ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

FELIZ ANO NOVO!!!



Não vou me alongar muito, afinal teremos o ano todo para nos afagarmos, pois penso que afagos têm que ser o ano todo, mas é normal dizermos algumas palavrinhas na véspera da virada. Agradeço a todos que estiveram comigo em 2014, que me leram, que me toleraram em algumas brincadeiras, que me perdoaram quando fui chato, que riram junto comigo , que me ampararam, principalmente na despedida de minha mãe. Nunca fui muito de ficar planejando o ano seguinte, o que eu procuro é estar pronto para o que der e vier, sempre tive muita fé em Deus, e isso me facilita muito a lidar com o dia a dia, mas 2015 para mim chega com muitas expectativas boas. O que eu garanto é que num ponto, 2015 não vai ser diferente de todos os anos de minha vida: Valorizar as amizades, vou rezar muito, escrever muito:  essas são as três coisas que me embalam.

Só peço uma coisa: Sejamos mais crianças!

FELIZ ANO NOVO PARA TODOS!!!
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2015 EU QUERO ASSIM...
Fale-me qualquer palavra
em qualquer língua, estranha ou conhecida,
mas que celebre a vida.
Ou cante qualquer canção,
moderna ou antiga
que me faça uma noite tranquila e uma manhã amiga.
O tom, tanto faz,
mas que seja de paz.
Conte-me qualquer história
de fadas ou real,
mas que seja do bem com toda a glória
vencendo o mal.
Fale-me de pessoas na praça
achando graça, se abraçando de graça.
Fale-me de momentos, mas que tenham sentimentos
regados no jardim dos bons pensamentos.
Fale-me filosofias, profecias, poesias
que toquem os anseios meus
e plantem em mim definitivamente o amor.
Fale-me de algo superior,
mas que me lembre Deus.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

