ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

terça-feira, 27 de outubro de 2020

O POETA, A BORBOLETA E O SÁBIO CHINÊS.

 


Num domingo qualquer de um mês qualquer,
como se fosse um sábio chinês,
ele acordou com uma daquelas dúvidas que nos consomem,
e se perguntou:
Escrevo tanta poesia;
sou o homem fazendo poesia,
ou a poesia fazendo o homem?
Então, ele mesmo se respondeu:
Não quero saber a resposta,
se é isso que meu peito gosta,
não importa como acontece,
nem como aconteceu.
Não há poesia sem o homem,
não há o homem sem a poesia,
são dois em um, uma mistura,
só importa que se somem
no círculo vicioso do dia a dia.
Se tudo isso é loucura,
mostre-me então o que é lucidez,
é direito do poeta,
ter seu dia de sábio chinês.
=
Nota: Para quem não conhece, O CONTO DO SÁBIO CHINÊS é mais ou menos assim: Ele entrou em meditação tão profunda que sonhou que era uma borboleta. Mas sonhou tanto, tanto que quando acordou, ficou na dúvida: era um sábio chinês sonhando que era uma borboleta, ou uma borboleta sonhando que era um sábio chinês?
E o Raul Seixas inteligentemente musicou isso.

( imagem dedevarga.com - flickr.com - google )