ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

UMA SEMANA EM VÊNUS- ERÓTICA MENTE


A minha erótica mente
deseja você eroticamente.
A minha louca e plena mente
deseja você plenamente
habitando o novo éden,sem pudor
sem regras para o amor,
saboreando qualquer fruta
bebendo de qualquer fonte.
Um sexo sem juízo, sem nexo
cinturas fazendo côncavo e convexo.
Por cima ou por baixo,
como seu homem me encaixo
entre pernas e braços
da forma que nos convém
Vênus é seu nome.
Eros é meu nome.
Nessa hora somos deuses um do outro... e escravos também
E o desejo e o fogo que nos consomem
não se apagam, cada vez mais propagam esse afã
esse entrega total,
total mente
plena mente
erótica mente.
//////////////////

ENCERRADA A SEMANA EM VÊNUS.

VEM AÍ MAIS UMA NOVELA. AGUARDEM!!! BREVE!!!

TÍTULO " DESTINOS CRUZADOS "

sábado, 29 de janeiro de 2011

UMA SEMANA EM VÊNUS- UM BANHO DE AMOR


( imagem glimbo.com )
Tire minha camisa.
Entre nós, só a brisa
nesse quarto tão meu, tão seu, tão nosso.
Tudo que você pode, eu posso.
Tudo que você pede, eu faço.
Vale tudo nesse abraço.
Chove lá fora? Eu não sei.
Isso não importa pra gente.
Faz frio ou faz calor? Também não sei.
Só sei que aqui dentro está quente
e transborda amor.
Que delícia essa taça
onde minha boca louca passa e repassa
sorvendo cada gole do seu champanhe.
Venha, me acompanhe,
que eu também lhe acompanho.
Venha ser meu sabonete nesse banho,
onde a gente mistura bocas, cinturas e dedos,
compactuando nossos mais íntimos segredos.
Lá fora o tempo passa, mas ainda é cedo,
a gente ainda nem começou.
Você é louca por mim,
maluco por você eu sou.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

UMA SEMANA EM VÊNUS- UM MAIS UM


( imagerm google )
Florzinha, florzinha.
Quando te senti no meu olfato
Quando te percebi debaixo do meu paladar
Não tinha como não cheirar, não beijar.
E tudo foi fato, foi tato.
Beijei-te como passarinho voraz
Tudo tão teso, aceso.
E a flor não se satisfaz
pede tudo, pede mais.
Parece querer mais que o próprio passarinho
que se embriaga desse mel.
E tudo inspira, transpira.
E vira...
O céu está no chão,
O chão está no céu.
Nosso jardim é uma ilha
a centenas de milhas do pudor,
é nossa redoma do amor.
Namorados se amando a esmo
Olho o espelho e percebo,
no nosso quarto...
um mais um, é um mesmo.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

UMA SEMANA EM VÊNUS- CAVALGANDO


(IMAGEM papeldeparede/fotosdahora.com.br )
Venha, menina, vamos cavalgar nas rédeas do nosso amor
contemplando o horizonte em esplendor.
Não é preciso ter medo, isso não cabe
amar não tem segredo, é apenas deixar-se levar.
Para você que não sabe, a gente começa devagar.
Depois vai aumentando, eu seguro em sua cintura
assim se sentirá segura, nem vai ver o tempo passar.
Quando sentir um fogo, não se assuste, é o sol.
Apenas se ajuste ao brilho do farol,
o farol que nos ilumina.
Venha, menina, o prazer se descortina
e nos mostra um horizonte
o que é lindo está atrás do monte,
mas para que eu possa lhe mostrar, é preciso cavalgar.
Use seus dotes de mulher, feche os olhos se quiser,
apenas sinta como estou teso
encaixado, agarrado, coeso
aos seus prazeres, ao seus dizeres.
Se sentir alguma onda, uma energia pelo corpo
estaremos perto do topo do nosso cavalgar.
E a gente desce, e recomeça, porque a gente merece...
merece gozar...
como é bom gozar a vida,
de uma forma assim, desinibida,
mas é preciso cavalgar.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

