ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

domingo, 30 de junho de 2013

O JOGO DO AMOR


Ontem você me queria, eu queria você também...
Empatamos em um a um. Ninguém perdeu pra ninguém.
Hoje você não me quer, eu também não lhe quero...
Empatamos em zero a zero. Ninguém humilhou ninguém.
É assim o amor... é flor.. ou é fogo!
Em qualquer das situações ninguém saiu perdendo.
Vá jogar outro jogo,
outro jogo estou fazendo.
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Algumas relações são tão relativas que não passam mesmo de uma.. "relação"


quinta-feira, 27 de junho de 2013

A HISTÓRIA DE TONNY BRAVO, A MULHER E A ÉGUA


Tonny Bravo era um destemido cavaleiro,
em adestrar potrancas era o pioneiro,
mas soube um dia que na montanha
havia uma potranca muito estranha...
e muito perigosa, a danada era nervosa;
já havia matado sete,
mas Tonny com seu topete
não podia se amedrontar,
armou-se com um laço, e a montanha foi escalar.
Lá estava a potranca
com sua temível carranca
bafejando pelas narinas
agitando ao vento sua crina.
Logo que Tonny deu a primeira passada,
tome patada e mais patada,
e relinchos pelo ar.
Foi aí que Tonny pensou: Essa vai ser difícil domar.
Mas o sangue quente do cavaleiro não permitia desanimar.
Preparou o laço, deu mais um passo
certinho como uma régua
e num instante de maestria,
laçou o pescoço da égua.
Missão cumprida, ele pensou.
Mas é aí que se enganou,
passou o resto do dia
esfregando a cara no chão,
quando mais ele tentava, mais ela dizia não.
E tome coice, tome patada
montar que era bom, nada.
Pensou então numa outra solução;
Foi se aproximando de mansinho
e fez nela uma carinho
alisou a sua crina
ela foi sossegando as narinas;
o cavaleiro destemido
disse-lhe coisas ao ouvido
que ela nunca havia sentido,
só assim ela amansou.
E Tonny falou sozinho:
‘ A mulher não é uma égua, mas a égua é uma mulher
e as duas precisam de carinho
as duas têm gênio manhoso
não vão cedendo a um qualquer.
E agora por onde eu for
vou ser muito carinhoso
vou ser sempre jeitoso
pra conquistar um grande amor '.

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Tentei fazer um cordel, mas meu pai que era bom nisso

segunda-feira, 24 de junho de 2013

A INCAPACIDADE DE SER VERDADEIRO



A INCAPACIDADE DE SER VERDADEIRO

Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões da independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.

A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto de queijo.

Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa, como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias. Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da terra passaram pela chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico.

Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça:

— Não há nada a fazer, Dona Coló. Esse menino é mesmo um caso de poesia.

(Carlos Drummond de Andrade)

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Ainda bem que existem os amigos para nos enviar essas pérolas
  

sábado, 22 de junho de 2013

UM LEÃO, UM GATINHO.



Não vá embora ainda não,
fique mais um pouquinho,
se ainda há pouco eu era um leão,
agora quero ser o seu gatinho.
Enroscado no seu peito de tal jeito,
eu que urrava como um trovão,
ronronando agora tão mansinho.
É assim a mágica de amar
encontrar tudo arrumadinho
e virar tudo pro ar,
e se a gente estiver farto
não importa a bagunça do quarto,
pois dentro da gente está tudo bem,
tudo zen
tudo certinho.
Não vá embora ainda não,
quero brincar de leão
que depois vira gatinho.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

DON JUAN - O RETORNO

( imagem google )

