ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

sábado, 31 de julho de 2010

ALPHA & ÔMEGA


( imagem google- demarc.wordpress.com)
Nosso amor se resume em dois instantes.
Ele é alpha,
não havia nada antes.
É assim o amor de nós dois.
Ele é ômega,
não haverá nada igualmente lindo depois.
Como tudo, começou timidamente, inocente,
éramos virgens no verdadeiro amor
até a gente se conhecer
hoje qualquer toque dá vertigens
qualquer toque faz calor.
Seu olhar foi alpha para mim
Meu olhar foi alpha para você.
Agora somos ômega um do outro
ponto final para nossos corações.
De vez em quando voltamos ao alpha
só pra reviver o princípio de nossas emoções,
pois, só amor o verdadeiro sabe flutuar nesses dois instantes.
Nosso amor é alpha e é ômega.
Nada antes. Nada depois
Apenas nós dois.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

A SOLIDÃO ASSUSTA


( imagem olharbrutal.fotosblogue.com- google )
Outro dia fazendo nada, estava vendo o seriado Chaves, onde os meninos fantasiam que uma senhora que mora na casa 71, é uma bruxa. Começam a ver coisas, devido à imaginação fértil de criança misturada ao medo. Veem-na mexendo um caldeirão, corujas e morcegos voando, gatos miando, etc. Quando eu era criança, acontecia algo assim, nem tanto, mas parecido. Tínhamos medo de uma senhora, diziam que era feiticeira. Não era pra menos. Andava sempre descabelada, vestido amarrotado, longo, arrastando no chão. Quase não era vista. Saía pouco de casa, quase sempre se limitava ao terreiro para regar seu parco e falhado jardim, que tinha mais terra do que flores. Respondia ao bom dia de algumas pessoas que passavam, mas nunca levantava os olhos. Dormia muito cedo e com a casa totalmente escura. O que mais intrigava os meninos era que tinha uns dez ou doze gatos e falava com eles com muita intimidade. Todos tinham nomes e a obedeciam, até na ordem de comer. Se um, por exemplo, de nome 'Chico', (nome fictício) viesse comer sem ter sido chamado, ela o repreendia. 'Não te chamei aqui. É a vez do 'Leo'. Agora, por sua falta de educação você vai ser o último. O gato humildemente afastava-se e esperava nova chamada. “Viu? Ela fala com animais. Só pode ser feitiço”. Da porta ao pequeno portão, tinha uns seis metros e a gente ficava ouvindo-a lá dentro, travando longas conversas com os gatos, como se estivesse confidenciando algo.
Improvisávamos um campinho ali mesmo no asfalto. De vez em quando, um pé torto chutava a bola no terreiro de alguém. Tirando dona Maria preta, que já citei aqui que furava nossas bolas, todos os vizinhos jogavam a bola de volta. Quando essas pessoas não estavam em casa, a gente pulava para buscar. Na casa dessa senhora Maria sei lá do quê (não me lembro do sobrenome), nunca caía, mas se caísse, ninguém pularia. Motivo: medo. "Sei lá se ela manda um feitiço, uma praga". Era o que todos diziam. Pois um dia caiu. Sempre tem a primeira vez. Claro, o jogo acabou. Cadê o homem pra pular lá e pegar a bola? Até porque a gente nunca sabia se estava em casa, pois era hábito deixar sempre fechada, independente de calor. Fomos embora murchinhos pra casa. No dia seguinte, estávamos sentados na esquina, falando de qualquer assunto, quando sua porta se abriu, ela saiu com a bola debaixo do braço, descabelada como sempre, andou uns vinte metros até nós. Todos surpresos, em silêncio. Aproximou-se, entregando a bola a um dos meninos e disse com voz simpática. "Acho que essa bola é de vocês. Por que não me chamaram lá dentro para pegar? Por isso estranhei que pararam de jogar cedo". Passou a mão na minha cabeça. "Você é o que mais grita, né? Ô menino pra gritar". E foi embora. Pela primeira vez, senti que ela "não era tão bruxa assim".
Um dia, foi achada morta sobre a cama, os gatos, em volta do corpo, como se a estivessem vigiando. Os vizinhos estranharam porque apesar de não falar com quase ninguém, não deixava de sair para regar o jardim. E os gatos estavam sumidos. Rebuliço geral no bairro. No velório, poucas pessoas, mais curiosas que condolentes. Todos queriam ver o interior da casa. Nas paredes, várias imagens de Jesus Cristo, da Virgem Maria e uma Bíblia, ilustrada, bonita de capa vermelha, sob a mesinha da tv. Nenhuma foto de parente, nenhuma agenda. Não tinha nada de feiticeira. Coitada, era só uma velha solitária.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

AMOR POR INTEIRO


( imagem mariacultura.com.br )
Amor é bom quando é inteiro, parceiro.
Pleno, mútuo. Dinâmico, visceral.
Dado e recebido por igual.
Uma balança justa de sensações
Sem limites e restrições.
Revestido de emoção.
Amor pela metade, não é felicidade, é ilusão.
Amor é querer toda hora.
É não querer ir embora.
É dizer mais sim do que não.
Amor, é ficar bobo na frente do espelho
barbear-se pensando que é a mão dela.
E ela por sua vez, também retoca o batom
e vai sonhar na janela.
Amor assim é que é bom.
Tornar-se adolescente novamente.
Sorrir como num parque de diversões,
sonhar o mesmo sonho todos os dias
repetir as mesmas declarações.
É chamá-la de menina e ser chamado de menino também.
É ser fera e gatinho nos braços dela
fazer o mesmo com ela.
É dormir pensando no novo dia que vem.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

EXPLOSÃO!