UM DIA DE MOLECAGEM




Os namorados conversavam debaixo de um pé de acácias. Ele disse: “Não gosto de gente que se porta como adulta o tempo todo”. Ela respondeu: “Eu também não, meu bem. A gente precisa ser criança de vez em quando, tirar um pouco da sisudez”. Ele gostou e emendou: “É verdade. Às vezes a gente precisa de umas molecagens, tipo apertar campainha e sair correndo, qualquer coisa assim... sem compromisso de nada”. “Hummm... tive uma ideia”, ela disse, e completou: “Você me ama?”. Num beijinho curto, ele respondeu: “Claro que amo”. E ela: “Se me ama, vai topar uma molecagem”. Ele: “Ai, ai. Tenho medo de suas ideias. Mas diga qual é a molecagem”. Ela riu: “Não foi você mesmo quem disse que precisamos de travessuras de vez em quando, que precisamos ser crianças? Que tal apertarmos umas campainhas?”. Ele nem pensou direito: “Claro que topo, mas tem uma coisa... correr de mãos dadas para que ninguém se perca do outro”. Ela: “Legal! Vamos apertar de várias casas, mas tem uma família ali muito mal humorada, gente fechada, brava, de poucos amigos. Se é pela aventura, tem que ter risco, e eles não podem ficar de fora”. Lá se foi o casalzinho de mãos dadas, como dois molequinhos, e começaram a operação, apertavam as campainhas, e ficavam escondidinhos atrás de uma moita, vendo os vizinhos que abriam as portas ou portões procurando quem chamava. Encucados, voltavam para dentro, os dois se divertiam muito, a cada risadinha, um beijinho. Ele disse: “Agora é na casa que você falou. Vamos”. Foram lá, apertaram e se esconderam atrás da moita. Um senhor de barbas longas, de cara assustadora, saiu no portão: “Parece que ouvi a campainha, mas não tem ninguém”. Voltou para casa. Passados mais uns três minutos foram de novo apertar, e se esconderam. O homem voltou: “Tem algum moleque sem pai nem mãe me fazendo raiva. Ah, se eu pego”. Mais uns três minutos, lá foi de novo o casal, o homem saiu bravo, gritando para os ares:  “Seu moleque sem-vergonha, pare de perturbar quem está quieto. Vou lhe pegar e dar uns bons cascudos”. Os dois não se aguentavam de rir atrás da moita. E assim fizeram mais umas quatro vezes, até decidirem fazer a última. “Mas agora, vamos esperar um pouquinho mais, para ele pensar que paramos”, disse ele. Cinco minutos depois, a armadilha. O velho ficou atrás do portão na espreita, e quando apertaram, o susto maior foi do homem vendo o casal adulto que resolveu tirar a paz da vizinhança naquele dia. “Então são vocês seus “sem serviço”. Melhor ainda para eu bater já que são grandes”.Tentaram correr, mas a moça escorregou ficando para trás, o rapaz ganhou distância, e de lá viu a amada encurralada pelo homem barbudo cuspindo fogo pelas ventas que tentava agarrá-la, o que só não havia ainda conseguido porque era magra e ágil. O namorado pensou: “Não posso deixar  meu bem lá, preciso fazer algo”. Foi correndo em alta velocidade, deu um safanão no homem que caiu sentado, o rapaz deu logo a mão à amada e fugiram em disparada, enquanto o barbudo esbravejava: “Voltem aqui de novo e vocês vão ver”. Correram, correram muito até uma distância segura, e ofegantes e sorridentes, comentaram: “Que sufoco, hein, meu bem?”, ele disse. E ela: “Pois é... quase dançamos. Ainda bem que ele é gordo e não pôde nos pegar, eu principalmente que fiquei encurralada... mas, eu sabia que meu bem voltaria para me salvar. Isso me deixou meio tranquila”. Encostando-a na árvore, ele a beijou: “Jamais deixaria você ali sozinha”. Ela pensou por alguns segundos, e disse: “Engraçado... tive agora a sensação de que já fizemos isso juntos um dia... mas quando crianças. Vi a cena agora direitinho, você me salvando, a gente fugindo de mãos dadas”. Ele: “Como assim? Como pode se só nos conhecemos já adultos?”. Ela respondeu: “Engano seu. No meu instinto feminino imagino que já nos conhecemos de vidas passadas, de eras passadas. Nossas almas já namoravam antes de nossos corpos físicos se encontrarem. Somos duas paralelas que viajavam lado a lado através dos tempos, e que hoje se cruzaram”. Ele se emocionou: “Que lindo isso que você disse! Éramos paralelas... agora somos um nó que nunca mais vai se desatar”. E beijaram-se demoradamente depois de um dia de molecagem, para começarem a melhor molecagem de todas... que é amar.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

FOI VÊNUS QUEM ME DISSE

( imagem  internet )

Foi Vênus quem me disse
que não amar é uma tolice.
Que viver é simples e bom,
mas pode se tornar complexo
sem o tempero do amor e do sexo.
Disse que a melhor dança é a das cinturas
fazendo o côncavo e o convexo.
Que a melhor aventura
é amar com loucura, com frisson
Quem me disse foi Vênus:
deitar juntos é a mais linda viagem,
que o amor é que dá o tom.
Que sem amar se vive menos,
é como comer a embalagem
e jogar fora o bombom


FOI JOHN LENNON QUEM DISSE

( imagem aduncdeviandart.com )

Quando John Lennon falou
que não era o único sonhador
não sabia o quanto acertou.
Os sonhadores estão por aí a cada dia mais .
São pequena minoria é verdade,
mas, ai da sociedade se morressem todos os ideais.
Foi John Lennon quem disse
que não é assim tão difícil
que basta dar uma chance à paz.
Jogar certo os jogos da mente,
não de forma individualista, mas altruísta.
Poder para o povo.
Já que deu tudo errado até agora, começar de novo.
Imagine e tudo será feito
O novo brota dentro de cada peito e se espalha
enxovalha todo o planeta,
e o que era difícil, fica fácil,
o ruim fica bom.
Ainda bem que aquela bala
não calou a música do John.
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Eu também estou muito feliz de não ser o único sonhador.

