências do que o próprio Homem causou. Mas ele um dia terá que prestar contas a Deus. Deus vai perguntar ao Homem: Cadê o Planeta que Eu lhe emprestei? Portanto, filhinhos, não se envergonhem de serem animais, agradeçam por não serem racionais”. Os bichos se levantaram um a um, cada um mais orgullhoso por ser um animal amado de Deus. E todos voltaram às suas vidas. O Porquinho foi chafurdar-se na lama, a Preguiça demorou três horas para subir na árvore. O Jumento empacou onde bem quis, a Anta continuou desligada, a Maritaca cantou que é uma beleza... e assim por diante... e a Mãe Natureza sorriu.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

LIBERANDO VULCÕES




Receba esse rio quente
que agora derramo em você.
É o resultado do amor da gente
que faz tudo ferver.
Comparo esse amor a um vulcão nervoso
que derrama sobre a terra seu gozo,
uma lava quente
que leva o que não podia mais prender.
Como o vulcão, a gente também repousa,
mas ousa começar de novo a ferveção,
e no auge da erupção
recebe mais uma vez esse rio quente
que derramo em você,
resultado do calor que se fundiu entre mim e você...
como é bom nosso vulcão ferver!

sexta-feira, 24 de julho de 2015

EU SOU UM LIVRO QUE ANDA... ( COM RETICÊNCIAS MESMO )



Que coisa bacana! Já posso ver na internet algumas carinhas de pessoas com meu livro nas mãos. Gente que nem nunca vi, compartilhando, divulgando, recomendando: o amigo, o amigo do amigo, a amiga da amiga. Ainda não são muitas, mas não tem problema, não tenho pressa, meu nome é esperança, o que importa é que o livro existe. Eu sou o próprio livro andando. Isso emociona, anima, incentiva e nos dá, senão a certeza, pelo menos a esperança de que não estamos sozinhos na estrada, pois tudo o que um escritor quer, é ser lido. Vou ser repetitivo, acaba sendo sim uma estrada meio solitária, a época em que vivemos não é para romantismos, respeito aos pais, cordialidade, amizade, altruísmo, fé, brincadeiras, e é isso que mais tem no meu livro, mas ver pessoas divulgando, faz a gente entender que valeu a pena passar as madrugadas digitando e corrigindo textos, e no outro dia ficar cochilando na mesa do trabalho. Um dia, numa feira cultural onde eu também recebia uma premiação, um amigo me vendo no meio dos livros, me disse: “Esse é o mundo do Carlos. Bonito isso aqui! Muito interessante o seu mundo, amigão”.  Então... esse é meu mundo e não vou sair dele, escrever é o que eu sei fazer de melhor,  portanto aos que torcem, eu digo que não vou parar, vêm mais livros aí, pelo menos dois infanto—juvenis, um de poemas sensuais ( sensuais, mas sem baixaria)... e um romance. Romance ainda é uma coisa que estou aprendendo, na literatura a gente  está sempre aprendendo, mas eu chego lá. Já tenho os ingredientes, só preciso montar, acho que estou conseguindo misturar um pouco de Nelson Rodrigues com Dias Gomes, tem um pouco de Roque Santeiro com Tieta, porém ainda em dúvida se coloco ou não, um final feliz para a personagem principal, e pelo que estou vendo, pelo desenrolar da trama, não está merecendo rs rs. Acreditem ou não, eu converso com meus personagens rs rs. Paranoia? Pode ser... mas pobre do homem que não tem uma paranoia, pior é caminhar vazio. Escrever é minha doce paranoia.

Para todas essas pessoas que divulgam, só posso dizer que essas coisas quem paga é Deus... ao escritor ( que palavra bonita), resta  tirar do fundo do coração renovado, um MUITO OBRIGADO bem caloroso.
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EM TEMPO: Só agora percebi uma coisa. Eu olhando para o livro como se fosse um filho. Por que não?
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http://www.editorabarauna.com.br/em-breve-lancamento-aventuras-de-um-menino-passarinho.html

terça-feira, 21 de julho de 2015

ENFIM, NADA...



