ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

EU SOU O AMOR ...


O que me leva, o que me traz
O que me eleva e satisfaz.
Que me chama à viagem
Que me dá coragem por qualquer caminho que eu for...
é o amor.
Dele eu nasci.
Vivendo dele, cresci.
Com ele e por ele, sonhei.
Nem me importa se às vezes chorei,
mas sempre acreditei num recomeço,
pois desde o começo foi assim:
eu nasci para o amor,
o amor nasceu em mim.
É por ele e com ele que eu vou contente
rompo barreiras, cruzo fronteiras
levando no peito e na mente
o amor é meu princípio, meio e fim,
ele esteve na minha fonte
está no meu presente,
e o vislumbro no horizonte.
Eu sou o amor!
Ah, o amor...
o que sou sem o amor?
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Não vai haver um novo tempo se ele não nascer em seu coração.
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UM 2014 CHEIO DE AMOR PARA TODO MUNDO!!! OBRIGADO, GENTE AMIGA!!! ESTAREMOS JUNTOS SE DEUS QUISER.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

O HOMEM DE NAZARÉ - ANTÔNIO MARCOS


GRANDE MÚSICA... GRANDE ANTÔNIO MARCOS.
ESSA É  UMA MÚSICA PARA CHORAR.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

SE AMAR É BREGA, EU SOU UM CASO PERDIDO.

Gosto de gente autêntica e de bom astral, e Reginaldo Rossi foi assim, um cara super do bem , tanto que é os todos os artistas gostam dele. Já estive pertinho dele, e ele era exatamente o que víamos na tevê, super divertido. Cantou sua música, apoiado pela mídia ou não , mídia essa que acabou se rendendo a ele. Um dia o vi dizendo mais ou menos assim num programa: “Ficam tentando definir o que é brega ou chique. Muitas vezes o que parece chique é mais brega do que é considerado brega pela sociedade. Frank Sinatra era brega. A música do Sinatra Let me try again, quer dizer... deixe-me tentar novamente. O cara está pedindo à mulher... me dá uma chance. Quer algo mais bonito e brega que isso? O amor é deliciosamente brega. ”.
Eu agora pergunto: Quem de nós que quando está amando que não fica meio breguinha? E é muito gostoso. O problema das pessoas, sobretudo no Brasil, é a hipocrisia... porque é feio se declarar brega, as pessoas vão rir, vão censurar. Pra terminar, eu acho que cada um deve viver na sua... como Reginaldo Rossi viveu.
Aqui pra nós... com tanta porcaria ficando milionária no Brasil, um cara do bem como Reginaldo Rossi merece respeito

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

QUANDO OS SINOS DOBRAM

( imagem pensadortupiniquim.blogspot.com )

Por quem os sinos dobram?...
Perguntam por aí.
Ora, eles dobram por mim e por ti,
em meio às misérias e mazelas
que nos sobram.
E não adianta fechar as janelas
pra se sentir imune, impune
porque é por mim e por ti que os sinos dobram.
O universo canta um único verso,
réquiem para uma humanidade
que não sabe a arte simples de viver em sociedade.
As consequências de nossos atos cobram,
porque é por mim,
e é por ti que os sinos dobram. 
Universo... uno verso...
palavra profunda,
mas não fecunda nos corações de egoísmo
que preferem e proferem o diverso,
não sabem que vidas perdidas no abismo,
não se recobram.
A dor que doi em mim, doi em ti, 
É por toda a humanidade
certamente, infalivelmente,
que os sinos dobram.
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“Nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é uma partícula do continente, uma parte da terra; se um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse a casa dos teus amigos ou a tua própria; a morte de qualquer homem diminui-me, porque sou parte da humanidade. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti”.
John Donne
( imagem pensadortupiniquim.com)

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Esse poema é uma referência ao egoísmo humano. As pessoas pensam: 'Não é comigo, não me interessa'. Mas estão enganadas porque a humanidade é uma só.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

GRATIDÃO: DOM OU OBRIGAÇÃO?


Acho que todo mundo conhece a passagem em que Jesus curou os dez leprosos, e que somente um deles foi até Jesus para louvar. Jesus perguntou: “Não foram dez os curados? E onde estão os nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro? E disse-lhe: Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou.". O Mestre conhecia a fundo a ingratidão humana, e mesmo assim se indignou com o procedimento dos outros nove ex leprosos, justamente por estarem sendo ingratos para com Deus. E quando Ele diz ao único grato: “Tua fé te salvou”, não se refere somente à terrível doença, afinal os outros nove também foram curados, mas Se refere principalmente às feridas da alma que acomete os pobres de espírito. Os outros nove seguiram suas vidas normalmente, inclusive como religiosos, mas não aprenderam um dos princípios básicos cristãos que é a gratidão, não como obrigação, pois é mais bonita quando é um dom. Imagino que Jesus só se indignou por causa da ingratidão porque se referia a Deus, a Quem devemos ser gratos sempre, mas Ele e outros sábios da história que estiveram próximos de Sua perfeição, ensina-nos um outro modo de lidar com a ingratidão: “Fazer o bem sem olhar a quem “. . . “ Que sua mão esquerda, não veja o que sua mão direita faz”. Temos a velha e errada mania de ajudar as pessoas esperando reconhecimento, alarde, euforia, e quando não recebemos a gratidão, nos irritamos, e às vezes até nos arrependemos de ter ajudado. Quando fazemos isso estamos nos nivelando aos ingratos, estamos sendo como eles. Dar, ajudar, proteger, servir, tem que ser com o coração... e não podemos nos colocar em posição de superioridade só porque estamos ajudando, ou só porque o outro está fragilizado e necessitado, essa é justamente a hora de nos colocarmos em posição de igualdade, de fraternidade. Se depois o ingrato não vem até você, não se importe, não olhe para trás, sua grandeza é irretocável, enquanto ele permanecerá ingrato, pobre espiritualmente, o ingrato sempre cai de novo, mas isso, é um problema somente dele e da vida, e ela se encarregará de cobrá-lo, e é ela que vai retribuir àquele que o ajudou, pois essa é uma lei existencial, somos como o bumerangue, o que a gente lança, a gente recebe de volta da vida. Para encerrar, ao contrário do perfil de grandeza que os humanos criaram, a verdadeira grandeza é a humildade, os grandes nomes da história, começando por Jesus Cristo, foram pessoas humildes... grandiosos em suas obras, mas humildes. Que Deus me dê não somente a condição de poder ajudar... mas principalmente o dom de saber ajudar. Mas sei que preciso melhorar, ainda não aprendi a lidar com a ingratidão