Ideias extraídas de algumas músicas de John Lennon. "Imagine, "Power to the people", "The war is over" , "Mind Games".

sábado, 20 de dezembro de 2014

AVENTURAS DE UM MENINO PASSARINHO


É, não teve jeito, não resisti em mostrar antes do lançamento a capa de meu livro AVENTURAS  DE  UM  MENINO  PASSARINHO, não nasci mesmo para conter emoções, e sempre que o fiz, fui infeliz. Acabei rimando, poeta rima até sem querer  rs rs. Já havia postado que é um livro autobiográfico em forma de contos, narrando infância, adolescência e juventude, aventuras, alegrias, dificuldades, saudades, emoções diversas enfim. Um livro que até está sendo impresso agora, os próprios contos foram escritos de uns anos para cá, mas que nasceu nos meus longínquos e tenros nove anos de idade. Como? É um livro que fui escrevendo em tempo real,  sem saber, simplesmente vivendo, estudando, brincando, sonhando, embora jamais pudesse imaginar que um dia colocaria em folhas de papel, apesar de que, já aos quinze anos eu tenha dito a um amigo: ‘Um dia vou escrever um livro’. Puxa, eu não tinha a mínima condição financeira de pensar em escrever um livro, mas Deus tornou possível. Sempre falei:  ‘O  sonho não morre, fica guardado na gaveta do coração esperando o momento de acontecer’.  ‘Acalente seu sonho, e ele o acalentará. É recíproco, você não vive sem seu sonho, e ele não vive sem você’.  Estou emocionado, ansioso, como esconder isso? E pra quê esconder isso? Esse não é o meu primeiro livro, no primeiro que também é lindo , faltou  experiência de minha parte, e a editora deixou a desejar,  só que isso já é passado, talvez um dia eu o publique novamente, porém não é prioridade agora. Não sei quantos livros ainda vou publicar, mas esse com certeza vai ser o mais importante de minha vida, por isso eu o chamo de emblemático, pois nele, estão meus tempos de escola, as professoras, os amigos, os campinhos de bola, minha saudosa  “Rua Vital Brasil”, meus irmãos e irmãs, e claro, minha mãe.  É principalmente um livro dedicado às crianças... mas não é proibido para adultos rs rs. Emoção não tem idade, haja vista esse livro ter crescido comigo.


Em  tempo:  Não havendo imprevistos, o livro estará disponível em março próximo, meu mês de aniversário... meu presente está garantido. Um presente de Deus!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

MINHA MENSAGEM DE NATAL - ANTES DA COLHEITA, A SEMEADURA


Todo mundo ao fim de cada ano faz uma reciclagem, um balancete, do que fez, do que não fez, do que sonhou, do que realizou e do que não realizou. Eu não fazia muito isso, mas venho fazendo de uns anos para cá, acho que é a idade. Quando se é bem jovem não se pensa muito nisso. Bem, o meu ano de 2014 foi de preparar o terreno para nova semeadura, e quando digo terreno, refiro-me principalmente ao  coração, é ele o nascedouro de todas as coisas. Para que ocorra tudo certo no plantio, e posteriormente uma bela colheita, o terreno tem que ser cuidadosamente, carinhosamente preparado. Durante 2014 arranquei algumas ervas daninhas e tiriricas, aquelas teimosas que vão crescendo nos cantinhos, e a gente não percebe... por exemplo: inveja, rancores, ambição desmedida, soberba, preguiça e outras mais. É claro que a gente nunca vai atingir a perfeição, estamos muito aquém do modelo chamado Jesus Cristo enviado por Deus, mas a cada pouquinho que caminhamos rumo à humildade,  evoluímos espiritualmente, no verdadeiro sentido de ser... de ser humano.  É fato também, infelizmente,  que às vezes os jardins são mais notados pelas ervas daninhas que possui do que propriamente pelas flores que os enfeitam, talvez por isso a gente deixa algumas, pela simples necessidade de ser notado. Isso é um pouco duro para mim, ainda não consegui entender o julgamento humano, os frios olhos humanos, o que não me impede de continuar a  embelezar meu jardim, e assim ele estará visível a quem souber ver, a quem possa merecer. Sei também que cabe a mim buscar atrair mais e mais pessoas, tenho até conseguido sim, e cada um que chega, me causa felicidade, afinal, amigos também são flores. Meu desejo era que em 2015 o mundo se tornasse um grande jardim, sei que é impossível, afinal, como disse acima, não seguimos o modelo divino, mas a gente fazendo um pouquinho, a vida já estará melhor. Que venha 2015, um ano de colheita para  mim, e nessa colheita, já em março, estará meu livro  AVENTURAS DE UM MENINO  PASSARINHO, um livro emblemático, que não é o primeiro, mas que vem sendo acalentado, regado há bastante tempo... o terreno foi preparado com amor.
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Em tempo... 2014 também vai ficar marcado pela partida de minha mãe. Essas perdas são para sempre, não se resumem a somente um ano, acho que por isso não citei no texto acima,