PRELÚDIO DE AMOR


( imagem google )
Que maravilha o fim de tarde
que enxovalha, invade.
A vermelhidão no céu... não é por acaso
ao contrário de quando eu desenhava em folhas de papel.
O sol me dando “tiau” dizendo que ocaso não é o fim
é o prelúdio da vida que se renova em mim.
Ele me diz que volta amanhã, logo de manhã
trazendo na brisa um cheiro de hortelã.
Brincando entre nuvens, lá vem a lua elegante
num outro instante me dizendo “olá”.
Ela vem com seus raios, meus lençóis clarear.
É tão bom quando ela vem.
Eu, simpático, enfático, digo “olá” também.
Estrelas coadjuvantes parecem valsar em torno da lua,
em conjunto clareiam minha rua
tornando-a mais bela ainda.
Ah, como a noite está linda!
Merece até uma prece.
Enfim amanhece...
Sinto-me um girassol sob esse arrebol
de tão perfeito dia.
Parece que Deus me fez uma poesia.
Como são belos, o rio, a montanha, as borboletas
os lírios no campo, as violetas.
E o que dizer desse cheiro de jasmim?
A vida me chama e eu digo SIM.
Como é lindo esse viver!
Como é forte o meu querer!

domingo, 23 de janeiro de 2011

ERA UM BOTÃOZINHO


(imagem google )
Não sei quem estava mais ansioso.
A flor ou o beija-flor.
Ambos queriam se dar, se ter, se receber.
A flor até então era só um pequeno botão.
Sensível, amável.
O passarinho parecia sedento, insaciável,
mas soube tocar... com maestria, com poesia.
Não podia um lindo botão se machucar.
E assim, sem deixar de ser intenso,
sugou na medida certa.
E o botão que apenas sonhava
com um amor imenso, um grande desejo
depois daqueles beijos virou uma flor aberta.
O passarinho teve que partir no fim da tarde,
a vida infelizmente tem disso
e agora, no peito dois uma vontade arde.
Ele vai voltar.
Ele quer, a flor quer
e novamente vão se ter, se dar, se receber.
Amor a quem sabe dar amor.
Foi assim o primeiro encontro
do passarinho com a flor
////////////////////////
QUE LEMBRANÇAS!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

TRANQUILIZANDO OS AMIGOS

Olá,amigos. A dor de cabeça passou. Obrigado por se preocuparem. Acho que é stress, também sem folga há 26 dias, às vezes acordando às quatro e meia da madrugada, indo até as 23h, não era para menos. Duplo problema, pois com isso não fiz mais caminhada que tanto gosto. Mas a partir de terça 25, ficarei quinze dias de folga. Mudando de assunto, se vocês vissem a imagem que vi ontem à noite atravessando na balsa: A lua cheia sobre o mar, estava tão clara que o mar parecia uma estrada larga e longa que saía lá no horizonte. Fiquei apaixonado, não só eu, mas todos os que estavam na balsa. Meu Deus, que coisa linda! Parecia que o mar e a lua estavam fazendo amor de tanto esplendor.
E tem gente que não acredita em Deus.
Um abração, amplo, geral e irrestrito.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O POETA E O ROQUEIRO


