ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

quinta-feira, 24 de julho de 2014

DICAS DE COMO COMEÇAR E CONDUZIR BEM O DIA.



Tão logo se levante, faça uma oração, agradeça pelo sono dormido, ainda que tenha sido pouco. Reverencie o Criador e agradeça por ter abrido os olhos, isso é um milagre de todos os dias, mas que nunca é igual. É igual ao nascer e por-do-Sol, repete, repete todos os dias, mas vem sempre com um detalhe diferente de ontem. É a natureza dando-nos exemplos de vida, a natureza nos dá sinais o tempo todo. Ao sair às ruas, desarme-se... de más intenções... de influências negativas, palavras depreciativas, de inveja, de revanchismo, de coisas enfim que não edificam. Não seja caixa de ressonância de coisas ruins. O universo gira e nos traz de volta tudo que emitimos, é como um bumerangue. Somos imã daquilo que geramos. Tudo de bom ou ruim nasce em nosso peito, na nossa mente. Somos a célula do universo. Esteja pronto para desculpar se alguém pisar no seu pé ou lhe esbarrar na rua, esteja pronto também para pedir desculpas, uma, duas, três vezes, se for você o agente causador do princípio do conflito. Nem sempre contraatacar é a melhor defesa, pratique a autodefesa. A autodefesa é desarmar-se. Desarmando-se, estará desarmando o outro também, pois, como diz o ditado, “quando um não quer, dois não brigam”. Seja tolerante, moderador, o atrito nunca compensa. Imagine duas barras de ferro, bata forte e insistentemente uma na outra, e veja quanta faísca sai nas duas barras. O desgaste é das duas... as duas estão perdendo enquanto estão se degladiando. Quando soltamos faíscas num combate com alguém, somos duas barras se desgastando, e isso faz muito mal ao espírito, nossa alma enfraquece, diminui. Seja paciente e firme na derrota e humilde na vitória. Não tripudie em cima dos outros. Humildade não é vergonha, é sintoma de crescimento espiritual, é a verdadeira evolução. Os grandes nomes da humanidade, os que deixaram legados de vida, sejam religiosos, cientistas, músicos, matemáticos, filósofos, e até mesmo políticos, eram pessoas humildes, porque eram bem resolvidas espiritualmente. Fazer tudo isso é garantia de que o dia vai ser perfeito? Não, nem sempre, mas vai estar mais preparado para enfrentar as adversidades que por ventura aconteçam. De noite, ao deitar, leia um livro... e faça mais uma oração agradecendo pelo dia... e peça ao Pai, luz e sabedoria para ser uma pessoa melhor no dia seguinte. Dicas para um dia? Não... dicas para uma vida.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

SOBRE O TEMPO

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Do tempo?
Pra ser sincero. Não muito espero,
ele não me espera também.
Do jeito que ele me trata, e até desacata,
eu o trato com desdém.
Mas não quero briga com ninguém,
muito menos com o tempo,
cansei de contratempos.
Eu quero é viver muito Zen!

Do tempo?
Não quero pavor, nem favor.
Nem agrado, nem agravo.
Ele que passe com seu jeito trigueiro,
eu também sou aventureiro.
Não quero ser nem dono, nem escravo,
quero ser parceiro,
mesmo que a gente não se encontre num lugar comum,
afinal o tempo é de todos...
E eu? Ora, eu sou apenas um.
Ele que passe como bem quiser,
se quiser pode até parar
dentro de sua própria razão,
mas que não espere me encontrar
do jeitinho que ele quer,
pois, no meu peito, vale o tempo do meu coração.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

ASAS DE UM POETA


Quando alço voo,
quando meu canto entoo,
eu sou o que quero ser.
Abro as asas da liberdade
sem medo de o sol derreter.
Os temores somem
nenhum susto me afeta
Sou passarinho, sou menino, sou homem.
É lindo o voo de um poeta.
Sou Peter Pan,
sou Ícaro, sou Don Juan.
Sou amante, sou amado, sou príncipe encantado
Sou sol, sou céu, sou mel, sou hortelã.
Sobrevoo arco-íris e montanhas
não corro perigo,
o tesouro eu quero ver,
a sorte me acompanha,
até o sol é meu amigo,
ele não vai me derreter.
Sou o que quero, o que penso,
mas às vezes sou puxado por alguém
que me lembra que mutuamente sou Carlos
e que vivo na terra também.
Volto para casa, recolho minhas asas,
sujeito-me à cidade
até que um novo dia

resplandeça em poesia
ensaiando um novo voo nas asas da liberdade.

sábado, 12 de julho de 2014

O DIA EM QUE FUI ELEITO O MAIS FEIO DO BAIRRO



Calma... eu explico a foto feia.