 

Diante de tudo o que foi exposto
depois de tanto mau gosto
antes, durante e doravante;
Depois  de tudo o que  falamos
e fizemos nessa nossa tosca estrada,
entre amigos e inimigos
namorados e amantes
a  conclusão é que nós não fomos  mesmo  nada.

sábado, 18 de julho de 2015

CREEDENCE - HAVE YOU EVER SEEN THE RAIN





Você tem visto a chuva? Eu tenho sim, ao longo da vida. Certa vez, num domingo ensolarado, estava eu sentado no banco da praça, e de repente o dia virou noite, tudo terrivelmente cinza, ventania incrível, eu nem saí do lugar, pelo contrário, deixei toda aquela  chuva cair sobre mim, na esperança de que lavasse e levasse de mim certas coisas. Não adiantou muito, o que estava em mim era mais forte que a chuva. Felizmente, um dia quando menos esperava o sol brilhou, era só uma questão de paciência e perseverança. E como essa música sugere e até vai meio na contramão do velho ditado que diz: “Depois da tempestade vem a bonança”, antes da tempestade  também existe a bonança, acontece que às vezes não nos preparamos para o tempo ruim, a gente pensa que vai ser tempo bom a vida toda. O alento é que a tempestade também passa e volta a bonança, e assim, elas vão se alternando ao longo da vida. O detalhe que importa é como vamos nos comportar, seja no dia ensolarado, seja num dia cinza.
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Meio distante do blog, muito trabalho, mas volto em breve, amigos, postando, comentando, visitando a todos. Obrigado a todos que têm comentado aqui.

Enquanto isso, sigo curtindo boa música como essa. Fiquem com Deus!

domingo, 12 de julho de 2015

GUNS N' ROSES - DON'T CRY



Podem falar o que quiser dele, mas, para mim, imbatível nos últimos vinte anos.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

SCORPIONS - SEND ME AN ANGEL


SHOW INESQUECÍVEL!!!
Como pode acabar uma banda dessas?

SCORPIONS - SEND ME AN ANGEL


SHOW INESQUECÍVEL!!!
Como pode uma banda dessas acabar?

quinta-feira, 9 de julho de 2015

domingo, 5 de julho de 2015

PAISAGEM NA JANELA - COM BETO GUEDES ( COMPOSIÇÃO FERNANDO BRANT/MILTON NASCIMENTO


Da janela lateral do quarto de dormir
Vejo uma igreja um sinal de glória
Vejo um muro branco e no vôo um pássaro
Vejo uma grade e um velho sinal

Mensageiro natural, de coisas naturais
Quando eu falava dessas cores mórbidas
Quando eu falava desses homens sórdidos
Quando eu falava deste temporal

Você não escutou
Você não quer acreditar, mas isto é tão normal

Você não quer acreditar, e eu apenas era ...

Cavaleiro marginal, lavado em ribeirão
Cavaleiro negro que viveu mistérios
Cavaleiro e senhor de casa e árvores
Sem querer descanso nem dominical

Cavaleiro marginal banhado em ribeirão
Conheci as torres e os cemitérios
Conheci os homens e os seus velórios
Quando olhava da janela lateral
Do Quarto de Dormir

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Das mais de duzentas belas músicas compostas por Fernando Brant, essa é minha favorita.
Como disse Lô Borges, "só nos resta cantar suas canções". Então cantemos suas canções.
FERNANDO BRANT, UM POETA.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

TIRADINHAS DE MAMÃE.





