ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

terça-feira, 26 de agosto de 2008

EXPLOSÃO !

Super Recados - Imagens para Orkut
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Dentro de você há uma coisa, algo profundo.
Um grito guardado, que se sair vai ensurdecer o mundo.
É uma brisa que vira furacão.
Um verso, uma nota que vira sinfonia,
poesia e canção
Um tímido facho de luz que vira aurora perfeita.
Uma estrada estreita, que pode ser perigosa, mas leva ao céu.
Embora potente, é algo mais doce que o mel.
Dentro de você há muito mais do que você mesmo sabe
e já não cabe dentro de si,
esse grito, esse furacão, essa aurora que quer resplandecer
que só cega quem não quer ver,
que acima de tudo está essa coisa chamada desejo
e é a mola que impulsiona você.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

SINTONIA

Super Recados - Imagens para Orkut
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Se me tocasse agora
você veria que está muito mais em mim do que eu mesmo.
Você habita em mim.
Procuro-me e só encontro você.
Se olho no espelho é seu rosto que eu vejo.
Só desejo o seu desejo.
Abandonei meu ego para ser só você.
E agora você é meu sexto sentido... todos os meus sentidos.
Você é o véu que me envolve
que me guarda do susto, do medo.
Do labirinto de minha alma só você sabe o segredo.
Porque tudo de mim foi entregue de forma geral,
incontinente, inconseqüente, incondicional,
de maneira que agora eu não sou mais eu.
O universo conspirou para essa sintonia perfeita
entre você e eu.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

CHALANA ( AUTORES MÁRIO ZAN E ARLINDO PINTO)

Chalana era uma pequena embarcação muito usada na fronteira Brasil/ Paraguai.Pessoas vinham e iam, de lá pra cá e de cá pra lá. Mário Zan (grande poeta, violeiro, caipira de raiz) uns dos autores da música Chalana, nessas idas e vindas conheceu uma moça da região e se apaixonaram. Porém um dia, ela descobriu que ele a havia traído e decidiu partir na primeira chalana possível, sem que esse soubesse. Foi assim que numa manhã, abrindo a janela, espreguiçando-se, ele pôde avistar a chalana sumindo na curva do rio Paraguai.A moça ainda deu uma última olhada para trás.E ele, por alguns anos continuou se debruçando na janela, olhando as chalanas chegarem na esperança de que ela voltasse, mas ela jamais voltou. E assim saiu essa bela canção, cantada além do próprio Mario Zan, por Almir Sater e outros grandes nomes do nosso cancioneiro popular. Mário Zan morreu há mais ou menos 2 anos e essa história foi contada pelo próprio Almir Sater, no programa Globo Rural, emocionado, pois além de admirador de Mário Zan, era amigo também.
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CHALANA( MÁRIO ZAN E ARLINDO PINTO)

La vai a chalana
Bem longe se vai
Navegando no remanso
Do rio do Paraguai
Ah! Chalana sem querer
Tu aumentas minha dor
Nessas águas tão serenas
Vai levando meu amor
Ah! Chalana sem querer
Tu aumentas minha dor
Nessas águas tão serenas
Vai levando meu amor
E assim ela se foi
Nem de mim se despediu
A chalana vai sumindo
Na curva lá do rio
E se ela vai magoada
Eu bem sei que tem razão
Fui ingrato
Eu feri o seu meigo coração
Ah! Chalana sem querer
Tu aumentas minha dor
Nessas águas tão serenas
Vai levando meu amor
Ah! Chalana sem querer
Tu aumentas minha dor
Nessas águas tão serenas
Vai levando meu amor...

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

REVIRANDO GAVETAS

Nas gavetas escuras de sua memória
fotografias minhas pálidas pelo tempo.
Quase nem vê meu rosto .
Cartas antigas,poesias amigas
são agora rimas perdidas , ao léu do esquecimento.
Palavras... palavras... palavras.
Balões sem rumo, bolhas de sabão ao vento.
Tolamente me pergunto se ainda alisa meu rosto
mas a realidade me chama
e me avisa que não mais me ama
e certamente contempla fotografias mais atuais
ouve declarações recentes,
já que as minhas estão nas gavetas, ficaram banais
e assim,dia a dia, se apagará o meu rosto
até não vê-lo mais.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

O MELHOR DE MIM


Eu guardei pra você
o melhor de mim.
Sem restrições de emoções.
Ser feliz é assim.
Dos sorrisos,o mais agradável.
Dos abraços,o mais confortante...
e confortável.
Pequenos gestos retratam amor eterno.
Dos olhares,o mais terno.
O meu beijo mais doce
como se de mel feito fosse.
Tocar com as mãos seu rosto
suave como a brisa
que passa e não avisa,
mas causa prazer.
Vou ficar feliz
pra você ser feliz
e se eu chorar
quero chorar com você.
Dentro de mim
há um paraíso completo...repleto.
Tem sol,tem luar.
Tem jardim.
Um lindo céu azul,
um arco-íris de norte a sul...
e um tesouro no fim.
Tem uma fonte de água cristalina
que é boa de beber.
Tudo isso é o melhor de mim
que guardei pra você .

