
AGEPÊ. Outro sambista romântico, cujas músicas caem bem numa seresta. Entre seus grandes sucessos destaco “Moro onde não mora ninguém”, “Deixa eu te amar”, “Menina dos cabelos longos”, “Sete domingos” ( essa é linda demais – “na semana eu criei sete domingos pra te namorar”... e ainda “Lá vem o trem”, que eu exigia nas rodas de violão( “dizem que o trem vai chegar e levar para um mundo melhor, quem merece. A passagem do trem vai ser o amor no coração, mas do jeito que esse mundo tá, muita gente vai ficar...”).
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“O disco Mistura Brasileira, que continha esta canção (Deixa eu te amar), foi o primeiro disco de samba a ultrapassar a marca de um milhão de cópias vendidas (vendeu um milhão e meio de cópias). A carreira destacou-se por um estilo mais romântico, sensual e comercial, em que fez escola.
Foi integrante da ala dos compositores da Portela, contendo um repertório eclético, composto principalmente por baião e teve no compositor Canário o mais frequente parceiro. Na sua voz tornaram-se consagradas inúmeras composições da autoria, como Menina dos cabelos longos, Cheiro de primavera, Me leva, Moça criança dentre outras”.
Fonte ( wikipédia )
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Eu gostava muito do estilo sensual dele cantar e sambar, com voz lamentosa e ao mesmo tempo provocante. Minha preferida fez parte da trilha sonora da primeira versão da novela “A viagem”, original da TV Tupi, depois regravada pela Globo. Êta memória. É uma música meio triste, mas tem a ternura de uma moça criança, inocente, de trança no cabelo que ainda não largou a boneca e não descobriu o amor. Ou finge. As mulheres são danadas pra fingir isso.
Com vocês...
Moça Criança
Letra- Canário e Agepê
O seu andar tem jeito de moça criança
A sua trança negra tem fita amarela
Me amarro nela, pelo seu olhar
Me ligo no sorriso dela
Que faz a minha tristeza ter fim
Me amarro nela, pelo seu olhar
Me ligo no sorriso dela
Que faz a minha tristeza ter fim
Ai! Quem me dera se ela gostasse de mim
Eu seria seu, dando o meu melhor amor
Por toda vida milhões de alegrias teriam de ser
Diferente a gente iria viver
Mas pra quê sonhar, viver no mundo de esperança
Se ela é que nem criança, usa trança
E não quer me amar