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De  coração, Feliz  Natal a todos, um ano novo de boas semeaduras, e claro, consequentemente, também de  boas colheitas.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

PARALELAS

( imagem renatamangeon.blogspot.com - google )

Nas leis da física, as paralelas viajam juntas por todo o universo. Há divergências, muitos afirmam que elas se cruzam num determinado ponto no infinito, muitos outros negam, afirmam que elas nunca se cruzam, e há ainda uma terceira hipótese que diz que depende do ponto de observação. Na verdade, há muitas teorias, não vou ficar discutindo física, nem sou bom nisso, tiro o chapéu para quem entende. Cazuza diz numa música, “ nossos destinos foram traçados na maternidade ”. Eu vou um pouco mais além, nossos destinos foram traçados no cosmos, numa outra dimensão. Está traçado as pessoas que vão cruzar nossos caminhos, embora nem sonhemos conhecê-las. Infelizmente nem todas as paralelas são boas, mas nada é em vão, até nisso há uma grande sabedoria superior nos observando, o importante é como vamos lidar com as paralelas, que nem sempre pensam como a gente apenas pelo fato de serem paralelas. Pelo contrário, às vezes convivemos com paralelas totalmente inversas ao nosso modo de ser. Ao longo da vida, amamos pessoas, temos desentendimentos, atritos, convivemos com o ódio, com competições, temos vitórias e derrotas, situações muitas vezes influenciadas por essas paralelas. As paralelas boas eu chamo de anjos, pessoas que somam em nossas vidas. Tive tantas. Adoro a sintonia que esses anjos têm com a gente. As paralelas ruins, peço a Deus por elas, que elas fiquem boas, para lá longe no infinito, quando a gente se cruzar, podermos nos abraçar como linhas convergentes, embora divergentes no modo de pensar.
Eu tenho o dom de juntar as paralelas. Existe um lugar, não no longínquo universo, mas sim dentro de seu próprio peito, onde residem, o bem querer, a boa vontade, a boa intenção, onde as paralelas se encontram.
As peças de um quebra-cabeça se encaixam, não por serem iguais, e sim por serem inversamente proporcionais. Na minha teoria particular sobre a existência, infinito é o coração da gente.

sábado, 29 de novembro de 2014

TINHA QUE SER O CHAVES ?


" Que bonita a minha roupa
   Que roupinha muito louca
   nela é tudo remendado
   não vale nem um trocado,
   mas agrada a quem olhar ".
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" Se você é jovem ainda, jovem ainda, jovem ainda
   amanhã velho será, velho será, velho será
   a menos que o coração sustente
   que a juventude nunca morrerá ".
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Não tenho palavras!!!     " E agora... quem poderá nos defender? ".

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

UM DIA COMO OUTRO QUALQUER?