Bem, esse aí é meu amigo, Ron Woods. Sim, ele mesmo, guitarrista dos Rolling Stones. Bem, convenhamos, claro que ele não é meu amiiiiiiigo. Com certeza já tirou fotos com centenas de pessoas e talvez nem se lembre de mim, sou realista, apesar de que foi embora dizendo que gostou do lugar e pretende voltar e me disse um "bye bye" de longe muito legal. Resolvi chamá-lo assim pela simpatia, pela acessibilidade, pelo astral de gente feliz que ele tem. Não é à toa que tem 65 anos e tocando como toca. Bom que todos os artistas fossem assim. O cara sonha em ser famoso, dar autógrafos, sair nas revistas e quando consegue, trata mal os fãs. Não são todos, mas a grande maioria. Por isso nunca fui tiete, mas gosto de conversar ou tentar conversar com essas pessoas famosas. O que tem de homem que ri e chora na tv e é sem educação ao vivo, é brincadeira. O que tem de gostosona chata, é pior ainda. Isso não importa. Problema deles, se pensam que não somos iguais, estão enganados, vamos todos para um lugar só, com dinheiro ou sem dinheiro. Cada um sabe o que é e o que quer nessa vida, mas acho que o artista precisava ser na mesma proporção que o fã é com ele. Devia ser uma corrente de energia de mão dupla, como duas pontas de um mesmo cordão. Digo isso sabem por quê? Eu não sofro com isso, sou calejado, menino esperto, mas dá uma dor tão grande no fã quando é maltratado. Vou contar caso rápido meu. Como diz a música, "quem nunca sonhou em ser jogador de futebol?". Eu, criança, num jogo festivo em Ipatinga, cheguei perto de um jogador famoso que eu gostava muito, e ele me deu um pequeno empurrão. "Sai pra lá, moleque". Eu abri a boca, chorei mesmo. Um adulto disse me passando a mão na cabeça. "Liga não, menino. Esses caras são idiotas assim mesmo". Muitos anos depois, já adulto, no aeroporto, um comediante muito famoso, nem deu as caras para a meninada que chamava seu nome pela cerca de tela do aeroporto. Entrou numa limousine preta no próprio pátio e vi um segurança empurrando um menino, que como eu anos atrás, também chorou. Tadinho . Ele disse. "Ah, eu queria ver ele. Esses homens maus não deixaram". Claro que ele nem sabia que aquilo era ordem do próprio artista. Repeti para ele o que ouvi. "Liga não, menino. Esses caras são idiotas assim mesmo". Enfim, posso dizer que Ron Woods é um cara muito gente boa. Troquei no máximo uma quatro frases com ele, eu estragando o inglês e ele estragando o ‘espanhol’, porque tinha umas oito pessoas com ele e ele também é inquieto, não para de andar ou falar, mas foi o tempo todo muito simpático. E mais, na hora da foto, foi ele quem me abraçou. VALEU, RON WOODS!!!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

QUANTO CUSTA UM AMOR?- "TÁ PEGANDO FOGO!!!" ( É HOJE O FIM)


(imagem google )
Bem , a chamada já diz. É hoje o desfecho desse romance. Muitas dúvidas. Nem o autor ainda sabe. Ele tem perdido noites de sono para concretizar essa trama. Será que os namorados ainda vão se ver? Ou ficarão condenados a amarem à distância sem nunca mais se encontrar? Qual a reação dos pais deles? E eles, vão enfrentar a tudo e a todos em nome do amor? Por que ele não teria embarcado? Qual o grande segredo? Será que ela vai voltar, ou será que ele, não suportando tanta saudade resolve partir para a Europa? Ela vai perdoá-lo? Será que ela se casou?
Mas o grande mistério mesmo é: Porque os personagens ainda não têm nomes? Esse autor está maluco?

Prometo ainda para hoje o final. Não percam. Tá pegando fogo!!!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

