ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

A VERDADE SOBRE A FÉ


( imagem ulnxlabs.files.wordpress.com)
Vamos terminar o ano rindo para começar o novo ano também rindo. Recordando mais um texto. Até a vaquinha riu... rs rs
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Quando criança, havia no bairro um senhor chamado Bemvindo. Mentirooooso! Dizia que já tinha lutado com onça e ainda mostrava os arranhões. Que já segurou uma sucuri na mão. Que rolou num barranco com uma criatura que nem sabia o que era. Ele tinha certeza que acertou o tiro quando a fera corria, pois jamais errara um tiro, mas a bala não lhe fez nada. Um dia contou que viu um objeto estranho brilhando no céu quando se barbeava no quintal. Eu falei: “Será que não era sua careca refletindo no espelho?”. A molecada riu. Ele riu também, me dando um cascudo leve. “Me respeita, menino”. Hoje penso que ele só gostava mesmo de ficar fantasiando essas coisas para as crianças e se divertia, e nós também. Os meninos sabiam que eram mentiras. Era normal alguém dizer: “Vamos lá no Bemvindo ouvir umas mentirinhas?”. Quando ele morreu um menino disse: “Você sabia que o Bemvindo morreu?”. Alguém respondeu: “Mentira!”. Mas gostava de contar casos também, bem à mineira. Um dia ele contou esse... sobre a fé.
Um viajante, exausto por cavalgar por vários dias, avistou uma belíssima fazenda e resolveu pedir pousada. Chegou à porteira, bateu palmas várias vezes, até que um senhor que parecia ser o dono e era, veio atender. “Pois não”, disse com cara de poucos amigos. Ele tirou o chapéu. “Boa tarde. Senhor, estou cansado, cavalgando há dez dias, tenho fome e sede. Preciso de um banho, um prato de comida e umas horas de sono. Não aguento mais um minuto em cima desse cavalo. Parto antes que o galo cante”. O fazendeiro respondeu: “Sinto muito. Acho que não posso ajudar. O senhor não veio num bom momento. Minha melhor vaca está para parir... e vai morrer. Já recusei proposta alta por ela e hoje pagaria o dobro do que recusei, para salvá-la. O estranho perguntou: “O senhor tem fé?”. “Como assim? Claro que tenho fé. E o que tem a ver uma coisa com a outra?”. Ele respondeu: “É que sou um rezador, conheço orações poderosas e estou certo de que posso salvar sua vaca”. O fazendeiro se enfureceu: “Olha aqui, forasteiro. Se pensa que tem bobo aqui e quer me enrolar em troca de pernoite, o senhor pode dar meia volta”. Meio assustado, segurou as rédeas, mas insistiu: “Calma, vou embora. Mas pense bem... o senhor tem escolha? O que custa me deixar tentar? Se a vaca morrer, além dela, só vai perder um prato de comida, o que não é nada para quem tem uma fazenda tão grande”. O fazendeiro coçou o queixo, a cabeça e disse: “O senhor espere um pouco aí”. Foi lá dentro, falou com a mulher e filhos e voltou minutos depois. “O senhor tem razão. Não tenho muita escolha e resolvi lhe dar um crédito de confiança. O senhor pode apear e entrar”. Descendo do cavalo, foi logo falando: “Mas é preciso ter fé”. Passando a porteira, pediu logo feno e água para o cavalo. O empregado que ouvia, providenciou logo. Chegando na sala, cumprimentou a todos, discretamente é claro, pelo clima de velório. Depois de tomar muita água, perguntou: “Onde está a vaca?”. “Me acompanhe”, disse o dono. Toda a família foi junto. Chegando no celeiro, lá estava a pobre vaca agonizando. Não tinha mesmo muitas horas de vida. Ele pediu: “Preciso de um pedaço de pano, tesoura, agulha e linha. E também um pedaço de papel e uma caneta”. De imediato o homem falou: “Vamos logo, mulher. O que está esperando?”. Rapidinho ela foi e voltou com o material. O estranho sentou, escreveu algumas linhas, dobrou o papel, colocou num saquinho que fez com o pano, e costurou a boca do mesmo. Depois de pendurar o tal saquinho no pescoço da vaca, pediu licença: “Agora gostaria que saíssem, pois tenho uns rituais e preciso ficar sozinho”. Prontamente atendido. Ficou lá dentro uns dez minutos e saiu: “Bem, agora é esperar. Mas é preciso ter fé. Se não se importa gostaria de tomar um banho, comer um pouco e dormir, pois parto bem cedo. Atendido. Tomou um longo banho, comeu como um rei e dormiu como criança. Partiu tão cedo que ninguém o viu. No raiar do dia, ouviu-se um grito: “Pai, pai. A Estrela pariu e está salva. Ela está boa. Corre pai”. Todos se levantaram às pressas, mal vestiram as roupas, se acotovelaram para entrar no celeiro. Lá estava Estrela. Bela e imponente como sempre, branquinha, cheia de manchas pretas, sendo uma no meio da testa, lambendo, dando os primeiros tratos de carinho ao seu bebê. “Que maravilha”, um falou. “É um milagre”, exclamou outro. O fazendeiro abraçou a vaca: “Como eu gostaria de pagar àquele moço pelo que fez, mas como não posso, que Deus o acompanhe sempre”.
A partir dali, todas as mulheres grávidas da região, principalmente as que tinham complicações, pendurava o saquinho no pescoço e os partos corriam normais. Até mesmo quem não tinha complicações, usava, só de precaução. O saquinho milagroso ganhou fama mais e mais. “Engravidou? Manda buscar o saquinho”. Andavam léguas e léguas com ele. Porém saquinho pra lá, saquinho pra cá, saquinho viaja, saquinho volta, saquinho ganha beijo... com o tempo foi estragando, abrindo, rasgando, até começar a aparecer a ponta do papel. Pois um curioso (sempre tem que ter um curioso, quis ler a poderosa oração.
E leu. Eis a ‘milagrosa’ oração: “Tendo água e capim pro meu cavalo. Cama e comida para mim, quem pariu, pariu. Quem não pariu, vá pra puta que o pariu”. Ou seja. Era a fé daquelas pessoas que salvava suas vacas, suas cabritas... e suas mulheres. Não um pedaço de papel contendo uma baboseira. Independente se o forasteiro queria apenas dormir e comer e não estava nem aí para a vaca, ele acabou dando a eles um bom conselho: “É preciso ter fé!”.
Esse texto cabe muitas interpretações, religiosas, filosóficas e claro, de humor. As idéias são livres e respeito, mas eu me centralizo em uma: A fé é uma coisa muito pessoal.
Desculpem pelo palavrão, mas não tinha outro jeito de contar sem perder o sentido.