Poderia ser sim um dia como outro qualquer, mas acabou sendo uma quinta-feira meio diferente. Estávamos em cinco pessoas no carro do trabalho, quando o motorista avistou uma fila de carros, e foi reduzindo até parar. “Será que foi acidente?”, alguém perguntou. “Pode ser blitz”, alguém comentou. Mas não era nada disso, era uma cena que jamais vou esquecer, e nem quero. Um simpático bicho preguiça atravessando a estrada, com aquela lentidão, aquela paciência que todos sabem que lhe é bem própria. O motorista disse: “ Acreditam que é um bicho preguiça atravessando a estrada?”. Eu que não gosto de perder essas coisas desci do carro para ver... e lá estava ela... com aqueles braços longos atravessando para o outro lado, com certeza em busca de comida. Num certo momento, ela olhou de lado, com um dos braços levantados, como quem diz: “Calma, raça humana. Sei que estou atrapalhando vocês, mas vou passar já já. A diferença é que eu não corro como vocês”. Essa imagem foi bem simbólica, emblemática aos meus olhos de poeta. Pensei: “ A natureza freando a correria humana”. Olhei para trás e vi a fila de uns quinze carros, os que chegavam por último buzinavam impacientes, mas quando tomavam conhecimento, se aquietavam, alguns, principalmente mulheres e crianças, tiravam fotos do bichinho que um dia ousou parar o trânsito, a sociedade mecânica, a engrenagem, talvez numa forma de a natureza nos aconselhar para frearmos um pouco essa vida louca, que cessemos um pouco nossas buzinas, nossos atropelos, nossa ignorância, nossa impaciência. Sim, foi assim que eu vi essa cena: uma dica de bem viver dada pela mãe natureza. 'A natureza de Deus!" Como eu gosto de falar essa frase! Evidentemente, todas aquelas pessoas daqueles carros seguiram em frente, a vida tem que continuar, só espero que mais pessoas, como eu, tenham tido a mesma impressão que aquela cena quis mostrar. Não creio que aconteceu à toa, Deus nos envia sinais o tempo todo, eu me orgulho de ter essa antena de sensibilidade, ou essa capacidade de ver de um modo diferente as coisas que aos olhos dos outros parecem normais. No meu mundo, o mundo que eu inventei, é assim. Até lembrei-me de Dona Celina, uma professora da 6ª série que me deu conselhos de mãe ( olha aí eu citando duas vezes a palavra mãe): “ Cuidado com esse mundo que você visualiza dentro de você. Pode se decepcionar”. É verdade, me decepcionei sim algumas vezes, mas eu não sei ser de outro jeito. Obrigado, amiguinho bicho preguiça, entendi seu recado. Obrigado por não deixar minha quinta-feira ser um dia como outro qualquer. Prometo desacelerar nessa estrada da vida, quero deixar a impressão de que fui um passageiro que tornou a viagem um pouco mais agradável.
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Eu diria que nasci para ver essas coisas. E daí? Todas as pessoas viram. Por isso vou adiante: Eu nasci para escrever sobre essas coisas.
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( a foto não é de hoje, é de outubro, mas serve bem para ilustrar o texto. Será que é a mesma? Não duvido. Comigo acontece de tudo )

terça-feira, 25 de novembro de 2014

DESENHANDO COM DEUS



Aquele tempo em que a gente desenhava no céu
deitados nas pedras sob o azul do imenso véu.
Coisa boa de brincar...
Incrível como parecia que nossos dedos chegavam lá,
e tocavam a tela.
Carneirinho, coelhinho,
barco à vela;
cada figura bela,
cada figura estranha.
O castelo virava montanha,
o avião virava disco voador,
qualquer nuvem desgarrada parecia uma flor,
uma águia, um colibri.
Tudo se transformava aos olhos meus.
Um dia eu pensei ter visto o rosto de Deus...
mas o que Deus estaria fazendo ali?... perguntei na minha criancice.
Foi aí que um anjo me disse:
- Ora, o céu é Dele,
mas Ele é tão bom que permite que a gente desenhe nele.
Confesso então um dos maiores segredos meus;
eu ainda gosto de brincar,
e vez em quando volto lá
para fazer uns desenhos com Deus.


( imagem gopixpic.com )

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

MEU CORAÇÃO TEM ASAS

( imagem kboing.com.br )

Por tanta inspiração que a mim foi concedida,
por tudo de belo que em mim aconteceu,
afirmo e confirmo,
a poesia para mim não é hobby, nem lobby,
mas um estilo de vida
porque foi Deus Quem me deu...
asas da imaginação,
asas para o meu coração
para que ele voe pelo universo
sustentado pelos ventos de meus versos diversos,
constelações e dimensões atingir
aonde só a poesia pode conduzir.

Mas não fui eu quem escolheu a poesia, foi ela quem me escolheu,
ela já estava no meu berço
quando meu primeiro choro se deu.
Desde então tem sido meu tudo, meu escudo
minha espada do bem, meu momento Zen
meu remédio anti-tédio, anti-mágoa,
e se o planeta tem dois terços d'água,
meu corpo tem dois terços de poesia...
a outra parte não sei,
nunca quis saber,
talvez eu descubra um dia,
por enquanto eu só quero viver
a poesia que sempre amei.

domingo, 9 de novembro de 2014

QUEM VAI PARAR A CHUVA EM MIM?