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

A FADINHA E O BRUXINHO - O DIA DAS FADAS




Certa vez a Fadinha comentou que não gostava do DIA DAS BRUXAS que o mundo real celebra. “Acho  que passa uma energia negativa. Por que não criam O DIA DAS FADAS? Muito mais romântico”. O Bruxinho disse:  “Concordo! Mas deixe os humanos viverem  sua pseudo felicidade, escolheram viver assim”. Passado um tempo, em 21 de novembro,  véspera do aniversário da Fadinha, ela estava ansiosa:  “Que presente meu Bruxinho vai me dar? Hummm... eu já tenho tudo. Cavalo alado já tenho, foi o primeiro presente que ele me deu. Nunca vou esquecer nossa primeira cavalgada. Tenho colar encantado... brincos mágicos... vestidos cintilantes tenho um monte... flautas... harpa... perfumes especiais diversos... sem contar pares e mais pares de sapatos de cristal. Puxa, o que mais ele pode me dar? Mas confio nele, ele sempre me surpreende . Adoro ser surpreendida!”.  Porém,  quando  amanheceu, ela teve uma pequena decepção, ele mal  deu-lhe  um beijo de despedida, partiu para uma missão, sem fazer nenhuma referência  ao  aniversário, e mulher não perdoa essas falhas. O máximo que ele disse, foi:  “Não me espere cedo, tenho muito a fazer”.  Já sozinha, pensou: “Puxa... o Bruxinho sabe que fico sensível no meu aniversário, que choro à toa, e foi frio comigo. Esquecer logo meu aniversário?”.  Trancou-se no quarto o dia todo, chorou muito deitada, quando saiu  não falou com ninguém. E o dia foi longo. No meio da tarde, ela se indignou:  “Quer saber? Eu que não vou ficar aqui. Vou me arrumar, me embelezar toda, e vou passear, visitar algumas amigas, e quem sabe até me divertir. Tô nem aí pra esse Bruxinho esquecido”. E ela foi mesmo, colocou seu melhor vestido cintilante, um lindo colar, brincos furta-cor, pediu a um dos duendes serviçais para escovar o cavalo alado,  mas não encontrou nenhuma amiga, ninguém estava em casa, passeou em outros reinos, mas todos estavam estranhamente vazios, e uma dorzinha insistia no peito:  “Cadê todo mundo? Logo hoje que estou abandonada? E cadê meu Bruxinho? Ele não podia ter feito isso comigo”. E chorou mais uma vez no caminho de volta. Já era noite, e de longe pôde ver grande movimentação em torno do castelo. Aproximou-se devagar, veio logo um duende:  “Vem, Dona Fadinha. A senhora está atrasada”.  “Antes de mais nada, pare de me chamar de senhora, está me chamando de velha?  Atrasada pra quê? Que tanto de gente é esse? Nunca vi tantas carruagens ”.  Ele respondeu:  “Melhor a senhora ver com seus próprios olhos”. Ela prosseguiu, desceu do cavalo, em passos lentos atravessou a passarela de  tijolos amarelos, entre os carvalhos, os ipês, as acácias, cuidadosamente enfeitados, saudada pelos bichos e por alguns convidados, até chegar à porta do castelo, e chorou mais uma vez, mas agora, de felicidade. Seu amado estava lá, no fim da grande sala, rodeado de gente, de braços abertos:  “Venha logo, minha amada. Sem aniversariante, não há festa”. Assim ela entendeu porque não encontrou ninguém nas casas, todos estavam ali, o Bruxinho surpreendeu mais uma vez:  “Você não existe”, ela disse emocionada. “Existo sim. Nós existimos... ao nosso modo. O abstrato é muito mais real do que o que chamam por aí de concreto. O concreto é destrutível,  efêmero, enquanto o que criamos dentro da gente, dura enquanto quisermos”. Ela o beijou:  “Então nosso amor será eterno... porque nós queremos assim”. Virou-se para os convidados, disse algumas palavras de boas vindas e agradecimento, mas o Bruxinho interrompeu:   “A surpresa não acabou”. Tirou do bolso um pergaminho,  e leu: “Eu, Bruxinho governante desse Reino Encantado, com autorização do Grande Mestre e com os poderes e autonomia que me foram delegados por ele, declaro oficialmente o dia  22 de novembro, como... O DIA DAS FADAS” .  Ao som de trombetas, clarinetes, aplausos  e muitos  “ipi ipi urra”, beijaram-se novamente, antes de dançarem a valsa  do amor. Depois, a Fadinha pediu a palavra mais uma vez:  “Não sei como expressar meus sentimentos, meus agradecimentos, a todos vocês, principalmente a esse Bruxinho amado. E para coroar tudo isso, vou dançar para vocês A DANÇA DAS FADAS, reservada só para ocasiões especiais”. E ao som da flauta, de olhos fechados, bailou  na grande sala, tão suave que parecia flutuar, como só uma fada sabe bailar. Tudo isso sob os olhares da plateia emocionada... e  de um Bruxinho apaixonado. E assim foram mais três dias de festa.... e amor.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

