
( imagem kapelonia.uboot.com )
GENTE, SEI QUE É GRANDE, MAS NÃO DEIXEM DE LER PORQUE É MUITO BONITO
O Cupido é retratado como uma criança traquina, com asinhas, loiro de cabelos encaracolados, que lança setas certeiras aos corações das pessoas, fazendo com que estas se apaixonem perdidamente. Uma espécie de anjo da paixão, um ser alado de aparência infantil, que voa por entre as nuvens carregando arcos e flechas, à procura de corações solitários.
Mas quem é ele? E porque passa a vida a transformar os corações das suas vítimas com as suas setas?
A origem do Cupido remonta à Antiguidade Clássica, mais concretamente, à mitologia greco-romana., onde este é referido como um Deus único.
Na Antiga Grécia ele era conhecido como Eros, o jovem filho de Afrodite, a deusa do amor e da beleza e de Ares, o deus da guerra.
No livro «Mythologie Grecque» (Editions Toubi’s) ele é descrito como um jovem homem nú, de asas douradas, com cabelos encaracolados, munido com um arco que lança flechas mágicas. « Antes de ser adoptado pelos poetas, esculpido pelos escultores e pintado pelos pintores ele era, para os antigos gregos, o filho de Afrodite e de Ares, que trespassava os corações dos mortais. Ele era o mais belo dos deuses já que fazia nascer nos homens os sentimentos mais nobres e ajudava os pares a unirem-se. Para além disso, ficou conhecido por adoçar os temperamentos dos mortais, mesmo os mais duros, por embelezar a sua vida e por lhes dar um sentido.
A mitologia ainda diz que Cupido viveu um grande amor e enfrentou muitas dificuldades para conseguir um final feliz. Por isso ficou conhecido como aquele que une os corações.
Seu amor era a bela mortal, Psyché que por ser muito bela, despertou o ciíume de Vênus que como deusa, deu ordens a Cupido para que este fizesse com que a jovem se apaixonasse por alguma criatura de má aparência. Em vez disso, o Cupido apaixonou-se perdidamente por ela e fez dela sua amante. Colocou-a num palácio, onde a visitava à noite mas, por ser mortal, ela estava proibida de olhar para ele. Psyché foi feliz até ao momento em que as suas irmãs, movidas pelo ciúme, lhe disseram que ele era um monstro que a iria devorar, convencendo-a a olhar para o seu amado.
Certa noite, Psyché, levada pela ousadia do amor, pegou numa lamparina e iluminou o quarto para ver Cupido adormecido. Admirada com a rara beleza do jovem, ela deixou cair sobre o seu corpo uma gota de óleo da lamparina, e ele despertou. Por causa disso, Cupido castigou-a com o seu abandono, ressentido pela desobediência da amada. Nesse tempo desapareceram também o seu encantador castelo e os magníficos jardins, e ela viu-se sozinha num campo deserto. Mas ela não desistiu, procurando o amante por toda a terra e acabando por encontrar o templo de Vénus. Desejando destruí-la, a deusa do amor deu a Psyché uma série de tarefas dificílimas., entre essas, separar na escuridão da noite, as impurezas de um monte enorme de várias espécies de grãos. Felizmente, as formigas tiveram piedade dela e vieram em grande número para ajudá-la. E assim todas as tarefas foram executadas à exceção da última. Vênus deu-lhe uma pequena caixa que ela deveria levar até ao mundo dos mortos e onde deveria guardar alguma da beleza de Perséphone, a mulher de Plutão.
Durante a viagem, ela recebeu conselhos para evitar os perigos do reino dos mortos e que não abrisse a caixa. Mas a tentação foi mais forte e Psyché abriu-a. Em vez de encontrar a beleza, ela encontrou um sono mortal. Cupido encontra-a tombada, sem vida. Valendo-se dos seus poderes divinos, ele desperta sua amada e recoloca esse sono mortal de novo na caixa.
Ao ver o seu grande amor voltar à vida, Cupido perdoa-a, assim como perdoa também a Vênus. Os Deuses, comovidos pelo amor de Psyche por Cupido fazem dela uma deusa, para que ambos pudessem viver o grande amor que os unia, para toda a eternidade. O casamento entre os dois realiza-se, finalmente, no céu.
A palavra Psyché, em grego significa borboleta, entendida como sinónimo de alma. A borboleta simboliza a imortalidade da alma: desde o casulo limitado em que estava, depois de ser mera lagarta, estende suas asas, flutua na brisa do dia e transforma-se num dos mais belos e delicados seres da natureza. Psyché é, portanto a alma humana, purificada pelos sofrimentos e infortúnios, preparada para gozar a pura e verdadeira felicidade.
Opinião particular minha. Psyché, não só mereceu finalmente viver seu grande amor, como também a ser elevada à situação de deusa, pela sua persistência, sua desobediência, em nome de seu amor. Fosse ela acomodada, não teria sido feliz.
Até hoje, Cupido, feliz pela recompensa de ter encontrado seu grande amor, anda por aí, ajudando as pessoas a conseguirem também, flechando os corações solitários. Ai... me acertaram aqui.
(adaptação dos textos: 'cupindoaeiou.pt', 'wikipedia', 'starnews.com.br')