( imagem normal_lovewalls- google)
Dentro de você há uma coisa, algo profundo.
Um grito guardado, que se sair vai ensurdecer o mundo.
É uma brisa que vira furacão.
Um verso, uma nota que vira sinfonia,
poesia e canção
Um tímido facho de luz que vira aurora perfeita.
Uma estrada estreita, que pode ser perigosa, mas leva ao céu.
Embora potente, é algo mais doce que o mel.
Dentro de você há muito mais do que você mesmo sabe
e dentro de si já não cabe,
esse grito, esse furacão, essa aurora que quer resplandecer
que só cega quem não quer ver,
que acima de tudo está essa coisa chamada desejo
e é a mola que impulsiona você.

terça-feira, 27 de julho de 2010

QUANDO A LUA NÃO VEM


( imagem google )
Parece que a noite está chorando
quando a lua não vem
Tudo fica mais escuro
E eu que fico esperando não me sinto seguro
em mim fica escuro também.
Tenho o vinho, a rede, o terraço
só me faltam a lua e um abraço.
Acho que não quero mais vinho
é muito difícil amar sozinho
é muito difícil sonhar sozinho.
De repente desaparecem as nuvens chatas,
raios descem em cascata. A lua veio sim.
Quase completo o quadro que eu quis.
Agora sim, estou quase feliz
ainda não posso fazer tim tim.
Como posso brindar sozinho?
Tenho a rede, a lua e o terraço
ainda me falta algo mais quente que o vinho...
o abraço.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

VIDE VERSO


Quer me conhecer? Vide verso
Vide meu universo, solícito, maliciosamente ilícito
explícito ao declarar.
Vide minha bula, é tão clara, viver é minha gula
minha volúpia é amar.
Desejos tenho sim, ambição não.
Uns querem ser o mar e até choram... eu só rio.
Sorrio, pois os desejos que afloram no rio que corre em minhas veias desaguam no coração.
Esse rio tem a suavidade de uma flor e a intensidade de um vulcão.
Às vezes, sou frágil beija-flor, noutras, sou uma brasa.
Tudo em mim se encaixa, se casa, sou complexo
gosto de ser côncavo e convexo.
É minha forma de dar amor.
Falo coisas no olhar, digo coisas ao ouvido
Acredito no sentido das coisas, acredito no meu sexto sentido.
Aprendi com o arco--íris que depois da tempestade vem a bonança.
Que apesar de tudo, a vida é boa
O sol, a lua, as estrelas, não brilham à toa
é essa a esperança que o espelho me diz;
Se eu nasci, não foi inútil, nem fútil
nasci pra ser feliz.

sábado, 24 de julho de 2010

LAMENTOS NOTURNOS


Parece que tudo nessa noite está chorando.
Ela que parecia tão bela perdeu-se em lamentos.
Ouço como chora a cachoeira, o vento.
A rua.
Até a lua está vagando.
A coruja pia sei lá pra quem.
O bêbado de boca suja roga pragas também.
Eu, mas sem pragas e sem mágoas,
também solto meus lamentos noturnos
ansioso para que chegue o dia de mansinho
prefiro lutar contra conflitos diurnos
que são mais brandos
por não estar sozinho.
As buzinas, as vitrines, as esquinas
Confundem, mas me atraem, distraem
Até que chegue de novo o açoite
dos lamentos da noite
para brincar de novo de lua,
de vento e de lobo.
Um uivo sem resposta, um uivo muito bobo.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

SE NÃO É AMOR


( imagem google )
Preciso saber o que é isso!
Que me incomoda, me inquieta
que dá sede e tira o sono.
Que rasga meu peito
misturando o que é errado e o que é direito.
Que não sai da minha mente
e está presente no andar
no dormir e no acordar.
Que me salta aos olhos
que sai dos meus poros, do meu sorriso.
Que é isso?
Que assanha e domina?
Que arrepia e desatina?
Que sentimento é esse
que me faz adolescente?
Se não é amor, preciso saber urgente
para lidar com essa força maior
que me traz pensamentos profanos
sem medo de enganos.
Que me aponta horizontes
que muda meus planos
que me manda pular no escuro
seja lá qual for o futuro.
Que é isso que viola o meu ser?
Se não é amor...
eu necessito saber

quarta-feira, 21 de julho de 2010

PENSANDO NA VIDA...


Penso na vida...
me permito ver no horizonte somente o amor
o passado é só um retrovisor, já passou
não importa o que fui, quem amei e quem não amei
quem me amou e quem não me amou.
Importa o que sou e o que serei.
E o que aprendi.
Só não aprendi a ser sozinho.
Amores passados, bem ou mal vividos, meras águas do moinho
não foram de tudo, perdidos
encontrei um grande amor em mim
e cada vez que parecia o fim... era um recomeço.
Por isso sou assim... olho em frente no horizonte
há um sol por trás do monte...
e eu mereço.

terça-feira, 20 de julho de 2010

AMIZADE NÃO TEM IDADE


Sinceramente, quando digo que a poesia me traz momentos inesperáveis e inesquecíveis, não estou exagerando. Tenho um novo amiguinho, de três anos, fez ontem. Menino inteligente, falante e gosta muito de mim. Chama-se Guilherme. Às vezes estou deitado no sofá vendo tv ou ouvindo música, ele e sua mãe passam na frente de casa e eu ouço. "Ô 'Caulos', cê tá aí? Vamos conversar". Claro que não resisto e olhem que não gosto de me levantar `a toa. Mas chamado de criança não pode esperar. Lá vou eu e a gente bate um longo papo. Quem não se diverte vendo criança aprendendo a falar? Tem dia que até estou meio aborrecido e logo penso. "Me aborrecer pra quê? Olha um anjinho falando comigo". A mãe tem que esperar porque ele não arreda pé. Vez ou outra dou voltinhas de carro com ele também por umas cinco ruas. Mesmo quando não estou e ele passa com sua mãe, sempre pergunta por mim. Ou ele mesmo diz. "O 'Caulos' não tá. Tá 'tabaiano'. Depois ele chega". Domingo, a mãe me anunciou aniversário dele, falei que vou dar um presentinho e escrever algumas linhas para ele. Ela ficou muito orgulhosa, disse que vai ser uma honra, vai por na parede para ficar eternizado para ele. Assim fiz um poeminha, bem ao nível infantil dele. Ainda não entreguei, mas vou postar aqui. Queria por uma foto dele, mas postar fotos de criança em internet é meio complicado. O que vale é o texto e o fato. Grandes cenas de minha vida não
estão em fotos, mas na retina e no coração. Pois é, gente. Minha vida é assim. Simples assim.
/////////////////
Amigo Guilherme

Guilherme
amigo do meu coração
brinca comigo com muita emoção.
Guilherme
sorriso sincero
sua amizade é o que mais quero.
Que bom, mais uma amizade que faço
meu coração é quem diz
menino que me deixa feliz
com seu caloroso abraço.
Amizade não tem idade
basta sinceridade.
Confiança no aperto de mão
é segurança pro coração.
Não existe perigo.
Menino amigo,
do meu peito você não sai mais não.


PARABÉNS, GUILHERME, POR SEUS TRÊS ANOS DE IDADE. QUE DEUS O ABENÇOE.