CONSCIÊNCIA? NEGRA, ANTES DE TUDO!


Hoje é um dia importante. DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA. Repudio qualquer tipo de preconceito, principalmente porque não nos cabe julgar comportamento social das pessoas, isso só cabe a Deus, além do mais, nãosomos perfeitinhos como às vezes pensamos que somos. Mas o que mais abomino é o racismo, pois, nem é questão de concordar ou não com o comportamento do outro, esse é por causa de cor de pele, ou por ter nascido numa região diferente, e por aí vai. Nem vou discutir sobre questão de cotas nas faculdades, mas sou a favor de que se crie igualdade para todos os tipos de pele, e aí, quem for o mais inteligente e esforçado, vai se sobressair . Sabemos que a polícia ao abordar um branquinho é mais suave do que quando aborda um pretinho. Sabemos que o Brasil tem duas maiorias: 1) a maior parte da população é negra. 2) a maior parte dos negros, é pobre. 
Dizer que no Brasil não tem racismo é conversa fiada, a gente ouve e lê cada uma por ai: “Eu gosto de negros. Eu ‘até tenho amigo’ negro”. Ou: “ É preto, mas é gente boa”. Temos uma lei que pune o racismo, mas o ideal seria que não fossem necessárias leis para que se respeite as pessoas. O racismo não sai da boca, por ter medo da lei, mas mora no coração. De que adianta isso? O bonito seria se fosse mesmo uma coisa de consciência.
E falando em consciência, o título “DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA”, não busca só a “bondade” do branco para com o negro, ou o cumprimento da lei, visa acima de tudo resgatar a autoestima do negro. Que ele se mire no exemplo do negro americano que tem orgulho de ser negro. Aí vai minha crítica ao negro brasileiro. Vou citar um artista negro, e por ser negro, tem a liberdade e a tranquilidade de falar, que é o popular Agnaldo Timóteo. Ele disse uma vez numa entrevista, que o jogador de futebol negro, que quase sempre tem sua origem pobre, quando fica famoso... o que ele faz??? Casa-se logo com uma loira!!! Ora, então existe o racismo ao contrário? Ou seria um autorracismo?. Ou uma espécie de vingança, tipo: “Eu sou negro, mas tenho status, vou provar pra todo mundo que posso casar com uma loira”.
E isso não acontece só entre os jogadores de futebol não, entre os artistas também. Existem outras separações imbecis: Sulistas contra nortistas, paulistas contra cariocas, sudeste contra nordeste, e entre os próprios nordestinos, há uma rivalidade entre baianos e pernambucanos, Como o ser humano é idiota!
Bem, em todo lugar há hipocrisia, e apesar de considerar legítimos os movimentos, gostaria que os líderes desses movimentos, seja da CONSCIÊNCIA NEGRA, seja do ORGULHO GAY, das DONAS DE CASA, das PROFESSORAS, que não busquem apenas a “bondade” dos branquinhos para com os negros, ou dos heteros para com os homos, ou dos governos para com as professoras, mas sim a sua própria consciência, é preciso enxugar primeiro o que acontece internamente, para depois ir brigar lá fora. Sem orgulho próprio, sem o respeito interno, nada acontece no externo.
Por fim, enquanto a “bondade” não prevalece, cadeia para aqueles que não respeitam o negro.

domingo, 17 de novembro de 2013

POEMINHA DO ADEUS


Não mereceu...
Esmoreceu
Perdeu
Pereceu
Morreu
Fedeu
Escafedeu.
Não entendeu
meus “ais”, “meus ois”, meus eus...
Adeus!