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

VINTE E QUATRO HORAS ( A POESIA QUE DEUS FEZ)


O que são vinte e quatro horas? Numa definição física, científica, astronômica, representa o tempo em que a terra gasta de rotação em torno de seu próprio eixo... ou seja, um dia.
Mas vinte e quatro horas representam muito mais que um dia. O poeta sai do mundo físico e transcende a um outro nível de existência, de compreensão, de foco, de ponto de vista para definir o que são vinte e quatro horas. Conflito entre o mundo físico e o mundo poético? Claro que não. Ainda mais sabendo que caminham até lado a lado, sem se perceberem é verdade, mas caminham. O que precisamos é olhar as coisas com os olhos do coração.Precisamos ser mais crianças nos momentos de definir as situações. Sempre que vamos tomar decisões encarnamos pseudo-intelectuais. Por que não sermos um pouco crianças nos momentos de decisões? Por que não sermos poetas no dia a dia? Um grande escritor já disse: “Aonde o cientista pensa chegar, o poeta já passou por lá há muito tempo”.
Voltando sobre as vinte e quatro horas. Um dia sideral. Em vinte e quatro horas vemos a dia virar noite, a noite virar dia. Mas a poesia está lá... no ocaso e na aurora. Em vinte e quatro horas as marés mudam. As ondas nunca são iguais. As águas dos rios nunca são as mesmas. Aliás, cada segundo, cada cenário jamais se repetirá. Mágica da física e mágica da poesia que Deus fez. A natureza é poesia pura. Em vinte e quatro horas definem-se o oriente e ocidente. Norte e sul. Tanto a lua como o sol dizem “até logo, amanhã eu volto”. Exemplos para nossas vidas, atestando que nada melhor que um dia após o outro, com uma noite no meio. Que sempre teremos uma segunda chance ao amanhecer... chance para tudo. De pedir perdão, de perdoar, de abraçar, de refletir, de usar a derrota não como motivo para abaixar a cabeça, mas sim como trampolim para dar o próximo salto. Em vinte e quatro horas, acontecem acidentes, milagres. Morre gente, é verdade, mas nasce também. Decolam aviões. Partem navios e trens.E chegam também. A grande engrenagem não pára. Tudo isso é física, mas é poesia também. Existe algo mais físico e poético ao mesmo tempo do que o abraço? É exatamente isso que quero dizer, meus amigos. Em vinte e quatro horas o mundo pode até acabar. Ainda bem que Deus não deixa, embora os que tomam decisões na terra, aqueles que não viram crianças num só minuto dessas maravilhosas vinte e quatro horas, estejam tentando a todo tempo. Sim, eles são iguais aos ditadores que eles combateram.

Só não me venham dizer que a terra é redonda, pois isso não me interessa. Só quero saber que estou nela, vivendo o ocaso e a aurora, o oriente e o ocidente. O norte e o sul.Trabalhando, estudando, comendo, bebendo, ganhando dinheiro, planejando como todos... mas sempre com um toque de poesia.

Você pode viver vinte e quatro horas emocionantes com seus familiares... e gente ainda diz que não tem tempo para nada.

Nota: EM 10 DE AGOSTO DE 2008. VITÓRIA -ES. Texto dedicado especialmente ao meu irmão Cláudio e a todos os demais que me proporcionaram vinte e quatro horas de criancice

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

QUISERA EU


Quisera eu...
estar agora sob seu olhar
nessa meia-luz, nesse amor inteiro.
Quisera eu...
dizer em murmúrios o que grita dentro de mim
Quisera eu...
estar submisso, sujeito à sua lei,
obediente que sou, fazer tudo que sei.
Do meu sentimento, ser um réu confesso.
E que viesse a noite com seus toques como açoite.
Que eles me castigassem na intensidade e no tamanho do prazer que desejei
Quisera eu...
de todas as formas, sob suas normas
conjugar nos seus braços o verbo amar.
Tantos verbos pra gente viver...
Brincar, beijar, abraçar... e gozar.
Gozar a vida como deve ser.
Como seria bom ser súdito do seu olhar.
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CARLOS SOARES DE OLIVEIRA