DO AMIGO
CARLOS SOARES DE OLIVEIRA, EM 19-07-2010

segunda-feira, 19 de julho de 2010

QUERÊNCIA


( imagem google )
A gente está sempre querendo, mesmo crescendo.
Depois do colo materno, a chupeta é o primeiro desejo do bebê.
Nosso destino eterno é querer.
Vira guri, apronta por aí
a melhor bicicleta, a bola de futebol, brinca de sol a sol
e de noite quando se deita
quer que a manhã chegue de novo,
para querer tudo de novo.
Vira adolescente
e coisas estranhas acontecem no coração da gente...
primeira calça... primeiro amor... primeiro beijo... primeiros desejos.
Os sonhos vão além das pipas, dos piques, embora a felicidade fique
brincando de esconde-esconde, mas, não importa aonde,
nosso destino é querer.
Quanto mais escuro é melhor para ver.
Quanto mais "NÃO", é melhor para fazer.
Fica adulto.
Novas calças... novos amores... outros beijos e desejos.
Mesmo a felicidade brincando de esconde-esconde,
a gente vai, não importa aonde.
Na ponte da vida desde o cordão umbilical, indo bem ou mal
passando pela criancice e adolescência, culminando na velhice,
nossa sina é a querência
que muda conforme a idade, mas no fim é tudo igual.
O que dizer então do poeta
que nem sempre sabe fazer a travessia?
Ou se sabe, alterna entre as pontas no dia a dia
vez em quando adulto, adolescente, vez em quando criança.
Afinal de contas, quem sabe querer mais que o poeta
se a própria vida é inconstância?
Ele apenas brinca com ela e tira proveito dela.
Se é para querer, vamos querer com vontade
seja qual for nosso tempo, seja qual for nossa idade.
/////////////////

Um texto maluco,né? Confuso também. Estou no meio de uma ponte, de uma transição importante. Por isso esse texto confuso.

domingo, 18 de julho de 2010

CANTIGA PARA NINAR POETA


Se você, como eu ( quem dera)
também quisera,
não me deixasse à espera
ia ser primavera
e não só sonhos e quimeras;
Amor deveras!
Se você quiser como eu quero, com esmero
só um pouquinho mais,
tristezas não mais...
são meras
são meras
são meras.
Se você quiser como eu peço,
nada mais eu peço.
Quem dera...
quem dera...
quem dera...

sábado, 17 de julho de 2010

QUÍMICA DO AMOR


( imagem google )
Fogo e água:

Elementos da natureza,

um ao outro vão ao outro se completar

porém, impossíveis na arte de amar.

Fogo é fogo, água é água

não podem se encontrar.

Se acontece nesse jogo

apaga o fogo, o fogo vira cinzas

e as cinzas viram mágoas

maculando a límpída água.

O fogo arde, mas se a água invade apaga o calor.

E todos perdem nesse jogo.

Perde a água, perde o fogo...

E perde o amor

SALMO 23


( imagem google )
O Senhor é o meu Pastor, nada me faltará.

Deitar-me faz em verdes pastos,
guia-me mansamente às águas tranquilas;

Refrigera a minha alma,
guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome,

Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte
não temeria mal algum, porque tu estás comigo,
a tua vara e o teu cajado me consolam;

Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos,
unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda;

Certamente que a bondade e a misericórdia
me seguirão todos os dias de minha vida,
e habitarei na casa do Senhor por longos dias.

Amém.

//////////////////////////
Esse é meu Salmo preferido.
UM ABRAÇO A TODOS

sexta-feira, 16 de julho de 2010

SEMANA DA MINEIRICE- "O VELHO, O MENINO E O BURRO"


( imagem google )
Não chega a ser um texto sobre mineiro, até porque a fábula nem é brasileira, mas remete-nos à sabedoria do matuto.
/////
"Um velho, resolve vender seu burro na feira e chama o neto de companhia. Sabendo que precisa chegar com o animal em bom estado, os dois vão andando puxando o burro. Não demorou e pessoas pela estrada riam. "Como são idiotas. Andando a pé, em vez de montar, sendo que têm um belo burro, em ótima saúde". O velho, com dó do neto, mandou que ele montasse. Mais à frente, outras pessoas zombando. "Que absurdo. Um homem tão velho andando e um menino cheio de vida montado". O velho mandou que o menino descesse e montou em seu lugar. Mal andaram de novo e vieram outros críticos. "Que pecado. Uma criança andando e o velho no conforto do lombo do burro". O velho resolveu então que os dois montassem no burro, assim ninguém teria vantagem e calaria a boca dos críticos. Nada feito. Mais adiante, mais gargalhadas. "Como maltratam o pobre animal". Indignado o velho resolveu que os dois passassem a carregar o burro nas costas. Pensou. "Quero ver alguém criticar agora". Pois não teve jeito, foi até pior. Riam tanto dizendo. "São mais burros que o próprio burro. Pra quê serve um burro se for pra ser levado nas costas?"

Moral da estória: Quem quer agradar a todo mundo, acaba não agradando a ninguém... nem a si mesmo

Não devemos nos apegar irracionalmente às críticas, pois independentemente da forma como agirmos, elas acontecerão. O que também não significa que devemos ser surdos à elas.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

SEMANA DA MINEIRICE- CADA BICHO ESTRANHO


( imagem google )
O mato tem muito bicho estranho. Alguns, mesmo estranhos são até bonitinhos. Outros são estranhos e feios também. O matuto, homem da roça, sabe lidar com tudo isso. Nasceu para o mato. Mas pode sempre se surpreender.
O minieiro terminou seus afazeres rurais quando se preparava para ir embora e ouviu um barulho estranho. Espreitou-se entre as moitas tentando descobrir a origem de tal barulho. Ficou espiando, espiando... até arregalar os olhos. Viu uma mulher de cócoras, saia recolhida, tomando o famoso banho tcheco na beira da lagoa. Tirou o chapéu e exclamou:
- Vivendo e aprendendo. Tenho mais de oitenta anos e não sabia que aquele bicho bebia água.

Desculpem o teor, mas esse eu tinha que contar.

///////

Essa é velha, muita gente deve conhecer.