Não sei por que fico assim,
nesses dias fico a esmo.
Parece que chove dentro de mim.
Escuto  “November rain”,
“Hwo’ll  stop the rain”
e traduzo para mim mesmo
“quem vai parar a chuva”… nesse novembro?
Queria escutar com alguém.
Sol? Já nem me lembro.
Não que eu não goste quando chove,
mas parece que o céu está chorando
meu peito se comove,
eu acabo imitando e fico triste também,
soturno, noturno, vazio.
Hoje o dia está tão frio,
because it's raining again.

É solidão demais.
Tão escuro nunca vi.
Tenho medo de ficar aqui.
Chuva e lágrimas são iguais
embaçam a vidraça, o olhar
deixa o dia sem graça.
A chuva é fria, as lágrimas são cálidas.
A esperanças são muitas, as certezas são pálidas.
Em dias de chuva fico assim.
E torno a cantar...
Quem vai parar a chuva dentro de mim?

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Pequeno trocadilho em forma de poema com algumas canções que gosto:
November Rain ( Guns N’Roses )
Who’ll stpo the rain? ( Creedence )
It’s Raining Again ( SuperTramp)

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

UMA NOITE INESQUECÍVEL


Já passei noites de terror piores do que a de ontem por falta de luz, mas a de ontem também merece ser contada. Nos fundos de minha casa existem apenas a área de serviço e depois muros bem altos de outras casas e pousadas, portanto é seguro, e eu gosto de deixar a porta e janela aberta para ventilar para evitar mofo. Porém ontem durante o dia choveu demais, como nunca tinha visto aqui. Quando cheguei às 18h, a casa estava totalmente alagada, quase levei um tombaço, pois  tirei os sapatos do lado de fora, pisei na água descalço e se não fosse minha companheirinha bicicleta ergométrica para me segurar, teria caído. Engraçado foi meus pés escorregando e eu tentando me firmar nela. Fiz adominal sem querer rs rs. Aí comecei a conversar comigo mesmo, sempre faço isso, para relaxar, dá uma sensação de não estar sozinho... ainda mais no escuro. É meio terapia. “Puxa, logo na hora do Chaves? Bem, fazer o quê? Puxar com o rodo e enxugar”, mas mal comecei, acabou a luz. “E agora? Como puxar essa água toda sem luz?”. Eu tenho um problema sério com falta de luz. “Vou acender vela, claro. Quando a luz voltar eu puxo essa água”. Mas não tinha mais vela. “Vou lá comprar vela... ihhh mas tá chovendo. E daí, que tá chovendo? É só pegar minha sombrinha enfeitada”. Iluminando com o celular que toda hora vinha dizer “estou descarregando”, e eu dizendo “por favor, aguenta mais um pouco, só até eu achar minha sombrinha”... mas cadê a sombrinha? Eu não podia perder tempo, o comércio podia fechar, ia ter que encarar a chuva, e exatamente quando estava a caminho, ela veio torrencial, bem mais forte sobre minha cuquinha. Lá vai um beija-flor molhado para a mercearia, toda cheia de lâmpadas acesas, a luz só acabou no trecho onde moro. Não sei pra quê ainda de óculos, todo embaçado. Inventam até nave para Marte, mas não inventaram ainda um limpador de para-brisas para óculos. Perguntei: “Tem vela, aí?”. Um senhor que parecia ter tomado umas pingas e estava enchendo saco na porta, disse: “Vela pra quê? Hoje nem é sexta-feira pra fazer trabáio rararará”. Olhei pra ele e pensei: “Vê se isso é hora de piada de mau gosto, véi”. Comprei as velas, e aí tive que usar meus dotes de beija-flor; a velocidade... que não é a mesma de quando era pequeno e ouvia as pessoas dizerem: ‘Esse menino não para, parece um beija-flor’... mas deu para correr. Cheguei. “Agora é só acender uma velinha bonitinha e esperar a luz chegar”. Quando fui lá fora, o isqueiro em cima do fogão estava molhado e não acendeu. “Ai, meu Deus. Lá vou eu de novo buscar isqueiro”. Correndo de novo na rua escura porque podia mesmo fechar a mercearia. Pisei num negócio esquisito, mas felizmente era barro rs rs. Quando cheguei, a moça do caixa ficou quase rindo ao me ver naquele estado. Ofegante pedi um isqueiro, paguei e parei na porta da mercearia: “Agora não vou correr mais. Molhado já estou, vou é curtir essa chuva”. Cheguei, e para puxar melhor a água, acendi uma vela em cada cômodo da casa, ficou parecendo um cemitério rs rs... “Creio em Deus Pai”. Puxei a água do jeito que deu, estava cansado. “Ihhh tenho que tomar banho ainda... banho? Que banho? Mais do que já tomei?”. Nem fome me deu, comi uma maçã, um banana, um copo de leite, fiquei sentado esperando até umas 22h se a luz voltava. Mas a boa surpresa foi que uma esperança, aquele bichinho verde que está em casa há vários dias apareceu me dizendo: “Você não está sozinho”. De coração, eu falei assim para ela com gratidão: “Você está aí, amiguinha? Puxa, deixo a porta e janela aberta e você não vai embora”. Fiz minha oração e fui deitar. Quase meia-noite voltou a luz, eu estava deitado, ainda acordado: “Graças a Deus”. Fiz meu shake, tomei meu banho, e quis olhar lá fora. Quando abri a porta, uma pererequinha simpática, bem na entrada: “Oiiiiii.... posso entrar?”. Eu falei: “Não, não pode entrar. Seu lugar é junto com suas coleguinhas”. Fiquei pensando: “Era sapo ou perereca? Não é possível que nessa idade eu não saiba identificar uma perereca.
Era perereca, tenho certeza”. Ninguém pode dizer que não entendo de perereca. Estava tão bom com a luz de volta que fui dormir bem tarde. Eu e a esperança.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