terça-feira, 5 de agosto de 2008

POEMA NOTURNO




O silêncio do topo das montanhas.
O vazio dos trilhos depois que o trem passa.
A fumaça que se esvai.
O seresteiro teimoso que canta pra janela fechada.
Tudo isso me remete ao meu próprio coração... que também é noite.
Uma estrela estranha, desgarrada das demais,
chama-me de amigo.
O vaga-lume, o bêbado e eu... também somos muito semelhantes.
Não exatamente nessa ordem,
mas um brilha quando quer. O outro fala o que quer.
E o outro escreve linhas tortas .
O copo d’água alivia meus lábios, mas longe de saciar.
Tento rir da coruja desconfiada, piando para mim.
Parece perguntar o que faço nessa janela.
Vim compor um poema noturno em parceria com a insônia.
Vim ser um pouco vaga-lume porque estou bêbado de poesia.
Transcendo, extrapolo, transbordo
nesse transe, nesse êxtase.
O labirinto não me deixa muitas opções,
por isso, às vezes tenho de pular no escuro,
mas, isso não é tão perigoso,
porque eu tenho asas... asas da imaginação.
Até fiz da insônia, minha melhor amiga.
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CARLOS SOARES

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

MULHER NOVA, BONITA E CARINHOSA( AUTORES ZÉ RAMALHO E OTACÍLIO BATISTA , CANTADA POR AMELINHA)

Numa luta de gregos e troianos
Por Helena, a mulher de Menelau
Conta a história de um cavalo de pau
Terminava uma guerra de dez anos
Menelau, o maior dos espartanos
Venceu Páris, o grande sedutor
Humilhando a família de Heitor
Em defesa da honra caprichosa
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor
Alexandre figura desumana
Fundador da famosa Alexandria
Conquistava na Grécia e destruía
Quase toda a população Tebana
A beleza atrativa de Roxana
Dominava o maior conquistador
E depois de vencê-la, o vencedor
Entregou-se à pagã mais que formosa
Mulher nova bonita e carinhosa
Faz um homem gemer sem sentir dor
A mulher tem na face dois brilhantes
Condutores fiéis do seu destino
Quem não ama o sorriso feminino
Desconhece a poesia de Cervantes
A bravura dos grandes navegantes
Enfrentando a procela em seu furor
Se não fosse a mulher mimosa flor
A história seria mentirosa
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor
Virgulino Ferreira, o Lampião
Bandoleiro das selvas nordestinas
Sem temer a perigo nem ruínas
Foi o rei do cangaço no sertão
Mas um dia sentiu no coração
O feitiço atrativo do amor
A mulata da terra do condor
Dominava uma fera perigosa
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor

FOI DEUS QUEM FEZ VOCÊ(AUTOR LUIS RAMALHO , CANTADA POR AMELINHA

Foi Deus que fez o céu, o rancho das estrelas
Fez também o seresteiro para conversar com elas
Fez a lua que prateia minha estrada de sorrisos
E a serpente que expulsou mais de um milhão do
paraíso
Foi Deus quem fez você
Foi Deus que fez o amor
Fez nascer a eternidade num momento de carinho
Fez até o anonimato dos afetos escondidos
E a saudade dos amores que já foram destruídos
Foi Deus
Foi Deus que fez o vento
Que sopra os teus cabelos
Foi Deus quem fez o orvalho
Que molha o teu olhar, teu olhar
Foi Deus que fez as noites
E o violão planjente
Foi Deus que fez a gente
Somente para amar, só para amar
Foi Deus
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sábado, 2 de agosto de 2008

AMOR DE PRIMAVERA

Foi um tempo de primavera
que minh’alma ainda espera
quem sabe,um dia retornar,
mas,como na vida tudo é incerto
por ora,só cabe recordar.
Conheci uma flor tão bela
exalando só amor
e eu,passarinho errante,
apaixonado e apaixonante,
chamado beija-flor.
Sempre o sim
nunca o não pr’aquele amor.
Era incrível a paixão
do passarinho com a flor.
De manhãzinha,tardezinha
O passarinho e a florzinha.
Era tudo tão correto.
Era tudo tão completo.
Mas,nenhum tempo
e nenhuma estação são eternos.
Existem também os tais invernos
Que vêm gear sobre os amores
Sobre os campos e as flores.
Vez em quando volto lá,
mas bato asas pra bem longe,
pois ficou triste a manhãzinha
e vazia a tardezinha.
Naquela geada insensível
morreu também minha florzinha.
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CARLOS SOARES