ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

CAVALGANDO COM O AMOR!


A menina estava tão feliz, mas tão feliz, sentindo-se solta e atrevida, que resolveu cavalgar. Subiu naquele cavalo como se fosse dona, a maior, a mais ousada amazona do mundo; agarrou-se à crina da montaria, e galopou tanto, tanto, tanto, numa velocidade incrível, que foi parar no topo do mundo. Ela estava em êxtase, muito Zen. Começou de manhã passando entre os pássaros e as nuvens, passou à direita do sol e nem sentiu calor, pois o seu próprio calor era maior. Transpassou o crepúsculo, invadiu a noite, ofuscou estrelas, chamou a lua de irmã, pois brilhavam de forma igual, a própria lua lhe disse: “É isso, aí ,menina. Cavalgue mesmo. Vá ser feliz” Só não se sabia se era ela quem domava o cavalo ou se era o cavalo que a domava. Ou seria uma terceira opção: os dois estavam em cumplicidade, a cada movimento dela o cavalo pulava também, e assim, a cavalgada foi uma perfeita harmonia, um sincronismo, e o galope só aumentava. Ela gostando de montar, ele gostando de ser montado. Ela era só sorrisos, o cavalo relinchava de volta demonstrando parceria, um empate de energias. O que ela buscava? Nada, ela já havia encontrado. Por que a menina estava tão feliz? Só ela sabe... acho que o cavalo também. Diz a lenda que foi a cavalgada mais linda e mais longa do de todos os tempos. Melhor não apostar, pois a menina cavalga muito bem, e pode se superar. E o cavalo estará pronto!

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imagem  ( fotosearch )

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

EMBALOS DE SÁBADO À TARDE.


Enquanto o mundo se desentendia, a gente se entendia por aqui. Enquanto tudo se desarrumava lá fora, entre atritos e conflitos disso e daquilo, aqui dentro a gente desarrumava nossa cama. Enquanto o mundo gritava, chorava ou sorria, a gente murmurava palavras que só a gente entende. Enquanto o mundo inventava coisas de tecnologia, viagens espaciais e tudo o mais, a gente inventava nossas doces maluquices, fizemos de nossa cama um cometa flamejante, e nele atravessamos o mundo até chegar ao planeta Vênus. Tudo isso sem sair do lugar. E quem disse que para viajar é preciso sair do lugar? Num quarto, numa solidão a dois, numa auto reclusão de amor, tudo acontece, tudo pode, tudo vai, tudo dispara, tudo se encaixa. E quanto mais bagunçado, melhor, porque o amor é assim, pode cair tudo, travesseiro de um lado, lençóis para o outro, roupas no chão, só a gente que não se perde porque se encontra no abraço, não dá desgrudar, a gente se dá um laço, e nada desata esse nó. É muito lindo um quarto bagunçado de amor. E foi assim... enquanto não sabíamos se lá fora chovia ou fazia sol, no nosso quarto chovia e fazia sol ao mesmo tempo... pensando bem, foi um dia tão nosso, tão longo que aconteceram as quatro estações. Enquanto o mundo discutia o que comer, o que beber, a gente se comia e se bebia, num banquete de prazer, e numa fonte inesgotável para nossa sede, quanto mais a gente bebe, mais a gente quer. Enquanto o mundo discutia a moda, nós passamos o sábado inteirinho nus... nus fisicamente, tal qual nascemos... mas vestidos de amor.

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( imagem google )