Quando a gente pensa que já viu tudo, vem mais uma tragédia e choca o país. Evidentemente, as perícias ainda não foram concluídas, e é prematuro afirmar algo agora, mas há indícios fortes, segundo a própria polícia, de que o menino de treze anos matou a família e depois se matou. Uma informação triste, porém, já é certa: O pai ensinou o menino a atirar. Caramba, quando eu tinha treze anos só pensava em brincar. Vão me chamar de saudosista ou retrógrado, mas, muito pelo contrário, sou futurista, e por isso, eu pergunto: Aonde vamos? Que sociedade estamos criando? O que seremos daqui há trinta ou cinquenta anos? Aonde vamos com esse "pode tudo'? Como diz a música do Renato Russo, “ viveremos entre monstros da nossa própria criação". Parecemos uma carroça destrambelhada morro abaixo, e o abismo parece não ter fim. Pelo menos se tivesse fim, a gente saberia de onde recomeçar, mas só estamos afundando, sem prumo. Para quê tanto modismo? Conseguiram glamourizar UFC e MMA, duas coisas sangrentas que ousam chamar de esporte. Para quê tanto materialismo? Para quê tão pouca espiritualidade? Para quê tanta banalidade? Para quê tanta vulgaridade? Na simpática visita do Papa, toda a mídia não parou de falar que a igreja precisa se modernizar, adaptar-se aos novos tempos, que a sociedade hoje é outra. Eis aí, mais uma inversão de valores, a igreja, seja católica, evangélica ou outra qualquer, não tem que se adaptar aos fieis, são os fieis que têm que se adaptar à igreja. Se vamos trabalhar numa empresa, não precisamos seguir as normas da empresa? Por que na religião tem que ser diferente? A igreja pode até sim rever algumas coisas, mas não pode quebrar sua espinha dorsal. Estou longe de ser perfeito, mas penso que o caso desse menino ( repito, nem sabemos se foi ele mesmo ) não é um fato isolado, faz parte de um caos, de um processo negativo que vai se aumentando como bola de neve na sociedade, e considero, a falta de religiosidade, de espiritualidade, o principal fator que desencadeia toda essa violência, essa depressão geral. Concluindo, não consigo imaginar que o menino causou aquela tragédia, aliás corrijo, não é que eu não consiga, na verdade eu não quero imaginar, gosto de imaginar meninos brincando, pois foi isso que eu mais fiz na minha infância, com meus carrinhos de madeira que eu mesmo fazia, com minhas bolas murchas e com minha pipa que sumia no céu. Puxa vida, era tão fácil ser feliz! E hoje está tão difícil! Para quê tanta tecnologia? Para quê tanto consumismo? Não sou contra o progresso, aí sim, estaria sendo retrógrado, mas sou contra a coisificação da felicidade.
ESCREVER É DIVINO!
CAMINHOS DE UM POETA
terça-feira, 20 de agosto de 2013
AONDE VAMOS?