RECITANDO - COISAS TRISTES


Coisas tristes...
a cada segundo o mundo oferece a você,
você sabe que não merece, mas precisa ver:
Isso dói e cansa.
Noite sem lua
mendigo na rua
mulher chorando
menino sem esperança
planeta secando
flor pisada, pássaro ferido
guerra declarada, amor escondido
palhaço sem alegria... jardim esquecido
olhar sem brilho
sorriso amarelo
mãe sem filho
Jesus traído... Barrabás escolhido.
a burrice exaltada... gênio esquecido
Homem sem fé... barco sem rumo
Tantas coisas tristes no dia a dia.
Com tudo isso até me acostumo,
só não imagino... Carlos sem poesia..

domingo, 26 de outubro de 2014

DECRETO!!!

Está aprovado, assinado, decretado:
É livre toda criação.
Toda imaginação.
Toda dança.
Tudo que traz esperança, bonança, aventura.
É livre todo desenho ou pintura.
Toda forma de arte.
Todo pensamento.
Toda poesia é livre em toda parte
a todo momento.
Só existe uma lei irrevogável nesse decreto:
Seja qual for a forma de arte,
a regra é a emoção,
tem que ser com o coração, com amor.
E que toda criatura reconheça em Deus, o Criador
que não nos fez desertos, mas jardins libertos
pois, todas as prisões que nos consomem
foram feitas pelo próprio homem.
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( A imaginação é a única coisa que ninguém nos pode tirar - Sendo assim, eu sou livre de qualquer prisão.  Revoguem-se as disposições em contrário )

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

DISPUTA ACIRRADA


CONSIDERANDO A MARGEM  DE ERRO, EU E BRAD PITT ESTAMOS TECNICAMENTE EMPATADOS... MAS EU ESTOU DOIS PONTOS À FRENTE DELE. FORAM  OUVIDAS 10.000 MULHERES EM TODO O MUNDO, INCLUSIVE A ANGELINA. MAS EU NÃO POSSO REVELAR O VOTO, DELA, NÉ?