SERÃO EXTRA- DOUTOR SILVANA E CIA


domingo, 10 de novembro de 2013

ESTOU GRÁVIDO DE NOVO


( RECORDANDO JUNHO/2011 )
Entre 1983/1984, vi uma reportagem de Gonzaguinha, cantor e compositor dos bons, homem sensível, tímido, controvertido, dizer que estava grávido. Antes de explicar o motivo real deste texto, quero dizer que jamais esqueci essa entrevista e nem sabia que a usaria um dia para falar de mim. E digo mais... eu gostava das músicas dele, mas não era tão seguidor assim, fiquei muito fã a partir dali o que me levou a acompanhar mais e vi que realmente ele era bom . Por quê? Pelo conteúdo sincero, humilde e inteligente da entrevista. O primeiro fator que me levou a ler a reportagem, foi que achei estranho um homem usar um termo tão feminino que é a gravidez para falar de si, ainda mais há trinta anos. Se hoje tem preconceito imagine naquela época? Só mesmo os poetas têm essas atitudes de dizer coisas diferentes em qualquer época. A letra da música “Grávido” que também intitula o disco, é simplesmente linda, recomendo conhecerem. Quando disse "estou grávido", referia-se a um novo disco que estava sendo preparado para lançar dali a alguns meses. O disco era como um filho para ele e estava sendo gerado dentro dele. Talvez sua esposa estivesse grávida também, só achei genial a relação que ele fez entre a gravidez e o disco, sentindo-se duplamente grávido. Confesso que fiquei arrepiado ao ler isso. É o tipo da pessoa que valoriza sua arte. Pensei. "Esse cara é dos meus!".
Então, meus amigos, eu também estou grávido e estou prestes a dar à luz um livro meu.
Não sei como vou me comportar no dia, acho que tenho um pouco de medo de minha reação, pois não sei ser mais ou menos. Penso que vou tremer muito, vou ficar ansioso, muita emoção pro meu coraçãozinho, mas estarei amparado, vai ter muita gente querida lá.
Uma gestação meio demorada, mais de vinte anos, mas a gente precisa saber esperar o tempo das coisas. A gente sabe quando é o momento. Uma voz assoprou no meu ouvido. “É agora!”. Deus me deu paciência para esperar. E agora que Ele me faça humilde para merecê-lo. Não será um best seller, não tem essa pretensão, mas será minha impressão digital, um jeito de dizer: “EU ESTOU AQUI! Uma pequena gota do mar de sensações que se agita dentro de mim.
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Agora ESTOU GRÁVIDO DE NOVO. Meu segundo livro está quase todo pronto, e vai se chamar AVENTURAS DE UM MENINO PASSARINHO. Queria que fosse em dezembro, mas além de alguns imprevistos, eu também enrolei um pouco ( continuo enrolado como sempre ) , e com a graça de Deus, será em fevereiro, no máximo em março no meu aniversário. Alguns contos que vocês leem aqui, vão estar nele, é um livro contando grande parte de minha vida, principalmente infância e adolescência. Repleto de coisas engraçadas, tristes, aventuras, emoções, saudades... enfim, como digo na própria abertura do livro: Melhor do que contar uma história, é estar dentro dela. E ter o dom de contar escrevendo, é ainda mais fantástico.
Que minha prole literária cresça mais e mais.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

BETTY FRÍGIDA - BLITZ


Tadinha da Betty... morreu frígida!

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A SAGA DA FADINHA E O BRUXINHO - REDESCOBRINDO O AMOR


( imagem google )

A Fadinha começou a se mostrar  afastada, desligada, às vezes estressada, e até desinteressada. Não bastasse agora três filhos, cismou de fazer novos cursos na escola de magia, o que lhe tomava boas horas do dia, além do mais, quando o Bruxinho  estava em viagens em missões, apesar de ter os duendes, os elfos, gnomos e outros guardas, ela era a principal responsável pela vigília astral do reino, afinal, era um reino muito cobiçado por bruxos  que gostariam de se apoderar do lugar. Isso incomodava o Bruxinho. O que seria agora? Não havia mais sonhos proibidos, nada a desconfiar, mas a mudança de comportamento o entristecia, e se fazia muitas perguntas:  “Será que ela não me ama mais e não quer dizer? Será que por eu viajar muito, o amor  está acabando? Mas eu não tenho culpa, viajo pelo bem do reino, trazendo coisas boas para cá,  e ajudando também outros reinos. Será que não  estou mais romântico? Ora, estou sim, todos os dias eu falo que ela é linda, que a amo. É... e quando falo, ela desconversa. É fato, é ela que está com algum problema e não quer falar. Talvez não me ame mais mesmo, e se isso for verdade, vou embora, vou até pedir ao Grande Mestre, se tem jeito  de me tirar os poderes, e vou ser homem comum do mundo real, pois não vou suportar ficar aqui sem o amor da Fadinha. Mas antes, preciso falar com ela.” Ele tentou, mas a Fadinha não estava receptiva, justificou com meias palavras:  “Você sabe que ando sem tempo, tenho muitos afazeres”. Ele insistiu:  “Nunca lhe proibi de fazer nada... mas,  é necessário mesmo você estar na escola de magia? Magia que eu mesmo posso lhe ensinar, pois você já sabe quase tudo”. Ela retrucou:  “Você está sendo um egoísta.  Não vou abandonar a escola, lá fiz várias amizades e distraio  um pouco minha  cabeça. Esse assunto  está encerrado”. Antes de sair,  ele disse triste:  “Você não era assim... intolerante, sem diálogo. Desconheço minha Fadinha. Vou dar uma volta”. E o Bruxinho foi para a beira de um grande lago, muitas milhas afastado dali. No outro dia foi de novo... de novo... e de novo... seguidamente. Lá ele ficava remoendo, pensativo, às vezes até adormecia. Até que num desses dias, uma voz feminina interrompeu o silêncio do lago:  “Olá, vejo que tem vindo muito aqui”. Ele se virou e viu uma linda e encantadora  Fada, e depois de contemplar sua beleza por instantes, respondeu:  “É, venho. Venho pensar na vida”. Ela se sentou na rocha ao lado:  “Parece-me um tanto quanto triste, Bruxinho”. Ele perguntou: “Como sabe  que sou um Bruxinho?”.  Ela sorriu: “Ora, eu também sou uma Fada e também tenho o dom de ver... só não consigo ver porque anda triste”. Ele disse:  “Coisas do coração. Tenho vários poderes, mas não sei lidar com o amor... ou melhor como perder, ou não perder um amor”. Ela que parecia também encantada com ele, se ofereceu:  “Bem, já é quase noite, tenho que ir. Eu venho aqui todos os dias, posso lhe fazer companhia, até que passe sua dor”. Ele agradeceu:  “Claro que sim, você me pareceu muito agradável”. E assim,  os encontros foram se repetindo e ficando cada vez mais envolvidos, o Bruxinho já não reclamava mais com a Fadinha, mal se falavam, só entrava e saía com pressa, ela até estranhou, mas não se importou muito. E assim...  à beira do lago, quase o amor. A nova Fada sabia provocar aquele coração carente:  “Bruxinho, nos conhecemos aqui, e parece que aqui, começou um sentimento entre a gente, já não consigo  parar de pensar em você. Quero algo mais”. No último instante, ele tocou o rosto dela: “Não nego que também sinto sua falta, quase não resisto a você, mas... já  tenho minha Fadinha”. Ela insistiu:  “Fadinha? Que não se importa com você? Que se perdeu em vaidades, deixando um  Bruxinho lindo de lado?”. Tentou  beijá-lo, ele tirou a boca: “Desculpe-me, não consigo”. E saiu correndo... correndo para seu lar. Lá estava a Fadinha chorando, e antes que ele dissesse algo, ela foi quem disse:  “Não fale nada. Eu te amo, meu Bruxinho. Reconheço que errei,  repensei tudo, e serei de novo a sua Fadinha delicada e apaixonada”. Ele não disse nada, apenas beijou-a como se fosse a primeira vez. Numa pausa, ele disse:  “Que tal fazermos uma  viagem, uma nova lua de mel?”. Os olhos dela pareciam duas pepitas de tão brilhantes:  “Uauuuu! Sintonia pura! Eu também pensei nisso, meu amado”. E assim, eles foram ter uma nova lua de mel. Onde? Exatamente na lua... a lua como leito, e  testemunhas, somente as estrelas.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

