ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

ESSE TAL DE EGO


Tentei encontrar o autor desta fábula, até na internet, para citar autoria, mas não consegui. Eu a conheço desde criança. Sempre gostei de fábulas porque têm moral da história no final, com bons exemplos e ditados. Monteiro Lobato era mestre nisso. Essa até tem uma dose de humor, mas por trás desse humor, fala também de arrogância, de soberba. Vamos à fábula, ou parte do que me lembro dela. Entre aspas, claro, porque não é minha.
“ O Rei Leão resolveu andar pela floresta para testar sua autoridade entre os bichos. Altivo, imponente, bela juba, garras afiadas. O primeiro a avistar foi o macaco. Já chegou com voz imponente: ‘Macaco, quem é que manda na floresta?’. O macaco subiu logo na árvore e foi respondendo: ‘Claro que é o senhor, Rei leão’. Satisfeito, o rei prosseguiu na caminhada. Agora era a vez da cobra. Perguntada, foi logo rastejando e dizendo: ‘Quem manda em toda a floresta, é o senhor, Rei Leão’. Lá foi ele. Mais à frente viu uma coruja( que não é a Elaine Barnes... rs rs): ‘Dona coruja. Quero saber, quem é o maioral da floresta?’. Ela resmungou, jogou algumas pragas, mas reverenciou o rei. Cada vez mais satisfeito e nariz levantado, foi andando. Lá na frente, um tigre. O rei pensou. ‘Tigre é animal perigoso. Preciso falar firme com ele. Mostrar quem manda aqui’. Com um belo e poderoso urro, digno de um rei, foi logo se impondo. ‘Tigre. Sem pestanejar, responda. Quem manda nessa floresta? Quem é o mais poderoso dos bichos? O maior caçador?’. O pobre do tigre até tentou resmungar algo e mesmo a contragosto, acabou se curvando diante do rei. ‘... grrr grrr...humpf... é o senhor, Rei Leão’. A certeza, a imponência, orgulho foram aumentando. O ego lá em cima..E assim, foi com a onça, com o coelho, com o tamanduá, com o jacaré, todos enfim, até que avistou... tomando água sossegado na beira da lagoa, estava o elefante. Ora tomava, ora jogava água em si mesmo. O rei pensou. ‘Esse gordo aí? Derroto os animais maiores e ferozes da floresta, não vai ser um gordo, molenga desses que não vai me respeitar’. E chegou. ‘Elefante. Responda rápido. Quem é o rei da floresta? O mais temido de todos? O mais belo?’. O elefante não estava nem aí. ‘Será que a gordura atrapalhou o cérebro ou os ouvidos? Vamos responda. Quem é o rei de toda a floresta?’. O elefante nada. Só olhou com desdém. O rei urrou alto, muito alto para se impor e voltou à carga. ‘Pela última vez responda. Ou sentirá minha ira implacável. Quem é o rei da floresta?’. O elefante foi se enchendo daquilo. E o rei cada vez mais enfurecido pronto para atacar. O elefante, agora sim, impaciente com tanta insistência, pegou-o pela tromba, rodopiou, rodopiou, rodopiou e o jogou de cara no tronco da árvore. E saiu andando. O leão meio grogue, de cara amassada falou: ‘Que cara mau humorado. Só porque não sabia a resposta não precisava ficar tão nervoso’.” ( fechei aspas porque termina aí a fábula).
O leão, na sua caminhada tentou o tempo todo se impor, por sua força física e por seu status de rei. E mesmo estando derrotado, na pior, não deixou a arrogância. Preferiu acreditar ou fingir acreditar que o elefante ficou nervoso só porque não sabia a resposta, a enxergar que respeito não se impõe, se conquista. Permaneceu arrotando de rei mesmo jogado no chão. Assim, são algumas pessoas da vida real. Tomam tombos da vida, mas não deixam a soberba, o orgulho, quando um simples ‘por favor, um ‘obrigado’, um ‘me desculpe’, até mesmo um simples ‘olá’, podem abrir tantas portas. A arrogância termina namoros, separa casais, faz perder emprego, rompe amizades e causa até guerras.
Ah... esse tal de ego!