 



























" Meu Deus, que dúvida cruel" .... disse Angelina.

sábado, 18 de outubro de 2014

O QUE VAMOS BEBER? ÁGUA OU PETRÓLEO?

( imagem escolakids.com )

Pode parecer clichê, que seja, embora eu não seja apegado a clichês, mas falar do planeta que corre perigo nunca é repetitivo. Outro dia num telejornal, o locutor chamou a matéria assim: " UM PAÍS EM CHAMAS". Quando a reportagem começou com imagens aéreas do território brasileiro, fogo para todo lado, foi de estarrecer, juro que coloquei a mão no coração. Não bastasse a falta d'água em quase todo o território nacional, tem gente colocando fogo nas matas. Tudo bem que a própria secura da vegetação também gera fogo, mas sabemos também que tem gente que passa fumando nas rodovias e joga tocos de cigarro. Sabemos que fazendeiros e agricultores, imediatistas que são ( e esse é um dos grandes defeitos do ser humano), não conseguem esperar o processo natural, e faz queimadas para adiantar o preparo do solo para cultivo. Mas essas não são as únicas, nem as principais causas de toda essa degradação, de toda a seca que vivemos no Brasil, a principal delas, claro, é a falta de consciência, todo mundo está poupando água agora, mas ninguém poupa quando há abundância, o desperdício é constante.
Há muitos anos conheci um piloto que estava num avião pequeno, desses que voam baixo, e comentou comigo que estava fazendo uma reportagem para a Rede Globo, sobrevoando o Rio São Francisco desde a nascente, e me disse: "Não há coisa mais linda e prazerosa do que sobrevoar o São Francisco". Pois é, a nascente dele secou. Um dos rios mais estudados, mais importantes do Brasil, tema de canções e poemas, chegou à essa situação. Quando viajo de Minas para Espírito Santo, a rodovia vai margeando o Rio Doce, que proporciona um lindo visual também, mas já posso ver as pedras do fundo do rio, um rio que já foi navegável. Quem diria que São Paulo, uma das maiores metrópoles do mundo, sofreria com seca? Minas Gerais, estado famoso com suas montanhas verdejantes, a terra das alterosas, está toda marrom. E assim também grande parte do RJ. Tudo bem, quem sabe, tomara, o tempo das chuvas deve chegar e pode encher tudo de novo, mas teremos consciência no momento de abundância? Há algum tempo li de um pensador famoso, que a terceira guerra mundial será à energia nuclear, e a quarta, será a paus e pedras. Na visão do pensador, não haverá muita coisa após uma guerra nuclear, a não ser paus e pedras. Não discordo do pensador, até reitero, só tenho um adendo a fazer; talvez nem cheguemos à terceira. Pode ser que nos acabemos antes. A maioria das guerras, principalmente no Oriente Médio, é por causa do petróleo, creio que daqui há alguns anos as guerras serão por causa da água. E aí ... o que vamos beber? Água ou petróleo? Os antigos diziam que vai chegar um tempo em que teremos dinheiro e não teremos comida. Minha mãezinha dizia que Deus põe comida no mundo por causa das criancinhas. Tomara que não falte crianças para que Deus continue a ter piedade de nós. O que fazer então, se estão matando até as criancinhas? Eis a questão, não cuidamos da vida em torno de nós... cuidamos sim, de nosso próprio umbigo, mas eu falo da vida que veio de Deus, a vida em forma de natureza. Exemplo: Todos os países estão temendo que o ebola invada seus territórios, há toda uma movimentação conjunta, até aí concordo, mas nenhum país evitou que a doença acontecesse naqueles países da África. A verdadeira origem do ebola é a pobreza, naqueles países a fome é tanta, que os habitantes na falta do que comer, comem macacos, e o vírus vem do macaco. Onde estão ações efetivas da ONU, FAO, OMS? Cadê a prevenção da fome? Estão todos preocupados que a epidemia ganhe o mundo, mas enquanto ficar só na África, tudo bem, o problema é da África. Toma que o vírus é teu!
Parece que misturei os assuntos, mas não... tem tudo a ver. Assim caminha a humanidade... cada um por si e todo mundo no mesmo buraco. E chegou a hora da natureza cobrar. Falei tanto que até secou minha boca. Um copo d'água por favor!