20 comentários:

Wanderley Elian Lima disse...

Olá meu amigo
Passei para lhe desejar um feliz Ano Novo, cheio de realizações com muito amor, paz e saúde.
Obrigado pela força dada a mim através do meu blog.
Grande abraço

Felina Mulher disse...

A fé move montanhas e sarou a vaquinha e olha como ela tá feliz...kkkkk

Beijos na tua alma meu anjo.

VASCODAGAMA disse...

OLA BEIJA FLOR.....
PARABENS
EU SEMPRE DIGO
QUERER É PODER
NÃO TENHAM DUVIDAS....E APRENDAM A VIVER....AMANDO E SORRINDO

BEIJO DA PORTUGUESA

Everson Russo disse...

Iteressante que sempre existem nessa vida figuras folcloricas como o seu Benvindo, e que realmente acreditam nas suas historias, quanto ao da vaca, esse é show, o negocio é ter fé mesmo, e a fé é cega, a gente não pode duvidar, questionar ou seja lá o que for, e não é um papelzinho, ou uma imagem de santo que seja, o que vale é o que tá dentro da gente...e o pqp encaixou perfeitamente...rs.rs..rs...um forte abraço amigo e uma bela quarta feira....

Edna Lima disse...

Vc e seus causos mineiros.!!!Receber um comentários destes , como se tivesse vindo de um amigo,conhecido de longa data me enche o coração de trenura, me vem lágrimas nos olhos.( Digo Bem baixinho : Deus te abençoa menino!).
Feliz Ano Novo!Esta vida virtual me faz muito bem .Grande Bj.Edna Campos

Felina Mulher disse...

Carlos, voltamos aos desejos no coração. Sonhos que não realizamos, mas que valeram por terem ao menos sido sonhados. Esboço um sorriso... caí uma lágrima teimosa, de saudade persistente e funda. Retrocedo na minha caminhada. Verifico os meus caminhos, as minhas escolhas, os meus acertos e os meus erros. Mentalizo o brilho de cada amanhecer meu, respiro o cheiro da vida de cada anoitecer. Embalo os meus versos à luz do luar. Peço licença ás estrelas para caminhar entre elas e por fim, exausto, suplico por um cantinho onde possa deitar a minha cabeça... repousar... enfim voltar a sonhar.



Só desejo um carinho... um aconchego aconchegante e quem sabe, num tirar da sorte, um beijo, longo... apaixonado... quente. Quem sabe entre o sul e o mar alguém também flutue e olhe as luzes pequeninas a piscar. Que se recorde de um sorriso... da palavra doce ao ouvido. Quem sabe sinta as saudades... o desejo do aconchego.