SEMANA DA IDIOTICE- PIADINHAS IDIOTAS DO CARLOS


( "BOCHECHUDO DE MAMÃE")
Eu também tenho direito a dizer umas besteirinhas, né? Vamos encerrar a semana com humor. Humor com umas piadinhas fracas dessas?
//////
No velho oeste, o sujeito sério, tipo de bandido, vestido de preto das botas ao chapéu, chapéu que quase cobria os olhos, entrou no saloom, passos calculados, mãos nas armas, olhando para os lados, palito na boca, barba por fazer, encostou e disse com voz grave, dando um tapa no balcão. “Bota um whisk aí”. Os fregueses assustados com tal figura e o barman mais ainda, trêmulo serviu-lhe uma dose. Ele fala mais grosso. “Enche esse copo seu idiota”. “Sim.. sim...senhor. Pois não”, atendeu logo o barman. Jogou umas moedas no balcão e foi saindo. E cadê o cavalo do homem? Algum maluco roubou o cavalo do cara. Quem foi o doido? Ele voltou no mesmo passo frio, encostou de novo e disse alto para todos, dando um murro no balcão.. “Meu nome é ‘Jack, O Solitário’. Entrei nessa cidade para tomar um whisk e roubaram o meu cavalo. Vou dizer uma coisa. Vou tomar mais uma dose, se meu cavalo não aparecer, vai acontecer o mesmo que aconteceu lá em Dallas”. Todos tremeram, o barman coitado, molhou-se todo. “Bota mais uma dose aí”. Cla-cla- claro, senhor. E nem precisa pagar, é cor-cor-te-te-sia”. Tomou a dose e saiu arrrastando os pés de novo. Quando chegou lá fora, lá estava o cavalo, amarradinho onde havia deixado. Já lá fora, um curioso (sempre tem um curioso), perguntou. “Jack, o que foi que aconteceu lá em Dallas?”. Ele olhou pros lados e cochichou-lhe no ouvido. “Eu fui a pé pra casa.
////////
Essa é velha. Sabe aquelas viagens longas, tipo GV/Porto Seguro que demoram umas doze horas? O cara estava tentando dormir, mas um casalzinho apaixonado namorando na poltrona de trás não deixava. A menina. "Benhêêê. Meu pescocinho tá doeeeendo". O namorado. "Eu dou um beijinho que sara. Sarou?". E ela. "Sarou mozinho". Passam uns minutos. "Benhêêê. Agora é meu ombrinho". E ele. "Ô mozinho.Dou mais um beijinho e sara. Sarou?". "Sarooooou". 'Ai que saco', o cara resmunga. "Benhêêê. Meu cotovelinho tá dodoi. Dá um beijinho pra sarar, dá?". E ele. "Dou quantos você quiser, meu denguinho. Sarou?". "Hummm. Sarooou". 'Ai que nojo', resmunga de novo o viajante. "Benhêêê. Meu joelhinho tá doeeendo. Dá um beijinho com sua boquinha milagrosa?". O cara não aguentou. "Ô boca santa, pode curar uma pereba na minha canela pra mim?"
//////////
AULAS DE “INGREIS”.
O inglês é fácil e é muito mais parecido com o português do que a gente imagina. Vejam algumas traduções:

FOLDER: É definição para o cara que é fera, barra pesada em algo.Exemplo. "Como ele joga bem, ele é folder". Ou então quando um amigo repreende outro por alguma falha. “Pô, cara , você não foi jogar, você é folder”. E ele responde. "Sou não, sou foldinho. Meu pai que é foldão".

ALMOST: Já são onze horas. Tá na hora do almost

HUNGRY: É mais uma gíria, ligado ao termo de cima. Um doidão faminto conversando com outro. "Pô, cara. Pode crer. Tô no maior hungry".

TEA: Pernambucana conversando. Estou com saudades de minha tea.

MAY DAY- Piloto de avião quando vê que a queda é inevitável: "May day, may day, may day mal, vou morrer".

BEGIN: Pequeno orifício acima da cintura no começo da barriga. Por exemplo, o namorado fazendo um galanteio à namorada. “Você tem o begin lindo”.

Ai, ai. O que faz uma falta de inspiração.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