10 comentários:

Anônimo disse...

Ótimo texto Carlos!
E como tem gente assim pelo mundo.
Bjs e tomara que o problema com os comentários passe logo. Ficar sem suas visitas é muito ruim.

Anônimo disse...

Excelente Carlos, essa soberba acaba com muita gente, é triste, são pessoas dignas de pena.

Será que a coruja é a Elaine Barnes????????

Abraços....rs..rs..

Mariana disse...

Maravilhoso o post, esta fábula conheci qd criança (faz tempo).
É a prepotência, a arrogância empobrece a alma, mas de quem tem estes sentimentos tão mesquinhos.
Carlos, tenhas um lindo fim de semana.
bjs

Elaine Barnes disse...

Sou não,Gilson,rs...Mas já fui sim.Reverenciava a algumas pessoas que conviviam comigo porque se faziam melhores que eu. Meu complexo de inferioridade era grave,apanhei tanto dessas pessoas que com o tempo uma tromba foi crescendo rs...Entendi que inferiores são os que vivem pra alimentar o ego com poderes ilusórios e esqueceram de alimentar o espírito. Aprendi que o único poder que existe é o do amor. Esse transforma tudo inclusive inferioridade em igualdade. Adorei Carlos, Nesses exercícios que as pessoas fazem pra descobrir seu animal de poder, quando escolhem o leão...Ego puro! rs...Adorei mesmo! bjão

Everson Russo disse...

Com certeza os arrogantes como esse Rei Leão não ganham a simpatia de ninguem na vida, e o mais interessante disso é o real, no reino animal, estava eu vendo esses dias o Animal Planet, enquanto um clã de leões vagava pela savana a busca de caça, o unico que dele nao corria era o elefante, ao contrario, um pequeno aceno de tromba e lá está o grande rei batendo em retirada, diga se de passagem, a leoa quem caça, ele não é o mais forte...é muito bonito, disso nao temos duvidas, mas há quem conteste essa realeza...rs..rs..rs...abraços amigo e um belo final de semana pra ti.

Ná! disse...

Muito bom esse texto Carlos, me deparo sempre com pessoas assim, acho que em certas ocasiões também agi assim, mas com toda a certeza te digo, não tem nada melhor do pedir desculpas e ser desculpado também, hoje eu engulo o meu ego para ele não voltar a tona.

Anônimo disse...

Adorei...fantástica fábula. O problema é que ego é igual a uma massa de bolo, qualquer tantinho de fermento e já vira um gigante. Mas ao menor assopro murcha tudo. E todos nós devemos ter cuidado pra não insuflar o nosso ego de cada dia.

Anônimo disse...

Carlos,simplesmente maravilhosa essa fábula!Não é pela força que se conquista o respeito do próximo.Abraços,

Áurea disse...

Aprendi em pequenita
E muitas vezes a contei
Gosto muito, mesmo muito
Por isso a memorizei

Conto-a a grandes e pequenos
Porque a mensagem é poderosa
O orgulho e arrogância
São "uma coisa"vergonhosa

Termina com um comentário
Que tem tudo de real
Tantas intrigas se fazem
Só com sentido no mal

Gosto de fábulas e lendas
Gosto de contos e história
Mas são as tradicionais
Que mais ficam nas memória

Na memória de muita gente
Que de geração as vão passando
E queira Deus continue
P´ra que não se vão acabando



Como sempre, bonito e interessante.
Agraço
Áurea

Vem desfrutar do Amor de Deus disse...

É Carlos,
Pessoas arrogantes são tudo o que você descreveu, e eu ainda acrescento: A humildade derruba barreiras e a arrogância as levanta e eu tenho pena dessas pessoas porque estarao condenadas a viverem sempre sozinhas...coitados...
Bjs
Marcia