ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

EU TENHO UM " Q "



Eu tenho um Q de quase tudo... e de quase nada.
Um Q de emoção e de razão... mesmo sem razão.
Eu tenho um Q de despedida e de chegada.
Um Q de querido... um Q de esquecido.
Um Q de gênio, um Q de burro e um Q de louco.
Um Q de quero muito onde não tem nada,
um Q de quero pouco onde tem tudo,
porque eu sou assim...
a própria contradição nessa vida virada
que tem um Q de abstrata e concreta.
Tenho um Q de sim e um Q de não.
Tenho um Q de quase feliz e um Q de chorão.
Tenho um Q de poeta
e um Q de aprendiz,
mas é essa dúvida que me alimenta, me incrementa,
por isso, não abro mão
dessa rebeldia que me faz um rapaz incomum,
e que simboliza a poesia que em mim se deu.
Eu tenho vários Q’s que se resumem em apenas um...
Um Q... de quem sou eu?

sábado, 18 de janeiro de 2014

AOS PÉS DA LARANJEIRA


Estava eu num daqueles dias cinzentos,
vazio de pensamentos
sem ter para aonde ir,
sem nem saber se queria mesmo ir.
Aos pés da laranjeira, me sentei
ali mesmo, adormeci...
e com os versos mais lindos sonhei,
dormindo, um poema singelo eu escrevi.
E quando enfim acordei,
não estava mais vazio, nem frio
estava cheio de poesia, de euforia...
Foi assim então... que pela laranjeira me apaixonei.
E esse encontro, a natureza aprovou
a laranjeira também gostou,
toda vez que volto lá
para esse momento reviver
sinto seu cheiro doce no ar,
ela está repleta de flor,
é o jeito que ela tem de me dizer
que também gostou do meu amor.

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Meu momento "Meu Pé de Laranja Lima"