Quando a gente pensa que já viu tudo, vem mais uma tragédia e choca o país. Evidentemente, as perícias ainda não foram concluídas, e é prematuro afirmar algo agora, mas há indícios fortes, segundo a própria polícia, de que o menino de treze anos matou a família e depois se matou. Uma informação triste, porém, já é certa: O pai ensinou o menino a atirar. Caramba, quando eu tinha treze anos só pensava em brincar. Vão me chamar de saudosista ou retrógrado, mas, muito pelo contrário, sou futurista, e por isso, eu pergunto: Aonde vamos? Que sociedade estamos criando? O que seremos daqui há trinta ou cinquenta anos? Aonde vamos com esse "pode tudo'? Como diz a música do Renato Russo, “ viveremos entre monstros da nossa própria criação". Parecemos uma carroça destrambelhada morro abaixo, e o abismo parece não ter fim. Pelo menos se tivesse fim, a gente saberia de onde recomeçar, mas só estamos afundando, sem prumo. Para quê tanto modismo? Conseguiram glamourizar UFC e MMA, duas coisas sangrentas que ousam chamar de esporte. Para quê tanto materialismo? Para quê tão pouca espiritualidade? Para quê tanta banalidade? Para quê tanta vulgaridade? Na simpática visita do Papa, toda a mídia não parou de falar que a igreja precisa se modernizar, adaptar-se aos novos tempos, que a sociedade hoje é outra. Eis aí, mais uma inversão de valores, a igreja, seja católica, evangélica ou outra qualquer, não tem que se adaptar aos fieis, são os fieis que têm que se adaptar à igreja. Se vamos trabalhar numa empresa, não precisamos seguir as normas da empresa? Por que na religião tem que ser diferente? A igreja pode até sim rever algumas coisas, mas não pode quebrar sua espinha dorsal. Estou longe de ser perfeito, mas penso que o caso desse menino ( repito, nem sabemos se foi ele mesmo ) não é um fato isolado, faz parte de um caos, de um processo negativo que vai se aumentando como bola de neve na sociedade, e considero, a falta de religiosidade, de espiritualidade, o principal fator que desencadeia toda essa violência, essa depressão geral. Concluindo, não consigo imaginar que o menino causou aquela tragédia, aliás corrijo, não é que eu não consiga, na verdade eu não quero imaginar, gosto de imaginar meninos brincando, pois foi isso que eu mais fiz na minha infância, com meus carrinhos de madeira que eu mesmo fazia, com minhas bolas murchas e com minha pipa que sumia no céu. Puxa vida, era tão fácil ser feliz! E hoje está tão difícil! Para quê tanta tecnologia? Para quê tanto consumismo? Não sou contra o progresso, aí sim, estaria sendo retrógrado, mas sou contra a coisificação da felicidade.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
7 comentários:
Vivíamos numa realidade que o psicólogo, analista, psicanalista, e psicopedagogo era o "chiquinho do cabide", chinelo e vara de marmelo. Eram profissionais bem competentes e todo mundo conhecia suas didáticas e tratamento.
Infelizmente o mundo moderno não tem tempo para educar as crianças e elas se tornam então, vítimas da própria falta de limites.
bjkas doces
Bom dia, assim como voc~e, acho que as pessoas precisam de ter uma fé, um caminho de luz, pois consumismo impera e a educação num todo se perde.
Perderam-se os valores, o respeito num todo, salvo exceções, mas tá dificil.
Excelente explanação no seu texto bem composto.
bjs
Ritinha
Vivemos eras de mudança e onde tudo é possivel
Há que escolher caminho, respeitar, não julgar e ser feliz.
Beijo
Oi amigo,
Podem me chamar de saudosista e retrógrada, mas eu criei meu filho a moda antiga. Tem toda a tecnologia e estudou pra caramba, mas quem pagou fui eu nos meus 39 anos de trabalho, portanto enquanto estiver na minha casa exijo respeito. Será que sou ruim? Ele é tão querido na cidade pela sua educação...
Tudo leva crer que foi ele mesmo, mas...
Quanto a minha postagem, não tenho talento nenhum, não gosto de escrever poesias, quase não as rimo, o meu fraco é miniconto.
Obrigada pela visita, vou colocá-lo na minha lista de amigos para não perder suas postagens.
Obrigada
Beijos
Lua Singular
Oi Amigo,
Enquanto eu estava cá, você estava lá.
Obrigada pelo comentário
Beijos
Lua Singular
Gostei dos teus questionamentos e colocações!A falta de limites e o aparente medo que os pais tem dos filhos, de magoá-los, etc, faz isso!
abraços.chica
Olá Carlos
Perfeito seu texto, e sua angústia acredito ser a mesma de muitos de nós, as coisas estão ficando cada vez piores, e a luz no fim do túnel, está difícil de enxergar.
Abraço
Postar um comentário