RECITANDO - MIMOS DE DEUS

Tão linda é a cachoeira
exibindo sua cabeleira
inundando de beleza meu olhar.
Como não admirar?

Tão graciosas as borboletas
de mil cores e facetas
bailando sobre os jardins
namorando os afins.
E eu estou muito afim...
de ver o sol, de ser o sol  rodeando o girassol
de soltar o passarinho que há em mim.
Eu tenho asas
quero morar na casa daquele anjo querubim.

Ah! A noite!
A lua e as estrelas, adornos noturnos
numa perfeita parceria, dançam em sintonia
e me fazem esquecer pesadelos diurnos.
E eu faço uma poesia.
Não, não faço. Apenas retrato, desenho um retrato, 
repasso para o papel
a poesia pronta que vem do céu. 
A cachoeira, o sol, a lua, o poeta e a borboleta...
mimos que Deus fez para enfeitar o planeta.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

A SAGA DA FADINHA E O BRUXINHO - MAIS UM BEBÊ

( imagem  zazzle.com.br )

O  Bruxinho estava espanando a poeira de seus livros mágicos na estante quando a Fadinha veio:  “Ah, não! Não é possível uma coisa dessas!”.  Ele murmurou:  “Ai, ai... TPM de novo”. Ela ouviu,  e meio que brigou:  “Olha o respeito. Não é não. E se fosse?”.  Puxou-o pelo braço até o sofá:  “Ai, Bruxinho!  Estou grávida de novo... já estava desconfiada desde que minha magia interrompeu”. Calma, o autor explica rs rs. Dizem que quando as Fadinhas engravidam, sua magia é interrompida, elas  não podem fazer mágicas. Ele disse:  “Bem, Fadinha, eu sei que você só queria dois filhos, que já temos, mas não posso negar que estou feliz”. Ele entendeu:  “Eu sei, meu querido Bruxinho. Mesmo não tendo programado, vai ser bem-vindo. Vamos esperar. Esse Bruxinho está forte, hein?”, completou rindo. Ele riu também: “Já pensou se nascerem outros gêmeos?”. Agora ela brigou( ô Fadinha brigona):  “Vire essa boca pra lá! Que hora pra fazer piadinhas sem graça!”. A notícia correu por todo o Reino da Poesia, todos ficaram maravilhados, os duendes, os gnomos, guelfos, os bichos, assim os meses foram passando e o comentário era um só... a mais linda grávida de todo o reino.