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

A FADINHA E O BRUXINHO - A ÚLTIMA PROVA DE AMOR



Quem tem acompanhado desde o início a saga vivida pela Fadinha e o Bruxinho, sabe que tiveram entre si muitas provas de amor. Tiveram conflitos também, é verdade, até no mundo encantado  existem conflitos, a diferença é que quem vive no mundo encantado, lida melhor com esses conflitos, por isso, o amor deles sempre venceu. O  Mestre mandou chamar  o Bruxinho  às pressas para uma missão urgentíssima. “Você precisa voltar ao mundo terreno, há um ser maligno muito poderoso que está influenciando terrivelmente as cabeças dos humanos, e eles estão destruindo a natureza, em breve aquele planeta pode deixar de existir, tamanha é a destruição que praticam. Sua missão é conscientizar aquela gente sobre a preservação da natureza”. O Bruxinho exclamou:  “Não entendo como uma civilização destroi o próprio lugar onde vive e dele necessita”. O Mestre respondeu:  “Pois é justamente isso que quero lhe advertir. Não espere facilidades, essa será a maior batalha de sua vida... muito perigosa. Para você  ter uma ideia, há mais de dois mil anos, Deus enviou seu Filho para salvá-los,  e eles  O mataram. O que esperar de um povo que mata o Filho de seu Deus?”. O Bruxinho depois de prometer o empenho, retirou-se em reverência ao Mestre, e ao chegar  em casa, explicou tudo  à Fadinha, que comentou:  “Senti um calafrio, estou com mau pressentimento, sinto que algo ruim vai acontecer. Tem mesmo que ir?”. Ele respondeu:  “Sim, eu tenho. Confesso que apesar de toda a minha coragem e poderes, sinto receio também, o Mestre me disse coisas horríveis dos humanos. Disse que os poucos humanos bons são mortos, ou esquecidos, deixados de lado, não têm valor, e que lá prevalecem a ignorância, a vingança, o ego”. Ainda mais preocupada depois de ouvir isso, ela o abraçou e beijou, com aperto no coração, desejando boa viagem e boa sorte na temida missão. Ele despediu-se também das crianças, foi até o portal interdimensional que divide os mundos, e partiu. Os dias foram passando, a Fadinha ficando preocupada, pois, nas missões anteriores, ele sempre voltou mais rápido, apesar de ter sido avisada sobre as dificuldades. Mas suas preocupações não eram infundadas. O Bruxinho percorreu ruas, praças e avenidas falando com os humanos sobre a necessidade de preservação de seu mundo, alguns até ouviam no primeiro momento, mas depois caçoavam dele... e tome lixo nas ruas... e tome fumaça no ar... e tome desmatamento... e tome lixo nos rios, nos mares... e tome agrotóxico... e tome cigarros... e tome bebidas... e tome drogas... e tome ganância pelo progresso imediatista... e tome doenças. Depois o abnegado Bruxinho procurou as autoridades das nações, até de louco foi chamado, por pouco seria crucificado também.  Desolado, pensou: “Nunca fui derrotado em minhas missões, mas nessa, fracassei. Preciso voltar e dizer envergonhado ao Mestre que não consegui”. Porém a pior tristeza estava por vir... quando tentou voltar pelo portal interdimensional, ele estava fechado, não se abriu para ele porque a missão estava incompleta, só poderia voltar com a missão cumprida... e ele chorou: “Estou condenado a viver aqui para sempre, a insistir numa luta inglória, sem frutos, pois essa gente não quer ajuda, não gosta de mudanças. Vou lutar até a morte... e sem minha Fadinha e meus filhos. Que fim triste para minha vida!”. Do outro lado, a Fadinha pressentiu algo de ruim, e tomou uma decisão; foi ao Mestre, que entendendo a situação e preocupado com o fiel Bruxinho, autorizou que ela fosse atrás do amado. Quando ela chegou, interrompeu suas lágrimas: “Você não está sozinho, meu bem! Vim para ficar com você... seja em qualquer mundo, quero estar com você”. Num susto agradável, ele se virou e abraçou-a correndo. “Você aqui, minha doce Fadinha?”. Ela enxugou seu rosto: “Sim, acha que deixaria meu Bruxinho amado sozinho nesse mundo cruel?”. “Mas e as crianças?”, ele perguntou. “Calma, elas vieram também, deixei-as num lugar seguro  até  lhe encontrar. O Mestre me contou tudo e vim morar aqui com você. Pense bem... não desista desse mundo por causa das pessoas más, mas acredite nesse mundo por causa das pessoas boas. É por causa das pessoas boas que Deus ainda poupa esse mundo. A nossa luta não vai mesmo ter fim, mas com as poucas pessoas que convencermos do bem, o mundo já estará um pouco melhor”. Ele fitou a amada: “É verdade. E com você pertinho de mim, estarei mais forte, mais confiante, pois, o amor nos fortalece. Eu te amo, Fadinha!”. “Eu te amo, Bruxinho!”. Como todo conto de fadas, esse não poderia terminar diferente...  eles viveram felizes para sempre.
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E assim, eu termino essa saga de amor entre a Fadinha e o Bruxinho, que se Deus quiser, pretendo colocar em livro também. Tudo começou como uma brincadeira, a imaginação foi ajudando, e foram aparecendo contos e mais contos nessa cuca diversa e ousada que Deus me deu. Estou tentando um novo jeito de narrar  contos de fadas. Não ter estilo, É o meu estilo. Espero ter passado boas mensagens.
 A IMAGINAÇÃO É O ÚNICO LUGAR ONDE A GENTE É SEMPRE FELIZ.

domingo, 12 de janeiro de 2014

DESENHANDO O AMOR




Se eu pudesse desenhar o amor, faria uma tela assim:  Um casal na praça, um velho curioso sentado ao lado, mesmo com a praça toda vazia, tentando ouvir o que eles diziam. Um moleque que passa de bicicleta, e grita: “Ei... isso não é hora de namorar não”.  Um beijo no rosto, e ela tímida, fica toda corada. O sabonete que cai a todo momento. O vinho derramando no chão porque ele, nervoso ou distraído,  não viu que o copo ainda estava  revestido de plástico. Um cama que afunda e eles caem na risada. Balinhas de confete no dia no aniversário. O carro alugado que não chega, e eles se amam na escadaria. Duvido que Da Vinci, Renoir, Rembrandt, pintariam um quadro assim... porque só o amor pode pintar certas telas, certas pinturas acontecem naturalmente.