ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

sexta-feira, 12 de maio de 2017

TEU SEMBLANTE




Sob teu semblante eu nasci.
Eu chorei e sorri.
Adormeci e acordei.
Adoeci e me curei
Caí e me levantei.
Sob teu semblante eu fui à escola
depois de penteares meus cabelos.
Sob teu semblante tornei-me um rapazola.
Não temi pesadelos
ampliei meus sonhos
superei desafios
corrigi desvios
venci obstáculos
desvencilhei-me dos tentáculos da vida
sob teu semblante sempre risonho
consegui fazer minha vida divertida.
Um dia sob meu semblante partistes
fostes para o jardim de Deus de onde saístes,
mas em mim ainda existe,
uma alegria que Deus me deu;
é que dizem por aí
que meu semblante se parece com o teu.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

NÃO ERA APENAS UM RAPAZ LATINO AMERICANO



Não posso deixar de homenagear esse grande artista, cantor e compositor de primeira linha. Um dos compositores preferidos, ou o preferido de Elis Regina, admirado por ninguém menos que Sivuca, um monstro como maestro e instrumentista. Fez parte  da trilha sonora da minha juventude, não é a toa que tenho no meu pendrive umas dez músicas dele. Gosto de artistas diferentes, e esse misturou rebeldia, blues,  folk, poesia, filosofia, com uma autenticidade como poucos.  É difícil ficar falando de um artista tão diverso, tão múltiplo, tão polivalente. A primeira vez que o vi na tevê,  em 1975 ou 76 por aí, minha mãe ( sempre ela ) correu ao meu quarto. “Vem cá, Carlos Vem ver um moço bonito cantando na televisão, uma música tão bonita”. Era o Belchior cantando APENAS  UM RAPAZ LATINO AMERICANO.
Belchior, não foi apenas um rapaz latino americano,  foi um dos maiores poetas latino americanos. Isolou-se como os gênios fazem. Como dizia Raul Seixas: "Os homens passam, as músicas ficam". Ainda bem que pelo menos as músicas ficam. Morrer faz parte da vida, triste e irônico isso, a gente até entende, ou finge que entende, mas o pior é o que está ficando pra gente. Estamos ficando órfãos.