O mineiro estava no trem e veio lá o fiscal picotando as passagens.
- A passagem, por favor.
- ' Passági?' Que isso, sô?.
Com paciência o fiscal explicou.
- Quando o senhor pagou na bilheteria, lhe deram um papel, um comprovante. Olhe aí nos bolsos.
O mineiro respondeu:
- Ah... se for um 'papelim amarelim', eu pitei ele.
//////

AMIGOS, ESTOU MAL DE GRIPE. ESPIRRANDO, DOR DE CABEÇA, FEBRE, GARGANTA INFLAMADA, CORIZA, OUVIDO TAMPADO. SÓ DOI QUANDO EU PISCO. VOU À FARMÁCIA, MAS COMO BOM MINEIRO, VOU TOMAR UNS CHÁS DO MATO TAMBÉM. ESPERO NÃO ENCONTRAR BICHOS ESTRANHOS POR LÁ. MINEIRO NÃO TEM MED ODE BICHO, MAS DO JEITO QUE ESTOU HOJE, EU SAIO CORRENDO.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

SEMANA DA MINEIRICE- COME QUIETO... E BARATO


( imagem google )
Uma expressão sobre o mineiro das mais conhecidas é "come-quieto". Entendo o sentido, mas gostaria de saber a origem da expressão. Pode ser uma verdade. Mas há algumas inverdades também. Por exemplo, há uma ideia de que o matuto e aí não é só o mineiro, porque matuto tem em todo lugar, o Brasil é muito rural, de que o matuto é bobo. Mas não é nada. Ele finge meio de bobo, como dizem a gíria, 'finge de égua', pois todos os matutos que conheço são simples, mas são espertos, e mais, fazem negócios como ninguém. Difícil passar a perna num matuto. Mas o assunto hoje é o come quieto mesmo.
//////
O mineiro chegou no bordel, foi ao balcão onde tinha uma senhora mais velha, imaginou que seria a dona, e perguntou. "Tem muíe boa e bunita aqui?. Hoje tô muito afim". A dona respondeu logo num tom imponente. "O senhor me perguntar isso é até uma ofensa. Suba lá e confira nos quartos, só mulheres lindas". O mineiro subiu as escadas para ver as beldades. Não passaram dez minutos, desceu uma loira bronqueando. "Assim não dá, assim não dá, assim não dá". A dona viu, mas, ocupada, não ligou muito. Mais uns minutos e desceu uma morena. "Absurdo isso. Louco. Topo não". A dona já encucou, abordou a garota e ela nervosa saindo foi logo falando. "Aquele homem é louco, só pode". Mal acabou de falar, desceu mais uma, mais brava ainda. "Assim não dá, eu não quero, não quero e não quero". A dona não aguentou. Pensou. "Minhas meninas são treinadas a topar tudo, tirando violência e fantasias absurdas. Algo sério ocorreu lá". Subiu rapidamente e deu de frente com o mineiro no corredor. "Ô moço. O que está havendo? As meninas estão todas bravas. O senhor chegou aqui cheio de coisas, exigente, procurando mulher e agora dá nisso? Afinal, o senhor quer transar ou não?". Meio sem graça, meio safado, o mineiro respondeu. "Querer eu quero, mas é de graça".

terça-feira, 13 de julho de 2010

SEMANA DA MINEIRICE- VIAJANDO DE GRAÇA


( imagem ademirgomes.com- google )
Ninguém pode negar que o mineiro é persistente. Ele apenas trabalha um pouco devagar, mas persistente é.
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O mineiro precisava viajar de Vitória para Valadares, mas não tinha dinheiro e tentou embarcar de graça. E embarcou. O negócio era ser esperto e ficar andando pelos vagões para despistar o fiscal que passa conferindo e picotando as passagens. Só que não deu. Veio lá o fiscal. “A passagem, por favor”. “Tenho não, senhor”, respondeu o mineiro. “Sem problema, é só comprar agora”, explicou o fiscal. O mineiro coçou o queixo. “Tenho dinheiro, não sinhô”. O fiscal riu. Ah, bancando o esperrtinho?”. Pegou-o pela camisa, deu-lhe um pescotapa jogando-o para fora do trem. O mineiro, ágil, rolou pela terra, mal sacudiu a poeira correu atrás do trem e subiu de novo. Em outro vagão, claro. Mas o fiscal o viu de novo. “Você gosta de apanhar, hein?”. Deu-lhe outro pescotapa e o jogou de novo lá embaixo. Pois o danado correu de e subiu de novo. O fiscal já estava esperto e toda hora lhe encontrava e tome pescotapa. O fiscal já estava até gostando. Quando o mineiro subiu mais uma vez, um sujeito que acompanhava tudo desde o início falou com o mineiro. “Ô, amigo. Você é persistente ou é doido, hein? Fica levando pescoção, mas volta de novo. Afinal você está indo pra aonde?”. O mineiro respondeu. Se o pescoço aguentar, vou até Valadares.”
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Façamos justiça. Vi Rolando Boldrin contanto esse caso na TV e ri muito. Só mudei os nomes das cidades.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

SEMANA DA MINEIRICE- TRENS DE MINHA INFÂNCIA


( imagem amnasianow.wordpress.com.br)
Exageram um pouco por aí que o mineiro fala errado, que come letras na pronúncia. Essa característica forte veio mesmo lá dos tempos antigos, quando havia mais roça que cidade. De vez em quando sai mesmo um "nossinhora". Ou "vou comer um trem ali". Por outro lado vejo que os outros estados não falam do mineiro por mal, pelo contrário, com carinho. A zoação acima de tudo é pura, como é a origem do mineiro. Quando a gente diz que é mineiro, logo encostam, gostam de falar com a gente. Fora o gostoso "uai". Proibir mineiro de falar "uai", é proibir nordestino de falar "oxe". Mas a marca do mineiro mesmo é o trem. Em várias regiões do Brasil tem trem, mas nenhum povo é mais associado ao trem do que o mineiro. Dizem que “mineiro não perde o trem”. E não perde um bom causo também. Vou começar comigo mesmo.