Esse texto é quase um dicionário sobre algumas expressões que minha mãe usava, algumas criadas por ela mesma, tem também algumas passagens interessantes e algumas particularidades que só a Dona Sebastiana tinha. Divirtam-se:
- ESPECULA – Vem do verbo especular, claro, mas ela inventou esse substantivo. Quando ela estava fazendo alguma coisa e a gente perguntava: “Que é isso, mãe?”. Ela respondia: “É especula!”. Era um jeito de ela dizer “não é da sua conta”, um jeito de colocar fim na conversa, não gostava de gente curiosa.
- ESTRUPÍCIO- Essa já é uma palavra conhecida, ela usava quando queria fazer algo ou passar, e a gente estava na frente: “Sai daí, estrupício”. Mas não falava brava, falava rindo.
- ÓTIMO DE BÃO- Quando ela queria expressar que algo ficou muito bom, dizia assim, por exemplo: “ Esse macarrão ficou ‘ótimo de bão’.
- PRA FRENTE – O mesmo que enxerido, inconveniente. Dizia: “Larga de ser pra frente”. Ou quando a gente ia à alguma festa: “Espera te servirem, não vá ser um ‘pra frente’ pra passar vergonha”. Usava também: Pra frente igual bico de sapato
- O CARLOS É UM MENINO BÃO, MAS É ENJOAAAADO. TEM QUE TER PACIÊNCIA COM ELE. Um dia reclamei: Mãe, a senhora não pode ficar falando isso de mim, principalmente com minhas namoradas, tá me atrapalhando”. E ela: “Eu tô falando a verdade. Eu sou de falar a verdade”. Até que eu concordo com ela rs rs. A mãe sabe o que fala, né?
- BUBIÇA- O mesmo que bobice, bobeira, bobagem.
- BOCHECHUDO. Eu mesmo he he. Quando eu fazia alguma raivinha: “Ah, se eu pegar esse bochechudo”. Eu gostava disso, às vezes fazia até um pouco por querer, só para ouvir isso... mas à meia distância para ter tempo de correr. Embora eu só tenha apanhado uma vez.
- MENTIRA – Não gostava de mentira nem de brincadeirinha. Dizia: “Mentira não tem esse negócio de tamanho, não tem mentira pequena e mentira grande. Mentira é mentira e pronto”.
- COCHICHO- Detestava quando a gente cochichava. “Quem cochicha tá tramando coisa errada”.
- QUANDO FICOU VIÚVA- Poucos meses após falecimento de meu pai, um senhor já velho começou assediá-la. Lembro até hoje ela contando que deu um “pra trás” nele: “O senhor me respeite. Acha que eu tô caçando caco de véio?”. E mais: “Deixa ele vir aqui na minha porta que vou tacar água quente na cara dele. Eu tenho uma raiva de véio safado”.
PERSONALIDADE- Minha mãe era um doce, mas tinha personalidade forte, só fazia o que queria. Quando a gente insistia, tentando impor alguma coisa, dizia: “Quem mandava em mim era meu pai, e ele já morreu”.
SANFONA –Meu pai sempre levava os amigos lá em casa pra tocar sanfona, comer e beber. Ela até gostava até porque quem fazia os tira-gostos era ele mesmo, ficava só vasilhame para lavar depois. Era divertido. Mas quando ela não queria, não tinha jeito. Ele dizendo: “Sebastiana, vou trazer o pessoal pra tocar aqui no fim de semana”. Ele de dedo em riste: “Ah não, não quero saber daqueles véios cachaceiros aqui não”. E não iam mesmo.
NÃO VOU BEIJAR NINGUÉM- Quando a gente fazia pirraça e não queria comer, ela falava assim, que é o mesmo que , “ não vou adular ninguém, não vou insistir”. E completava: “Quer quer , não quer, tem quem quer”.
CONTAR CAUSOS- Adorava contar causos antigos lá da roça, e era eu quem mais pedia pra ela contar. Um dia pedi: Lembra aquele, mãe, de como a senhora tomou meu pai da outra moça. Ela: “Eu não tomei não, não fui eu que fui atrás dele. As ‘bestonas’ (as outras moças ) ficavam andando atrás dele, eu não.
- PRA FECHAR COM CHAVE DE OURO – FUNDIAR- Ela nunca falava palavrão, até nos repreendia, ainda que fosse um palavrão leve... mas um dia ela falou. A situação em casa não estava muito boa, era de tarde, a gente tomando café na mesa, ela disse que ia comprar uma coisa pra casa ( não lembro o quê), e quando um de nós disse: “Mas é caro, mãe. Vai apertar”. Ela respondeu: “Já tá tudo fudido mesmo... vamo acabar de ‘fundiar ‘ tudo. Foi o dia que mais ri na vida, tive que deitar pra rir.
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Por hoje é só, se eu lembrar mais, e com certeza vai ter, eu conto.
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( imagem behance.net )