Um Ano Novo carregado de sonhos, de amor, de perdão. O teu coração seja mais fraterno, o teu sorriso seja repartido para todos que vivem na tristeza, as tuas palavras de conforto cheguem a todos os corações aflitos, em todos os amanheceres sejam dourados pelos raios da esperança, que todos os anoiteceres sejam a renovação da fé em dias sempre melhores.



Sem sim ou não... pego na minha taça e bebo o champanhe gelado, que desce pela garganta como um bálsamo que aliviará ao menos, um pouco, a tristeza de se estar só. Um brinde com a taça da paixão transbordando do desejo de um abençoado novo ano!

Feliz Ano Novo!

Anônimo disse...

Muito interessante essa história, Carlos, nos leva a refletir acerca de uma série de coisas. Fé é uma coisa que pode sim, modificar muitos conceitos, pontos de vistas e purificar corações.
Gostei muito da maneira com que conduziste todo o texto até chegar ao que de fato queria, na conclusão.
Assim como o Seu Benvindo, quantos outros existem por aí que servem para nos divertir com seus causos mirabolantes.
Beijos, Carlos, um dia lindo pra vc, com alegria e descontração!

Mariana disse...

Adoro qd relata estas histórias gostosas de serem lembradas.
Carlos, meu amigo, desejo para ti q 2010 seja cheio de amor,sucesso, realizações e tudo , mas tudo de bom, claro junto com os teus e a tua amada.
bj

Carlos Albuquerque disse...

Olá, xará.
Saí hoje do hospital, até reentrada em Fevereiro.
Venho desejar-lhe um Feliz Ano Novo, com tudo de bom para você, em que nada falte.
Abraço

Vem desfrutar do Amor de Deus disse...

Carlos,
Estou passando para lhe desejar todo o bem do mundo para esse ano que inicia. Que você possa continuar essa pessoa iluminada e tão querida que enche nossos dias de alegria e aprendizado...
Deus o abençoe
Feliz Ano Novo
Bjs carinhosos
Márcia

Maria Emília disse...

Se eu acredito e quero, eu consigo.
Um 2010 com muita fé.
Um grande abraço,
Maria Emília

Bia disse...

Querido!!

estar em seu blog em 2009 foi bom demais!

E receber seus comentários sempre uma delícia!

Lhe desejo um 2010 cheio de luz, muito AMOR e que a gente continue a SE OLHAR DENTRO DOS OLHOS!...

Beijos com muito carinho!

Biazinha

Hugo de Oliveira disse...

Feliz Ano Novo, regado de muita paz e sabedoria.


abraços


Hugo

Solange Maia disse...

Carlos,

Adoro vir colher flores por aqui...

E que venha 2010... cheio de ternuras, e que nossas alegrias nunca se acanhem...

Beijo carinhoso,

Solange

ps. beijos para a linda Anita...

nd disse...

FELIZ 2010 AMIGO,

BJS

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Querido amigo Carlos
Sempre que chego ao seu blog, fa-me sorrir, sempre uma coisa que nos deixa bem dispostas.
Obrigada pelo carinho no meu blog.
Feliz 2010, toda a felicidade do mundo, são os meus votos sinceros.

Beijinhos

Sonhadora

Ricardo e Regina Calmon disse...

QUESTÃO DE FÉ E PERSEVERANÇA,AMIGO HERMANO,UM ANO A ADENTRAR EM VIDAS NOSSAS,DE TRABALHO,AMOR,AMIZADE,SAÚDE,TERNURA E SOLIDARIEDADE MESCLADO DE POESIAS QUE VC SEMPRE NOS DOA!
COMO NÃO CONSTANTE SER EM BLOG TEU,SE VIDA E AMOR INTENSO É O QUE DIGITAS???

VIVA VIDA!

Linda Simões disse...

E que tenhas um Feliz Ano Novo!


Um abraço

Marilac disse...

Oii Carlos,
Essa é muito engraçada mesmo, a Fé move montanhas..rss
Eu conhecia essa história, minha avó contava mais ou menos do mesmo jeito.rss.No nosso interior existia um senhor chamado Cláudio que contava cada caso, e eu menina adorava ouvir ( mesmo pensando que aquilo só podia ser mentira..rss ).

Aproveito para desejar um Feliz Ano Novo! Muita paz, amor, saude e alegrias

Abraços
Marilac

Everson Russo disse...

Pra você meu querido amigo, que esteve comigo nessa caminhada dos 365 dias que passaram, o meu mais sincero agradecimento e o desejo que 2010 seja de muito amor, paz, sucesso e realizações, que todos os seus sonhos se tornem reais, que esteja sempre cercado de sorrisos sinceros e abraços verdadeiros, esteja sempre na paz do Senhor Jesus... abraços fraternos e um Feliz Ano Novo a você e toda sua família.