Impossível esquecer dos tempos em que minha mãe, eu e algumas de minhas irmãs íamos de trem para Vitória. Digo algumas irmãs porque para irem todos ficava caro. Era preciso revezar. Tantas sacolas, tantas bolsas. Eu não aguentava, tinha que arrastar. "Menino, não arrasta que vai rasgar". Eu não parava quieto dentro do trem, ficava andando pelos vagões. Toda hora vinha o fiscal, que fica picotando as passagens com uma maquininha. Dizia. "Não pode ficar andando pelos vagões. Ainda mais criança". Eu ficava com raiva, porém sabia que ele estava certo, era função dele. Mas daí a obedecer era outro caso . Ele virava as costas, eu ia de novo. Minha mãe quase sempre cochilando. Acho que ela sabia que podia confiar, que eu não entraria em alguma risco. O que me intrigava era o porquê de ter 'primeira classe' e 'segunda classe', se era o mesmo trem. Curioso um dia fui lá e entendi. Tinha o tal de ar condicionado, vento fresquinho, cadeiras estofadas. "É por isso que as comidas vêm pra cá primeiro", pensei. Olhando bem em volta, não gostei. Todo mundo calado, lendo jornal, não davam um pio, não comiam nada. Lá vinha o fiscal de novo, bem ríspido comigo. "Já não falei que não pode ficar andando, ainda mais aqui?". Saí pensando, esnobando aquele gente esnobe. "Grandes coisas essa primeira classe. Ninguém fala com ninguém. Ninguém conta piada, não tocam violão. E vai todo mundo chegar na mesma hora".
Mas o que eu mais gostava mesmo era de ficar debruçado na janela, vendo a paisagem. Os boizinhos lá longe, no pasto. As montanhas, o rio sempre à direita. Alguns passarinhos raros que apareciam. As garças em torno da lagoa. Outras aves fazendo revoada. O cachorrinho bobo correndo atrás do trem. Eu tinha medo dele cair debaixo e morrer. Bobagem minha, ele sim não era tão bobo a esse ponto.
O mais engraçado mesmo era quando chegávamos lá pelas dez da noite e todos riam de minha carinha preta de minério. Tomava um banho depressa, fazia lanche, deitava e fechava os olhos rapidamente, na tentativa de encurtar a noite, para no outro dia, poder ver o mar. Ah, o mar. O mar é uma das mais inspiradas obras de Deus. Deus, além de tudo é um grande poeta. O maior deles.
A diferença é que hoje não tenho mais paciência para andar de trem. O mundo ficou muito veloz e as obrigações também. Não sei pra quê a gente corre tanto.

domingo, 11 de julho de 2010

RESUMO


Telúrico, sulfúrico.
Elétrico, assimétrico.
Ético, eclético, cético. Poético.
Semântico, Romântico,
lírico, crítico, satírico.
Prático, enigmático, enfático.
Retórico, alegórico.
Exótico, erótico.
Antimetódico, melódico,
Melancólico, eufórico.
Defeitos e qualidades do mosaico deste peito meu
Que se fundem e se confundem
Que eu assumo e resumo num só monossílabo:
EU!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

SAUDADES...

OLÁ, AMIGOS. ESTOU EM VIAGEM RESOLVENDO ALGUMAS COISINHAS. VOLTAREI NO FINAL DE SEMANA. CUIDADO COM O CUPIDO AÍ. VI ATÉ GENTE ATÉ FALANDO QUE SEU CUPIDO É MÍOPE E NUNCA ACERTA A FECHADA RS RS. ME DIVERTI MUITO. UM ABRAÇO A TODOS

quarta-feira, 7 de julho de 2010

SEMANA DAS LENDAS DE AMOR- CUPIDO


( imagem kapelonia.uboot.com )
GENTE, SEI QUE É GRANDE, MAS NÃO DEIXEM DE LER PORQUE É MUITO BONITO

O Cupido é retratado como uma criança traquina, com asinhas, loiro de cabelos encaracolados, que lança setas certeiras aos corações das pessoas, fazendo com que estas se apaixonem perdidamente. Uma espécie de anjo da paixão, um ser alado de aparência infantil, que voa por entre as nuvens carregando arcos e flechas, à procura de corações solitários.
Mas quem é ele? E porque passa a vida a transformar os corações das suas vítimas com as suas setas?
A origem do Cupido remonta à Antiguidade Clássica, mais concretamente, à mitologia greco-romana., onde este é referido como um Deus único.
Na Antiga Grécia ele era conhecido como Eros, o jovem filho de Afrodite, a deusa do amor e da beleza e de Ares, o deus da guerra.
No livro «Mythologie Grecque» (Editions Toubi’s) ele é descrito como um jovem homem nú, de asas douradas, com cabelos encaracolados, munido com um arco que lança flechas mágicas. « Antes de ser adoptado pelos poetas, esculpido pelos escultores e pintado pelos pintores ele era, para os antigos gregos, o filho de Afrodite e de Ares, que trespassava os corações dos mortais. Ele era o mais belo dos deuses já que fazia nascer nos homens os sentimentos mais nobres e ajudava os pares a unirem-se. Para além disso, ficou conhecido por adoçar os temperamentos dos mortais, mesmo os mais duros, por embelezar a sua vida e por lhes dar um sentido.
A mitologia ainda diz que Cupido viveu um grande amor e enfrentou muitas dificuldades para conseguir um final feliz. Por isso ficou conhecido como aquele que une os corações.
Seu amor era a bela mortal, Psyché que por ser muito bela, despertou o ciíume de Vênus que como deusa, deu ordens a Cupido para que este fizesse com que a jovem se apaixonasse por alguma criatura de má aparência. Em vez disso, o Cupido apaixonou-se perdidamente por ela e fez dela sua amante. Colocou-a num palácio, onde a visitava à noite mas, por ser mortal, ela estava proibida de olhar para ele. Psyché foi feliz até ao momento em que as suas irmãs, movidas pelo ciúme, lhe disseram que ele era um monstro que a iria devorar, convencendo-a a olhar para o seu amado.
Certa noite, Psyché, levada pela ousadia do amor, pegou numa lamparina e iluminou o quarto para ver Cupido adormecido. Admirada com a rara beleza do jovem, ela deixou cair sobre o seu corpo uma gota de óleo da lamparina, e ele despertou. Por causa disso, Cupido castigou-a com o seu abandono, ressentido pela desobediência da amada. Nesse tempo desapareceram também o seu encantador castelo e os magníficos jardins, e ela viu-se sozinha num campo deserto. Mas ela não desistiu, procurando o amante por toda a terra e acabando por encontrar o templo de Vénus. Desejando destruí-la, a deusa do amor deu a Psyché uma série de tarefas dificílimas., entre essas, separar na escuridão da noite, as impurezas de um monte enorme de várias espécies de grãos. Felizmente, as formigas tiveram piedade dela e vieram em grande número para ajudá-la. E assim todas as tarefas foram executadas à exceção da última. Vênus deu-lhe uma pequena caixa que ela deveria levar até ao mundo dos mortos e onde deveria guardar alguma da beleza de Perséphone, a mulher de Plutão.
Durante a viagem, ela recebeu conselhos para evitar os perigos do reino dos mortos e que não abrisse a caixa. Mas a tentação foi mais forte e Psyché abriu-a. Em vez de encontrar a beleza, ela encontrou um sono mortal. Cupido encontra-a tombada, sem vida. Valendo-se dos seus poderes divinos, ele desperta sua amada e recoloca esse sono mortal de novo na caixa.
Ao ver o seu grande amor voltar à vida, Cupido perdoa-a, assim como perdoa também a Vênus. Os Deuses, comovidos pelo amor de Psyche por Cupido fazem dela uma deusa, para que ambos pudessem viver o grande amor que os unia, para toda a eternidade. O casamento entre os dois realiza-se, finalmente, no céu.
A palavra Psyché, em grego significa borboleta, entendida como sinónimo de alma. A borboleta simboliza a imortalidade da alma: desde o casulo limitado em que estava, depois de ser mera lagarta, estende suas asas, flutua na brisa do dia e transforma-se num dos mais belos e delicados seres da natureza. Psyché é, portanto a alma humana, purificada pelos sofrimentos e infortúnios, preparada para gozar a pura e verdadeira felicidade.
Opinião particular minha. Psyché, não só mereceu finalmente viver seu grande amor, como também a ser elevada à situação de deusa, pela sua persistência, sua desobediência, em nome de seu amor. Fosse ela acomodada, não teria sido feliz.
Até hoje, Cupido, feliz pela recompensa de ter encontrado seu grande amor, anda por aí, ajudando as pessoas a conseguirem também, flechando os corações solitários. Ai... me acertaram aqui.