Esse texto poderia ser dividido em duas partes. A primeira eu já contei, mas vou dar uma resumida rapidinha. Era comum, a turminha, sendo umas oito ou 10 meninas, e nós, uns 7 rapazes, sentados no meio-fio cantando e tocando violão, batendo papo, outros paquerando, brincando, bebendo, enfim, quase todo final de semana tinha esses encontros, e numa dessas noites animadas, nós rapazes começamos uma discussão de quem seria o mais bonito. É claro  que não haveria consenso, então alguém sugeriu: "Por que não deixamos as meninas escolherem?". Elas toparam, afinal acabou sendo mais uma brincadeira, entraram na casa de uma delas, votaram no papelzinho, e quando voltaram, fizeram a contagem, e eu surpreendemente fiquei em 2º lugar. Marcelo, foi o 1º colocado, também pudera, o cara tinha 1,92cm, andava muito alinhado, social, cabelo baixinho. Era bonitão mesmo. Eu era exatamente o contrário, 1,71cm, cabelo enrolado quase não deixando  ver a cara, jeans desbotado, camisas sempre largas, tênis velho, era meu estilo despojado, meio inconsequente, desgarrado. Apesar de toda essa diferença, éramos amigos inseparáveis, acho que Marcelo tinha um pouco de vontade de ser eu,  era de família meio tradicional, não podia fazer muitas coisas, então me "invejava" um pouco (sentido positivo), pelo meu jeito de ser. Dizia que gostava de mim porque eu topava tudo (quase tudo, né? menos coisa desonesta ou perigosa). Lançava os desafios, eu ia e fazia. O rapaz que ficou em 3º lugar protestou, dizendo que eu ficava falando poesia na orelha das meninas rs rs. Ai, ai. Ora, cada um usa as armas que tem. Legal foi o que a menina que desempatou a meu favor, disse: "O Carlos não é o mais bonito, mas pra mim,  ele é o mais legal. Por isso, votei nele". Friso que... foi apenas uma votação entre as meninas de nosso convívio, mas eu não quis nem saber, fiquei curtindo meu  2º lugar a semana toda e tirando onda. Até que no outro sábado, surgiu outra discussão, a partir desse assunto da beleza que ainda estava à tona, porém agora seria o contrário: Quem faria a careta mais feia. Teve um que imitou o Bozo... o outro encostou a língua na ponta do nariz (que língua rs rs)... um virou as pálpebras pra cima, me causando até tremor de nervosismo, uma cena horrorosa. Caretas diversas. Faltava eu... fiquei por último. Então inventei essa careta aí da foto. Não sei se alguém já havia feito antes, mas juro que criei na hora. A galera caiu na gargalhada, riram muito muito. "Que careta doida é essa, Carlos?".  "Onde você inventou isso?"
Pronto.. fui escolhido o mais feio. Que paradoxo! E que barato! Numa semana, o 2º mais bonito. Na outra semana, o mais feio. Só eu mesmo para transitar entre duas pontas distintas com tanta facilidade. Numa boa, acho isso  sensacional. A mesma garota lá de cima do texto, disse ainda rindo: "Não falei que ele é o mais legal?".
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Marcelo mora na Austrália, faz uns três anos que não me liga. Na última vez,  me confidenciou: "Estou gordo, amigo Carlos. Pesando uns 140 kgs, tomo muita cerveja. E você, como está?". Respondi que ainda estou razoável. Num dos desafios que me fazia, e que recordou, era quando me chamava, para andar de ônibus para descer pela porta traseira sem pagar. Um dia, ele disse: "Dessa vez não vamos levar dinheiro". Pois nesse dia, o motorista ao me ver descendo, trancou-o na porta, mas ele muito forte, conseguiu se soltar e pulou do ônibus. Quando ele disse no fone: "Que loucura! Corri um risco danado", confessei: "Nem tanto. Achou que eu era doido de não levar dinheiro? Eu tinha dinheiro na meia. Se tivesse imprevisto, eu pagaria. Eu não ia deixar você ali sozinho, fiquei esperando você pular". E ele riu de lá: "Serio??? Você era mesmo esperto... e um amigão".