Finalmente chegou o dia do nascimento, um lindo menino que se chamaria Jansen, o irmãozinho de  Charlotte e Peter , o casalzinho  de gêmeos que cresciam em graça e agora tinham sete aninhos.  Naturalmente, todas as atenções, ou quase todo o tempo era dedicado ao novo bebê, e isso refletiu entre os irmãozinhos. Peter e Charlotte ficaram diferentes. Peter  ficou  rebelde na escola, brigava com os coleguinhas. Charlotte abandonou as bonecas,  trancava-se no quarto o dia todo, e quando saía, tinha o rosto lambuzado de maquiagem. Pior que isso, pararam de se alimentar, não gostavam mais de banho, respondiam mal ao Bruxinho e à Fadinha, estavam sempre arredios e de nariz torcido. A Fadinha estava em recuperação, não podia fazer muito, restou ao Bruxinho entender o porquê de estarem assim. Certa noite, pé ante pé, entrou no quarto de Peter, e o ouviu chorando. A mesma coisa no quarto de Charlotte. No dia seguinte, reuniu os dois após o café da manhã. Disse:  “Peter e  Charlotte, queridos filhos. Até hoje somos uma família feliz... mas de repente vocês dois ficaram agressivos, tristes, estranhos. O que está havendo? Por que não falam o que tem de errado? Se não disserem como posso ajudar vocês? Deviam estar felizes, ganharam um irmãozinho. E o maior absurdo, já se passou um mês,  e nem o viram ainda”.  Finalmente, Peter tomou coragem:  “É por isso mesmo. Felizes? Ele tomou o nosso lugar”. Charlotte emendou:  “Mamãe, nunca mais falou comigo, desde que a barriga dela cresceu, não é mais minha amiga”. O Bruxinho pôs  a mão nos dois:  “Que lindos! Estão com ciúmes... mas estão enganados.  Mamãe e papai jamais abandonará vocês dois, ou vão  preferir o outro filho. Precisam entender que há um bebezinho, irmão de vocês, muito mais frágil que vocês dois, e que precisa de nós todos cuidando dele. Vocês já foram bebês também, e receberam o mesmo carinho, por isso cresceram lindos assim. Vamos... venham nos ajudar a cuidar de nosso bebê. E digo mais... a mamãe  anda tristinha por estarem agindo assim, por isso ainda não se recuperou direito, vai  fazer um bem danado  vocês entrarem pela porta do quarto dela”. Peter perguntou:  “Como ele é,  papai?”. O Bruxinho olhou para os dois, e  disse:  “Tem os olhos profundos de Charlotte... e a boca de Peter . Ele reuniu a beleza de vocês dois, eis aí mais um motivo pra vocês o amarem. Ele é vocês dois reunidos”.  Os irmãozinhos se entreolharam e disseram juntos:  “Vamos?”. Correram até o quarto, abraçaram a mamãe Fadinha, e depois se deslumbraram com o irmãozinho, que parecia entender  o que ocorria, e sorria também. O Bruxinho parado na porta, fotografava aquela cena magnífica, não com nenhuma máquina, mas com a retina de seus olhos marejados, para armazenar para sempre no coração. A Fadinha, de lá falou igualmente emocionada:  “ Você conseguiu. Você  é demais, meu querido Bruxinho. Só você mesmo para me proporcionar isso. Venha... junte-se a nós!”.  “ Claro que vou!”. E  misturou-se a  eles na enorme cama que transbordava de amor... ou melhor, naquela cama onde nasceu todo aquele amor.



domingo, 20 de outubro de 2013

EU TENHO UMA ÁRVORE


(  IMAGEM artesdelaurav.wordpress.com )

Eu tenho uma árvore que cuida de mim.
Debaixo dessa sombra, nada me assombra.
Seus galhos são os braços que me envolvem,
me absolvem de qualquer coisa ruim.
As folhas são os amigos que fiz
Que me leem, que me veem, que me creem 
e isso me faz feliz.
Tantos frutos tirei.
Amor só quero um,
mas que seja além do comum.
Nesse tronco namorar, um coração desenhar.
Desilusões, podei.
Emoções,  colhi aos cachos,
quanto mais eu colho, mais eu acho.
Que ela cresça, floresça no dia a dia.
O nome de minha árvore...
é poesia.

sábado, 19 de outubro de 2013

VINÍCIUS, DRUMMOND E EU


“ Poucos brasileiros encarnam tão bem a imagem padrão que se tem de um poeta quanto Vinicius de Moraes.
Nove casamentos, outras tantas paixões arrebatadoras, boêmia irrefreável e fome sem limite pela vida --contrabalançada por uma melancolia que só os mais próximos sabiam reconhecer-- compuseram os 66 anos de vida intensa do escritor, compositor, diplomata, dramaturgo e jornalista.
"Foi o único de nós que teve a vida de poeta", sintetizou Carlos Drummond de Andrade. O mineiro tímido falava com admiração (e um tantinho de inveja) da "independência de espírito" do colega. E parece ser este, curiosamente, o nó central da recepção acadêmica da obra literária de Vinicius: teria ele gastado muito de sua poesia na própria vida e pouco nos livros? ”. ( texto  retirado do JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO- UOL )
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Bem, diante disso, não preciso mais tentar explicar ( na minha visão) o que é ser poeta na essência da palavra,  ou por quê sou poeta. Drummond já disse por mim. Há bastante tempo li essa frase do grande, singular e  único, Carlos Drummond de Andrade ( uma de minhas referências literárias)  sobre Vinícius de Moraes, e modestamente, guardadas as devidas proporções, me vi dentro dela... afinal, eu também vivo a vida de poeta na acepção mais profunda da palavra.