(adaptação dos textos: 'cupindoaeiou.pt', 'wikipedia', 'starnews.com.br')

terça-feira, 6 de julho de 2010

SEMANA DAS LENDAS DE AMOR- A LENDA DA MANDIOCA


( imagem jornale.com.br )
Essa tive que buscar na internet. Lembro-me da professora contando, mas não me lembrava de tudo. Faz teeeempo, né? Nâo tem exatamente uma lenda de amor, mas fala com muita graça de uma indiazinha, que ouvindo a professora contar, me sugeria que devia ser linda. Ela contava com muito carinho e cuidado.
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Segundo essa lenda de origem indígena, há muito tempo numa tribo indígena a filha de um cacique ficou grávida sem nunca sem ainda ser casada.
Ao saber da notícia o cacique ficou furioso e a todo custo quis saber quem era o pai da criança. A jovem índia por sua vez, insistia em dizer que nunca havia namorado ninguém.
O cacique não acreditando na filha rogou aos deuses que punissem a jovem índia. Sua raiva por essa vergonha era tamanha que ele estava disposto a sacrificar sua filha. Porém, numa noite ao dormir, o cacique sonhara com um homem que lhe dizia para acreditar na índia e não a punir.
Após os nove meses da gravidez, a jovem índia deu a luz a uma menininha e deu-lhe o nome de Mani. Para espanto da tribo o bebê era branco, muito branco e já nascera sabendo falar e andar.
Passa alguns meses, Mani então, com pouco mais de um ano de repente morreu. Todos estranharam o triste fato, pois não havia ficado doente nenhuma coisa diferente havia acontecido. A menina simplesmente deitou fechou os olhos e morreu.
Toda a tribo ficou muito triste.
Mani foi enterrada dentro da própria oca onde sempre morou. Todos os dias sua mãe, a jovem índia regava o local da sepultura de Mani, como era tradição do seu povo.
Após algum tempo, algo estranho aconteceu. No local onde Mani foi enterrada começou a brotar uma planta desconhecida. Todos ficaram admirados com o acontecido . Resolveram, pois, desenterrar Mani, para enterrá-la em outro lugar.
Para surpresa da tribo, o corpo pequena índia não foi encontrado, encontraram somente as grossas raízes da planta desconhecida. A raiz era marrom, por fora, e branquinha por dentro, como a menina. Após cozinharem e provarem a raiz, entenderam que se tratava de um presente do Deus Tupã. A raiz de Mani veio para saciar a fome da tribo. Os índios deram o nome da raiz de Mani e como nasceu dentro de uma oca ficou Manioca, que hoje conhecemos como mandioca.

Fonte (QDIVERTIDO.COM.BR )
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Tenho algumas perguntas. Será que a índia mãe, que engravidou da indiazinha Mani não teve um namoro escondidinho lá naqueles matos, e o cacique, seu pai, não sabia? Outra. Conta a lenda que o cacique sonhou com um homem que lhe disse para acreditar na filha e não a punisse. Sabemos que índios tomam chás estranhos. Será que o namorado da índia não era esse homem do suposto sonho, e sabendo do transe do cacique após um desses chás, se aproveitou e foi lá convencer o velho índio a perdoar a filha? Ah, o amor. O amor e suas perguntas.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

SEMANA DAS LENDAS DE AMOR- ECLIPSE, O AMOR PROIBIDO


( imagem andrewsiew.files.wordpress.com )
Sol e lua fazem um casal de namorados que vivem um amor proibido. Um "Romeu e Julieta" sideral. Assim também são os namorados na vida real quando não podem viver um grande amor. O sol e a lua são separados pelas forças da natureza, um para o dia, outro para a noite. Os namorados (pessoas), tambem são separados, não pela natureza, mas por forças estranhas, sei lá, coisas da vida. Talvez uma delas seja a falta de coragem. Até quando vai o amor ser derrotado pela falta de coragem? Vez em quando sol e lua se encontram e fazem um belo eclipse. O eclipse é umas das manifestações mais lindas e grandiosas da natureza. Tem explicação científica, mas eu tenho uma explicação poética. Quando sol e lua se encontram, eles estão é fazendo amor. O amor guardado, proibido, travado, acumulado, e quando podem vão à forra nos proporcionando uma cena magnífica. Os namorados também. Nos raros momentos em que se encontram, fazem o maior amor do mundo, com a força e a magnitude de um eclipse.
A diferença é que o sol e a lua, fazem amor no céu, bem lá no alto para todo o universo ver. Ao contrário dos namorados, que precisam namorar escondidos. Igualmente intensos, mas escondidos.
Quando Deus estava fazendo todos os astros, enfim, estrelas, cometas, asteróides, o sol e a lua se apaixonaram. Pediram a Deus que os deixasse conviver simultaneamente no mesmo céu. Deus onisciente, ponderou. "Não posso prejudicar o universo por causa do amor de vocês. Abalaria toda a natureza. É preciso haver o dia e a noite". Na vida também é assim. O amor da gente pode se sacrificar por causa dos outros, mas os outros não podem se sacrificar pelo amor da gente. Deus, bondoso, pensou e falou. "Mas vou permitir que se encontrem de vez em quando". Para os namorados é diferente. Um dia, a palavra PROIBIDO, impera de vez e nunca mais fazem um eclipse. Nâo haverá permissão que se encontrem nem às escondidas, muito menos para o universo ver. Amor proibido, devia morrer na origem. Essa é a triste lenda do amor proibido. A lenda que eu inventei.