Don Juan era um conquistador incorrigível, amado e odiado, amado pelas mulheres que conquistava, e odiado pelas mesmas, talvez pela forma  com que ele as deixava. O galanteador também era frio quando queria, escrevendo portanto, uma história de vida de amor e ódio. Nesses poréns da vida, um dia o grande conquistador foi flechado pelo cupido, apaixonou-se perdidamente por uma de suas donzelas, o predador virou presa. Desde então, todos os seus galanteios, seus mimos, seus presentes, seus carinhos, eram somente para ela, ele não olhava mais para as outras nas janelas. Don Juan virou moço comportado, quem diria. Mas um dia,    mesmo sem ter acabado  o amor, eles terminaram, talvez por uma guerra de egos que não combina com o amor. Ele, um famoso conquistador, convicto de si, e ela, apesar de ser uma donzela, também tinha um gênio forte, coisas de mulher. E Don Juan chorou. Ela chorou também. Choraram distantes um do outro, mas ambos sabiam que choravam. Don Juan esperou por um bom tempo, levava em si, a esperança de que voltassem um dia. Não sabia como voltariam, mas, esperou, não teve nenhuma outra donzela, até o dia em que ficou sabendo que sua amada, numa noite qualquer, numa festa qualquer, deitou-se com um homem qualquer. E Don Juan chorou mais uma vez. Chorou segurando um colar que ela lhe deu com um pingente escrito:  TE AMO... PARA SEMPRE.
Um amigo o consolou:  “Não sabes que ela é uma mulher livre? Ela não é mais tua namorada. Um dia isso aconteceria”. Don Juan  respondeu:  “Sei disso, amigo. Mas não consigo imaginar a única mulher que realmente amei,  a única que verdadeiramente tratei como donzela... debaixo de outro homem. Aquele jeitinho dela de fazer amor comigo, era só nosso, só meu e dela. Não posso imaginar outro homem que não seja eu nessa cena”.
E então decidiu ser novamente  o velho Don Juan. Como dantes, tornou a levar  muitas mulheres para a sua cama, mas nunca mais pronunciou a palavra... amor. Retomou seu jeito antigo de ser feliz.
É a sina de Don Juan!.


sábado, 15 de junho de 2013

CUCA COLORIDA


Quando eu tinha uma cuca colorida
era um turbilhão de vibrações.
Meu coração era um arco-íris de sensações
dia e noite, noite e dia.
E todo mundo dizia:
“Menino, você escreve demais
Você fala demais.
Você brinca demais.
Você briga demais.
Você chora demais.
Você ri demais.
Você sonha demais.
Você ama demais.
Você reclama demais.
Você é todo demais".
Eu sorria e respondia:
“O que fazer dessa vida
se eu tenho uma cuca colorida?
O tempo passa, o corpo envelhece,
mas o coração não esquece
e tudo de novo acontece:
“Você escreve demais
Você fala demais.
Você brinca demais.
Você briga demais.
Você chora demais.
Você ri demais.
Você sonha demais.
Você ama demais.
Você reclama demais.
Você é todo demais".
E eu ainda respondo do mesmo jeito
com o mesmo turbilhão no peito:
“Que culpa tenho eu nessa vida
se nasci assim...
com uma cuca colorida?”
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Mudar sem perder a essência, é tão raro quanto belo.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

O DIA DOS NAMORADOS DO BRUXINHO E A FADINHA




 

Tu não és apenas uma namorada... és a Fada
do nosso Vale Encantado,
do nosso reino particular.
Eu também não sou apenas um namorado,
sou o Bruxinho que conseguiu te enfeitiçar.
E a gente joga um no outro, magia,
a poesia que é  amar.
Nosso beijos não são meros beijos,
são a fusão de dois desejos,
anseios em comum
que no final viram um.
Nós somos mais, mais que demais.
Transcendemos qualquer entendimento,
pois criamos nosso próprio mundo.
Tudo para nós é mais profundo,
superamos o topo do sentimento,
extrapolamos qualquer razão
porque criamos uma única razão...
fizemos de nós dois, um só coração.
Como é perfeito esse Vale Encantado...
onde habitam uma Fadinha tão lindinha
e um Bruxinho enamorado.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

ENCAIXANDO


A gente se encaixa perfeitamente
como peças de um gostoso quebra-cabeça...
assim de frente.
E por mais que a gente se ofereça
no frenesi desse ritmo louco,
você acha pouco,
e eu também.
Os quadris vão mais além
Você vem, eu vou. Eu vou, você vem.
No espelho, a imagem
do vai e vém dessa perfeita engrenagem,
deliciosamente desordenada.
Eu lhe seguro, você me segura
e a gente se mistura
num só calor
em nossa cama desarrumada.
Quem disse que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço
não sabe do nosso amor,
não conhece nosso abraço.

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Dia dos Namorados... só presta assim he he.


sexta-feira, 7 de junho de 2013

TEIMOSIA


Disseram que era alto... eu subi.
Disseram que era longe... alcancei.
Disseram que era bobagem... eu sonhei
Disseram que era amargo... eu comi
Disseram que eu não ia esquecer... eu esqueci.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

E A FADINHA ENGRAVIDOU ( A SAGA CONTINUA... PORQUE O AMOR TEM QUE CONTINUAR )