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OPINIÃO DO BLOGGER: Dois grandes nomes de nossa literatura citados nessa reportagem. Tanto Vinícius quanto Drummond  não se importavam muito com a ideia de ingressarem na  ABL, simplesmente viveram  a sua poesia. Drummond chegou até a recusar a cadeira, nem por isso deixaram de ser muito admirados, porque as obras são maiores do que qualquer posição, pleiteada ou não. As obras falam por si. E eu não consigo ver a poesia numa disputa, vejo a poesia livre, admirada, acolhida, solta no ar, se instaurando nas pessoas  de forma espontânea... porque é para isso que a poesia nasceu.

sábado, 12 de outubro de 2013

FELIZ DIA DAS CRIANÇAS



Tivéssemos mantido o espírito infantil, o mundo estaria mais brando.
FELIZ DIA DAS CRIANÇAS... às crianças na idade que são os pequeninos, e àqueles que ainda sabem ser... no espírito.


( O MENINO FAZ ARTE  PORQUE A VIDA ESTÁ EM TODA PARTE - CARLOS SOARES )

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

FOI UM RIO QUE PASSOU EM MINHA VIDA ( Paulinho da Viola- grande sambista )


"Foi um rio que passou em minha vida, e meu coração se deixou levar" ...  rs rs

sábado, 28 de setembro de 2013

TRANS_ FORMA_ AÇÃO



 

Trans... forma... ação!
É assim que essa palavra eu leio
não existem o início, o fim e o meio
se entre eles não houver junção.
Tudo se move nesse planeta...
O botão vira flor,
do casulo voa a borboleta
a dor do parto gera amor.
Tem dia que faz sol,
tem dia que o céu chora.
O mundo dorme em escuridão
e acorda em aurora,
e no outro dia, tudo se refaz
Num folha branca nasce uma poesia.
Nada se perde, nada se cria, tudo se faz
dita a natureza uma velha norma.
Só o homem não se transforma...
Mas na minha cabeça de sonhador
quem sabe um dia
reina a harmonia...
e o ódio vira amor ?

terça-feira, 24 de setembro de 2013

O AMOR E A AMORA


Coitadinha da amora...
Acordou um dia pensando que era flor,
e resolveu ir à luta,
foi procurar o amor
Expos-se   feliz à luz da aurora,
mas  passarinho não quis a fruta,
foi procurar verdadeira flor.
Coitadinha... e agora?
Chora e chora.
Vida inglória!
Anda roxinha de tristeza.
Mas se eu contar minha história
debaixo do pé de amora
Tenho  certeza...
você também chora.
(  imagem latina.com.br )



domingo, 22 de setembro de 2013

TUDO É DO PAI! - com PADRE MARCELO ROSSI


Lembremos sempre: Tudo é do Pai, estamos aqui só de passagem, façamos por merecer estar aqui. Tudo nessa terra é perene, só a palavra Dele permanece para sempre. O Bom Pastor deixa 99 ovelhas e vai atrás da ovelha perdida e a carrega nas costas. O bom Pai sempre acolhe o filho pródigo. O bom Mestre lava os pés de seus seguidores, ensinando que a humildade é o ponto mais alto que um homem pode chegar. Isso sim é para sempre.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

MINHA ESPERANÇA


Com muita alegria, eis minha participação atendendo ao convite da amiga Rosélia do  blog:
poesia-espiritual.com.br. Espero ter colaborado bem.

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Leio a Bíblia de forma aleatória, abro qualquer página porque sei que de qualquer uma delas posso tirar alguns exemplos. Como ela se mantém atual! Li uma dia desses, um pouco de Gênesis. Tendo Deus anunciado a destruição de Sodoma e Gomorra, Abraão, humildemente tentou interceder pelos justos. Não era possível, na visão dele, que não houvesse uma pessoa sequer que prestasse nas duas cidades. Perdindo perdão a Deus pela ousadia,  argumentou:  “O Senhor matará juntos ímpios e justos? Bons e pecadores? O justo merecerá o mesmo tratamento que o mau? O senhor não pouparia as cidades, se porventura houver  50 pessoas boas? ”. Deus respondeu:  “Se houver 50 pessoas boas, não destruirei as cidades”.  Abraão insistiu. “Perdão, Senhor. E se houver apenas 45 pessoas boas, o Senhor poupará as cidades?”.  Deus respondeu mais uma vez.  “Garanto-te que se houver pelo menos 45 pessoas boas, não destruirei as cidades”.  “Perdão por minha audácia, Senhor. E se houver apenas 20 pessoas?”. Deus respondeu no mesmo tom de garantia, que pouparia as cidades, ainda que fossem apenas 20 pessoas boas. E assim, Abraão, sempre pedindo perdão, foi fazendo uma contagem regressiva, tentando interceder pelos justos.... e Deus o atendendo... Bem, o final todos sabem.  As duas cidades arderam em fogo e enxofre, sinal que não foi encontrado ninguém bom por lá. No caso da Arca de Noé, foi parecido. Deus ordenou que reunisse sua família e os animais e deixou o restante morrer afogado.
Vamos para os dias de hoje. Quando menino, ouvia os antigos dizerem, que na primeira vez a Terra arrasou em água e na segunda seria em fogo. Eu morria de medo quando ouvia, principalmente quando diziam:  “1.000 chegará, 2.000 não passará”. Eu virava e revirava a Bíblia procurando esses dizeres e não achava. Minha mãe dizia. “Procura direito que está lá”. Bobagem pura, mas essa não é a questão. Sabemos também que se Deus quiser, ele acaba com tudo em minutos. Esse mundinho é muito frágil. Não preciso dizer que vivemos num mundo cruel, cada vez mais capitalista, egoísta e violento, com valores invertidos, crianças jogadas pela janela, o luxo e o lixo habitando a mesma esquina. Ninguém está aqui discutindo como será o apocalipse, como deve ser e se deve ter. Como disse, não sou um especialista, mas com direito a opinião. Humildemente como Abraaão, mas não com a moral dele perante o Criador, faço nos dias de hoje a pergunta meio invertida. Pelo que andamos fazendo, estamos merecendo esse planeta? E por que Deus não acaba com tudo? Deus não acaba com tudo porque existem... Gandhi, Madre Tereza, Chico Xavier, Irmã Dulce, Luther King, Zilda Arns, Chaplin e muitos outros. Só para citar esses conhecidos, mas sei que existem e conheço pessoas anônimas praticando boas ações. Felizmente. Enfim, pessoas que estiveram sempre acima das religiões e se preocuparam com o ser humano, com a fome, com a cultura e com a liberdade. Por causa dessas pessoas, eu acho que Deus anda poupando o mundo porque praticam o mandamento central de Jesus Cristo:  O amor ao próximo. Essa é a minha esperança porque o maior justo de todos morreu pelos injustos.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