domingo, 4 de julho de 2010

SEMANA DAS LENDAS DE AMOR- BOTO COR DE ROSA


( imagem google )
Ao cair da noite na Amazônia, o boto cor-de-rosa deixa os rios e transforma-se em um lindo e sedutor rapaz, que sai em busca de uma garota para namorar. Além de galante e sedutor, o boto dança como ninguém e enfeitiça as meninas indefesas. De madrugada, o namorador volta para o rio, onde se transforma de novo em boto. Essa é uma lenda contada na floresta amazônica para explicar por que tantas meninas têm filhos sem pai: são todos filhos do boto.
Os botos são os golfinhos de água doce embora botos e golfinhos não sejam iguais.
Vive nos rios da América do Sul, principalmente na Amazônia brasileira.
É uma das mais conhecidas do Brasil, segundo a qual, o "Dom Juan da Amazônia" encanta mulheres, principalmente donzelas e casadas. A cabeça do animal se assemelha à glande humana e a maneira como nada, subindo e descendo, lembra movimentos sexuais. Quando uma moça fica grávida, logo se atribui às artimanhas do boto. Ao boto são creditadas peripécias, como sinais inexplicáveis de maternidade e fugas noturnas femininas. Dizem que chega a levar a escolhida para um palácio no fundo dos rios. Quem ainda não ouviu falar das façanhas do boto? Nem é preciso viver na região amazônica para conhecer as proezas. Já vi um filme nacional muito interessante abordando essa lenda sensual. O boto tem a faculdade de transformar-se em homem e, nesta condição, seduzir as moças interioranas que costumam dançar nas festas de beira de rio,como seduz também as que vão tomar banho sozinhas nos rios amazônicos. Sobre botos existem mil e uma crenças. Quando uma mulher moradora às margens dos rios da região engravida, não sendo casada nem possuindo companheiro, é certo que se dirá que seu filho é do boto. Tranformado em homem, frequenta festas para realizar novas conquistas , sempre de chapéu , para esconder um orifício no topo da cabeça para não ser identificado. Bem apessoado, anda elegantemente vestido e faz parte da tradição dizer que tem sempre uma espada à cintura. Porém, acabando o encanto, na hora tem que se transformar novamente em boto e mergulha no rio. Há algumas controvérsias. Dizem que em naufrágios procurar socorrer tanto homens como mulheres. Outros dizem que ajuda apenas mulheres, para manter fama de conquistador.
Os órgãos sexuais do boto ( o animal real), são usados feitiçarias para atrair o ser amado e principalmente o olho do boto, é considerado amuleto dos mais fortes na arte do amor. Dizem que, segurando na mão um amuleto feito do olho de boto, tem que ter cuidado para quem olhar, pois o poder de atração é fulminante sendo difícil desfazer o efeito. Contam-se várias estórias em que maridos desconfiados de que alguém está tentando conquistar suas mulheres, armam uma cilada para pegar o conquistador. A cilada geralmente acontece à noite, onde o marido vai a luta com seu rival e consegue feri-lo com uma faca, ou com arpão. Mas o rival, mesmo ferido, consegue fugir e atirar-se n'água. No dia seguinte, para surpresa do marido e pessoas que acompanharam a luta, aparece o cadáver na beira d'água, com a arma cravada no peito, mas não com aparência de um homem, mas simplesmente.. de um boto!
Atenção, meninas. Se algum dia vocês passearem em algum rio da Amazônia e ouvir uns gritinhos, prestem atenção. Pode ter um boto cor-de-rosa tentando lhe falar alguma coisa. E a atração pode ser fatal.
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Obs: Alguns dados técnicos colhidos em amazonialegal.com.br

Legal que algumas adivinharam que hoje eu falaria do boto. Amanhã vou postar uma lenda que eu mesmo inventei. BOM DOMINGO A TODOS. UM ABRAÇO, AMPLO, GERAL E IRRESTRITO.

Em tempo... adorei ser chamado de "sereio" rs rs.

sábado, 3 de julho de 2010

SEMANA DAS LENDAS DE AMOR- SEREIA



( imagem ap.ning.com- google )
Não vai ser uma semana inteira, pois quarta-feira farei uma pequena viagem, só voltando na segunda-feira. Quem sabe por lá eu faço alguma postagem. O problema é que ainda não comprei um 'noteboque' ( como diz um amigo meu ), aí fica mais difícil. Hoje vou falar da sereia, esse ser mitológico, essa lenda sensual que fascina. Eu gosto muito da sereia justamente por isso. Acho que todo homem já sonhou ser arrebatado por uma sereia, ainda que corra o risco de ser levado para o fundo do mar, ou do lago, como queiram. Eu mesmo já. Não tenho medo dessas coisas. E as sereias são sempre lindas. Tem um mistério gostoso e para falar a verdade dá até tesão. Uauuuu! Ficam nas pedras em poses provocantes atraindo a vítima com seu canto doce. A sereia na lenda brasileira chama-se Iara, mas é originada mesmo da mitologia grega. É uma lenda tão atraente quena vida real a gente costuma chamar mulheres bonitas de sereias. Ah... eu adoro fantasia. Gostaria de sair desse mundo real e ir para outra dimensão e viver todas as lendas. Vez em quando vou lá, mas tem sempre alguém puxando minha perna, ou minha orelha pra voltar.
Com vocês...

