ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

PROTESTO DE UM CANHOTO



(imagem materiaincognita.com.br)

Gosto muito de ser canhoto, e tem sido assim desde criancinha, tanto que durmo do lado esquerdo da cama, deito-me sobre o ombro direito para que o braço esquerdo fique livre, e se ando do lado de alguém, fico sempre à esquerda, e assim é em todos os lugares onde sento ou me posiciono. Eu tirava a maior onda por escrever com a mão trocada, por ser diferente dos outros meninos. O engraçado é que eles diziam: "Você é o único que tira onda e niguém fica com raiva, porque você é gente fina, sabemos que não faz por mal". É verdade, eu era um liderzinho deles, mesmo sem saber que era. O bom é que o tempo foi passando e fui ouvindo essa frase outras vezes, de pessoas diferentes, em fases diferentes. Voltando à infância, alguns adultos, se não me engano, minha mãe e alguma de minhas irmãs ficavam pegando na minha mão direita, me forçando a escrever com a mão "certa". Que bobagem rs rs. Até mesmo alguma professora tentava, mas eu dizia: "Ah 'fessora, eu gosto de escrever assim, acho bacana". Com meu jeitinho doce e ao mesmo tempo irreverente, um molequinho do bem, fui dobrando todo mundo, os anos foram passando e estou aqui. Estou aqui para fazer um protesto. O mundo é feito só para gente destra. Vejam só. A torneira da pia de meu pequeno apartamento tem a boca para o lado direito, tenho que ficar virando a mão, ou usar a direita, com a qual não tenho muita habilidade, até digo que ela só serve para pegar ônibus... e pra dançar agarradinho, claro he he. Outro dia fui abrir uma sardinha e o abridor também é do lado direito, daí sofri para abrir a lata. No colégio, já no segundo grau, fiz o diretor se virar e arrumar uma cadeira para mim, pois as cadeiras tinham o apoio para o outro lado. Se fosse enumerar, não ia parar aqui, e já que agora é moda, eu considero isso uma espécie de bullyng contra os canhotos. Aí está meu protesto, mas com um orgulho muito grande de minha pequena e lisa mão esquerda: Ela já escreveu muitas poesias importantes na minha vida.
Claro que isso é só uma brincadeira, só queria que vocês soubessem que sou canhoto. Será por quê? Por favor, e se eu tirar uma ondinha de vez em quando me perdoem, igual meus coleguinhas de infância. Não é por mal.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A POESIA QUE DEUS FEZ



( imagem retiradado google- Caso o autor se sinta ofendido ou prejudicado, é só contactar que serão dados os devidos créditos ou retirada a imagem, conforme preferir )

Tentei fazer uma poesia,
mas estava sem inspiração.
Onde está minha poesia?
Busquei na mente e no coração,
tentativas em vão.
Vou falar de quê?
De amor, de saudade, ou de flor?
Do passado sem futuro, do futuro sem passado?
Do presente sem presente?
De algo melancólico, bucólico, ou engraçado?
De mentiras, de verdades, ou de vãs filosofias?
Acho que as três coisas são uma coisa só.
Às vezes, meu peito dá um nó.
Onde está minha poesia?
Vai ser um dia chato, pensei.
Meio triste à janela cheguei,
e de repente, olhando o mundo à frente,
observando a passarada
corrigi minha insensatez.
Hoje não preciso escrever nada
vou ser expectador da poesia que Deus fez.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

MOMENTO "THE END"


(IMAGEM image.php)

Às donzelas... as janelas, as novelas,
pois não passam delas.
Aos ingratos... as celas, as mazelas,
são prisioneiros delas.
Aos mortos, aos românticos e aos barcos... as velas,
conforme forem merecedores delas.
Ao menino... as telas, as aquarelas,
pois sabe bem o que faz delas.
Aos amores mal vividos...
as sequelas.

sábado, 5 de novembro de 2011

EU... UMA ILHA



Tudo oco, tudo pouco... e eu tão louco.
Louco de surdez, de mudez, nas teias desse quarto.
A vida me joga um flerte,
e eu inerte, ensaio um sorriso farto,
mas que é vencido pela timidez.
Todo mundo bem, todo mundo Zen,
e eu aquém.
Minha estrela está muito mais além
do que eu sonhava, do que eu precisava.
Ah, como eu queria tê-la! Como eu queria sê-la!
Tudo sem sentido... e tão sentido!
Preciso de qualquer anestesia
para aliviar esse dia... sem gosto, ou de mau gosto.
Olho no espelho e não vejo meu rosto.
Ai, que saudades de mim!
Agora eu sei o que sente o eremita
que não olha para trás numa estrada sem fim.
Seu coração trilha como se buscasse uma ilha
para se esconder um dia,
desdenhando uma pseudo felicidade.
Já o meu coração parece a própria ilha
cercada por todos os lados de carrascos e hipocrisia.
Preciso voltar para a cidade
reinventar a vida... mesmo sem ter poesia.