A FADINHA E O BRUXINHO - MAIS UM SONHO PROIBIDO, DIGO... PERMITIDO.






Mais uma vez a Fadinha pegou o Bruxinho dormindo com sorriso maroto nos lábios, e como o sonho já havia começado, não teria como entrar mais, teve que aguardar a noite seguinte para entrar junto com ele no sonho. Nem quis perguntá-lo durante o dia, bastou que ele fechasse os olhos  para  acompanhá-lo dormindo. Dessa vez não foi uma decepção, mas uma surpresa agradável, ele estava sonhando com ela mesma, sua Fadinha amada. Mas não era um sonho comum, ele sonhava que a estava namorando, o que a fez se perguntar: “Por que sonhar comigo, se estou presente?”. Ela não interferiu, ficou assistindo a cena projetada na mente do amado,  foi aí que ela viu a diferença. Ele a amava como nunca havia amado, não que não a amasse a contento, era sempre bom, ficavam sempre felizes, mas ele inventou no sonho coisinhas que nunca fizera, e isso a agradou muito. Entre surpresa, curiosa e feliz, ela deixou que ele “terminasse” seu louco sonho. Até que na noite seguinte, comentou:  “Bruxinho, nem adianta negar porque já vi seu sonho”. Ele ficou  desconsertado:  “Puxa, Fadinha... me desculpe por esse sonho  estranho”. Ela o tranquilizou: “Desculpar de quê? Eu gostei do que vi... parecia que você tinha mil bocas para me beijar... mil mãos para me tocar... eu parecia uma ilha sendo descoberta por um desbravador... me senti uma fruta saborosa em seu paladar... uma uva, um morango, uma manga apetitosa. Você parecia um passarinho sedento sugando uma flor, e eu a flor, muito oferecida, deixando tudo acontecer. Mas tenho perguntas. Por que precisou viajar em sonho  para fazer tudo aquilo, se estou aqui? Tão ao seu alcance?”. Ele respondeu:  “Ah, não parece, mas sou um pouco tímido ainda”. Ela riu: “Você? Tímido? Com essa cara?”. Engraçado... parece que já ouvi isso também rs rs. Ele explicou: “Ora, você é uma Fadinha, meiga, delicada, vivemos num mundo encantado, não pensei que gostaria das inovações”. Ela puxou o cabelo dele, brincando e brigando: “Pois saiba, Senhor Bruxinho que perdemos muito tempo, por causa dessa sua ... timidez. Merecia um castigo. Onde já se viu ser tímido justo com sua amada? E posso saber onde o Senhor aprendeu aquelas coisinhas?”... e riu. Depois de uma pausa, ele disse:  “Agora já está tarde, um dia lhe conto melhor. Eu não nasci Bruxinho, eu era um homem comum, estava cansado e desiludido do mundo terreno, pesquisei, li muitos livros a respeito, adquiri conhecimentos, viajei uma longa distância até encontrar um grande Mago, e o pedi que me transformasse em Bruxinho.. Depois fiquei adormecido por muitos anos e acordei Bruxinho, com o tempo fui me aprimorando mais e mais, e hoje tenho todos esses poderes que você  conhece. Foi um longo processo. Portanto, tudo o que você viu, trouxe de lá, daquele mundo”. Ela brincou: “Pelo menos alguma coisa boa você trouxe de lá”. E questionou ao amado:  “Só espero que não esteja com saudades do mundo humano,  e que não esteja arrependido de ter  virado Bruxinho”. Ele a beijou:  “Jamais... gosto muito desse lugar puro. Jamais quero sair de nosso mundo encantado, pois foi aqui que eu lhe conheci e sou feliz. Foi no mundo encantado que encontrei o verdadeiro amor. Ela tapou sua boca com a mão: “Ainda quero saber sua história de como virou Bruxinho, mas agora quero outra coisa... faça amor amigo... exatamente do jeitinho que  sonhou”.  Naquele dia não houve sol, ele não apareceu, somente a lua, a noite foi prolongada, foram vinte e quatro horas de noite. Magia do Bruxinho? Não... magia do amor.