SEREIA

Eu não sabia do canto da sereia
que inebria e desnorteia
e leva para o fundo do lago,
o lago do amor.
Música doce,sutil.
Parece do bem, camufla o mal,
o mal do amor.
A sereia é linda!
Cabelos longos, lábios sensuais, corpo de menina
e quando mais se tenta fugir
apaixona-se mais ainda .
a gente dá um passo atrás e dois à frente,
sem perceber
é como a presa rumo à serpente,
cujo veneno parece doce, mas é ardente
quando entra nas veias,
é o veneno do amor.
E uma vez picado no peito
abraçado pela sereia,
não tem mais jeito... será ceia
no fundo...do fundo lago do amor .
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Nota: Entre gueixas que também são sereias
e sereias que também são gueixas

sexta-feira, 2 de julho de 2010

FOI O TEMPO


Foi o tempo que me trouxe você.
Eu que não tinha nada para alegrar meu tempo
resolvi gastar meu tempo misturado com seu tempo
para juntos fazermos um só tempo.
Assim como o vento
a gente não percebe e passa o tempo.
De repente para mim você não tinha mais tempo.
Para pensar, me pediu um tempo
e eu querendo você a todo tempo,
mas para você eu virei um contratempo.
Quantas vezes pedi ao vento
que me trouxesse de novo nosso tempo
e ele tantas vezes respondeu
que para você fui apenas passatempo.
Não sei onde você gastou o seu tempo
talvez com outros passatempos
e eu chorei por muito tempo.
Felizmente para meu bem, em mim também passou o tempo
e você um dia, quis recordar nosso tempo
e eu respondi, mais forte que naquele tempo:
existe outra pessoa cuidando do meu tempo
o tempo que me tirou de você
também foi o tempo que me ajudou a lhe esquecer.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

GANDHI E EU


( imagem google )
Coincidências? Sim. E também aproximação de pensamentos. Como o próprio Gandhi disse: ”O universo é um todo indivisível”. Postei abaixo algumas frases de Gandhi com a grata surpresa de ler essas frases e perceber algumas afinidades e coincidências com o que sinto e penso. Gosto de coincidências. O mundo literário por exemplo, não fica atrás. Até aqui mesmo no blog vejo paralelos entre poemas e textos com os meus . Isso é bom. Sinal que estamos ligados. Adianto logo que não estou me comparando ao Gandhi, o que não me impede de pensar como o grande líder e me sinto muito orgulhoso de pensar igual a ele. Até porque não faço paralelos de intelectualidade, faço paralelos de sensibilidade. Essa sim, independe de profissão, classe, raça e sexo. Eu posso ser um grande cientista e não ser sensível. Sempre fui receptivo à críticas, as construtivas. Não aquelas que fazem apenas para mostar seus defeitos, essas são malignas, mal intencionadas. Falo daquelas: "Você é bom, mas pode melhorar". "Você usou uma palavra que não coube bem nesse texto". "Ontem você estava chato, você não era assim". "Essa camisa não deu bem com essa calça". "Para de gandaia, cuide de sua saúde". Por aí. E de elogios, quem não gosta? Eu gosto também, mas aí que está. Tenho percepção também para elogios forjados, enganosos. Esses não gosto. Prefiro que me falem a verdade. Quem é meu amigo sabe. Por quê estou dizendo tudo isso? Porque já ouvi muito, desde criança que sou muito inteligente. Eu também me acho muito inteligente. Sei de coisas que nunca estudei. Qualquer tema entro de cabeça e mergulho mesmo. Mas o elogio que mais me agrada é quando dizem que sou sensível. Nada melhor para falar de sensibilidade que citar Gandhi, por isso o escolhi. Diz uma brincadeira por aí, que quem gosta de interior é decorador. Então tenho uma resposta para essa brincadeira idiota. Se quem gosta de interior é decorador, quero ser um decorador de corações.

GANDHI: Não existe um caminho para a felicidade.A felicidade é o caminho
EU: O amor não tem fórmulas. É a fórmula
/////
GANDHI: As religiões são caminhos diferentes convergindo para o mesmo ponto. Que importância faz se seguimos por caminhos diferentes, desde que alcancemos o mesmo objetivo? Deus não tem religião.
EU: Deus olha de cima para baixo e não vê muros nem religiões.Vê o homem.
/////
GANDHI: A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido e não na vitória propriamente dita.
EU: A derrota muitas vezes nos mostra muito mais que a vitória.A vitória nos cega
/////
GANDHI: O fraco jamais perdoa: o perdão é uma das características do forte.
EU: A humildade é própria dos grandes homens
/////
GANDHI: O medo tem alguma utilidade, mas a covardia não.
EU: Não tenha medo de nada.Tenha medo apenas de ter medo
/////
GANDHI: Temos de nos tornar na mudança que queremos ver.
EU: As pessoas vivem buscando transformações para o mundo, quando a verdadeira transformação se dá de dentro para fora.
/////
GANDHI: A força não provém da capacidade física, mas da vontade férrea.
EU: Acima de tudo, dentro de você, há uma força chamada desejo e é a mola que impulsiona você.
/////
GANDHI: A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados.
EU: Acho que fui o único menino de minha época a nunca matar um passarinho.
/////
GANDHI: De modo suave, você pode sacudir o mundo.
EU: Uma flor desabrochando tem a mesma intenisdade de um vulcão em erupção. Só que são energias diferentes.
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GANDHI: A minha fé, nas densas trevas, resplandece mais viva.
EU: Com uma simples vela acesa eu derroto a sua escuridão
/////
GANDHI: Odeio o privilégio e o monopólio. Para mim, tudo o que não pode ser dividido com as multidões é tabu.
EU: Felicidade real, só se for felicidade geral.
/////
GANDHI: De que adianta a liberdade, se não temos a liberdade de errar.
EU: A ditadura tem muitas faces, mas não pode tolher seu pensamento.
/////
GANDHI: Não é preciso entrar para a história para fazer um mundo melhor.
EU: Faça alguém sorrir hoje e o mundo já terá um dia melhor. Grandes atos nem sempre dão ibope, mas fazendo alguém sorrir, o seu não estará perdido.

GANDHI: O silêncio já se tornou para mim uma necessidade física espiritual. Inicialmente escolhi-o para aliviar-me da depressão. A seguir precisei de tempo para escrever. Após havê-lo praticado por certo tempo descobri, todavia, seu valor espiritual. E de repente dei conta de que eram esses momentos em que melhor podia comunicar-me com Deus. Agora sinto-me como se tivesse sido feito para o silêncio.
EU: Quando estou em silêncio, meu corpo e meus olhos falam mais que minhas palavras.