Uma Fadinha acima de tudo é uma mulher. Um dia chamou o Bruxinho: “Meu bem, não que eu não goste do nosso lugar, amo esse Vale Encantado, que já era bonito, e nós dois fizemos ficar ainda mais, mas tenho um desejo antigo, gostaria de morar numa casinha na árvore”.  Ele respondeu: “Meu bem, como vamos deixar o Vale? Todos aqui, os duendes, os elfos, os bichos, as plantas,  precisam de nós”. Ela explicou:  “Nem tanto, meu Bruxinho. Tudo aqui já está pronto, não falta mais nada. Além do mais, viremos sempre aqui ver como está, e eles saberão onde nos encontrar. Queira muito ter um lugar só nosso, para nossa privacidade, nossos momentos de aconchego”. O Bruxinho, pensou, pensou, e como não gostava de contrariar a amada, concordou:  “Está bem, meu bem. Amanhã cedo saímos a procurar uma bela árvore e fazemos nossa casinha”. Ela sorriu:  “Amanhã não. Agora. Eu já sei onde tem um casinha pronta. E já até preparei o cavalo”. O Bruxinho ficou surpreso:  “Essas mulheres. Sei  não, viu? Vamos então. O que será que essa Fadinha está aprontando?”. Cavalgaram por um bom tempo até avistarem um enorme carvalho sustentando uma casinha charmosa. A Fadinha não parava de rir vendo o Bruxinho cada vez mais boquiaberto sem saber que ela havia preparado tudo  . Subiram a escadinha, e entraram. Ele disse: “Que linda casinha, Fadinha amada! Sinto os toques de uma Fadinha aqui. É minha impressão ou foi você quem mandou fazer? Era aqui que você vinha todas as manhãs?”. Ela enlaçou seu pescoço com os braços:  “Sim... eu precisava acompanhar o andamento. Mas a surpresa não para aí. Vem...”. Puxou-o pela mão e quando entraram no quarto, ele viu uma cama muito grande e larga, de almofadas branquinhas em forma de coração escritas “Eu Te Amo”, o lençol também  branquinho cheio de pétalas de rosas vermelhas que ela cuidadosamente espalhou.  Ela preparou um leito de amor. Ele se engasgou  emocionado, ela nem o deixou falar, abraçou-o  de novo, dizendo. “Sabe por quê tudo isso? Porque eu quero um bebê. Somos felizes, mas seremos ainda mais. Um dia vamos ficar velhinhos,  e o amor tem que continuar. Vamos perpetuar nosso amor nos nossos filhos”. Ele abraçou-a forte, beijou-a com intensidade. “É claro que eu também quero um bebê. Vamos, nosso leito está chamando”. Sempre tinham linda noites de amor, mas aquela foi diferente. Toda a natureza se aquietou, parecia  respeitar aquele momento sublime de amor. Nada se mexeu. Nem os bichos piaram, nem o vento mexeu na folhagem, não se ouvia nem o riacho.  Apenas os murmúrios de duas bocas que não se deixavam. Os meses foram passando e os comentários não só no Vale, mas em todos os reinos, que ela era a grávida mais linda de todos os tempos, e o Bruxinho, o marido mais “babão”.  Enfim nasceu. Ou melhor... nasceram. Um menino  e uma menina muito lindos. Era só o que faltava para enfeitar aquele Vale Encantado, a Fadinha e o Bruxinho terem um filho, mas a alegria foi em dobro, eles tiveram gêmeos. Acariciando os filhos com uma mão, e com outra respondendo o afago do Bruxinho em seu rosto, ela perguntou:  “Eles são lindos. Será que terão magia como nós? Será que também serão Fadinha e Bruxinho como nós?”. Ele respondeu:  “Se vão ter o dom da magia não sei dizer... mas seu encanto eles já têm”. Ela jogou um beijinho, dizendo:  “Encanto que boa parte foi você quem me deu. Eu te amo Bruxinho... para sempre”. A notícia correu por todos os reinos, todos foram visitá-los , inclusive aquele Rei  ex-malvado que ficara bom no texto anterior, que disse: “Tive um sonho revelador, sei que foram vocês quem me amaciaram o coração, que puseram a poesia em mim, sou-lhes muito grato. Como agradecimento, gostaria, assim que puderem, quando seus filhos tiverem um tamanho maior, que fossem todos morar no meu reino, lá tem muita alegria, fartura... e poesia. Nem precisarão abandonar  seu Vale Encantado, podem visitá-lo sempre que quiserem”. Com dois aninhos de idade, a Fadinha e o Bruxinho se convenceram que seria mesmo melhor para seus filhos, crescerem num lugar chamado REINO DA POESIA.
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Está parecendo a saga de Harry Potter...  rs rs Mas a minha saga só tem amor. E é o que vou fazer enquanto estiver  vivo: Escrever sobre o amor, porque é para isso que um poeta nasce.