SEMANA DA IDIOTICE- ESCLARECIMENTO


É mais um esclarecimento, para não ficar como um chato que não gosta de nada. Claro que todos veem o que querem e não estou dizendo que ninguém é burro só porque vê TV. Eu mesmo quase sempre durmo com ela ligada, claro, eu filtro o que quero ver, conforme meu gosto particular e assim todos o fazem. Tentei falar da massificação, da bitolação e não só das novelas ou do programa que citei, tem até piores. Até nós que temos boas cabeças caímos nas armadilhas da mídia, é um domínio psicológico muito forte. Essa coisa de intelectual é meio pseudo também. Intelectual pra quê ou pra quem? É inegável que Hitler era intelectual. Einstein também. Vejam o antagonismo. E para ninguém pensar que estou pegando no pé das mulheres, repudio homens que só falam em futebol o dia todo, enquanto deputados ganham aumentos de 60%, enquanto pessoas morrem nas enchentes no RJ, enquanto gente morre nas filas dos hospitais,etc, etc, etc. Sou contra o monopólio mental. Eu não me permito ver só um canal de TV, não me permito ler só uma revista ou jornal, porque concordo com Nelson Rodrigues, “toda unanimidade é burra”. Vou repetir. Tinha uma chamada na TV mais ou menos assim. “Beba futebol, coma futebol, respire futebol, seja futebol”. Não é um exagero? Aí os torcedores do Grêmio deixam de trabalhar para ir para a frente da sede do clube para protestar contra Ronaldinho Gaúcho por preferir o Flamengo, chamando de traidor , etc. Ora, essas pessoas não têm trabalho, não têm problemas em casa? Antes que gremistas briguem comigo, é assim com torcedores do Flamengo, do Atlético MG (argh), do Cruzeiro( aêêê), do Corinthians, ou seja falo de forma geral. Não deixe de responder a uma pergunta de seu filho só porque seu time está jogando. Um traficante pode responder a ele em seu lugar. Não deixe de dar o remédio ao seu pai porque está vendo o reality. Não deixe seu esposo ou esposa esperando no quarto, enquanto você vê o galã ou a gostosa da novela porque o tesão passa e no outro dia é briga na certa. As pessoas estão se afastando. Será que os pais de hoje ensinam os filhos a rezar (ou orar como queiram chamar)? Para encerrar, vou dar um exemplo pessoal recente. Sou fãzaço ( ou era) do Elton John, sei quase tudo da carreira dele, acho um monstro musical, completíssimo, gosto muito de piano e ele toca com uma leveza, além das belas letras que compõe. A música Skyline Pigeon, eu sei a tradução desde os 14 anos de idade, ficava com dicionário na mão traduzindo. Mas depois que andou falando besteiras sobre Jesus Cristo, minha admiração caiu 90%. Isso é a prática da “não bitolação”, gosto do cara, mas se fala besteira, estou fora dele. Ninguém ou nada externo me influencia e eu acho sim que a TV tem um poder perigoso sobre as pessoas. A gente precisa é estar atento consigo mesmo. Um abraço a todos(as). Amanhã mudo o tema, esse assunto de tv já me encheu o saco também. Desse jeito eu fico bitolado ao contrário rs rs

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

SEMANA DA IDIOTICE- IS A BEAUTIFUL DAY


( Com certeza, esse da foto não é um idiota)
( imagem google )
Parece castigo. Só porque ontem falei da idiotice na tv, quase que minha noite acabava mal. Liguei para uma pessoa que admiro muito e não pôde me atender porque estava assistindo o bbb. Isso, pus minúsculo de propósito porque é assim que vejo essas programas. Porque não me interessa ver como um bando de anônimos que não têm nada a me oferecer, se porta dentro de uma casa fechada, e um deles vai ganhar um milhão depois de falar um monte de palavrões, ameaçar fisicamente os outros, de transar debaixo dos edredons, de tomar muito whysk e esculhambar a palavra família já tão deturpada nas novelas. Ou saber quem será a próxima a posar nua na revista. Quem gosta me desculpe, mas quem gosta não pode cobrar ética das pessoas, nem pode exigir conduta moral de seus filhos, nem reclamar de violência urbana,ne se queixar da cultura no país, porque isso é a prática da anticultura. Sinceramente, eu não consigo ouvir uma palestra do Padre Fábio de Melo, por exemplo, e depois assistir a um programa desses. Ou sair de um culto evangélico e correr pra frente da tv e ver lixo mental. Seria incoerência comigo. Ou eu sou, ou não sou . Bem, também não vou mudar a cabeça do Brasil. Não consegui nem de uma pessoa, imagina de um país. E a idiotice vai bater 100 pontos de audiência. Continuo admirando essa pessoa, vejo as pessoas pelo lado bom delas. Mas falei. “Até você gosta disso?”. Pois a pessoa respondeu. “Ah, adoro”. Bem, deixa pra lá. Não deixei minha noite ser estragada porque tive dois momentos bem legais durante o dia. Um amigo que se formou comigo, com quem não falava há uns oito anos, me descobriu e falamos muito ao fone e se eu disser o monte de elogios que ele me fez, vocês vão dizer que eu estou muito metido. Eu adoro elogios... verdadeiros. O segundo. Estive frente a frente, a ponto de dizer "olá", pegar na mão e ele dizer "Hi, my friendy. How are you. Is beautiful day", vocês não imaginam. Eu jamais imaginaria. Esse cara aí da foto, guitarrista dos Rolling Stones. Ron Wood. Um cara muito simpático, sorridente, acessível, gente boa demais. OLha, fiquei emocionado sim. Carlos tiete? Sim às vezes, rs rs... de gente talentosa e educada, sou sim. Eu já o admirava de ver um cara de 65 anos de idade tocando rock com tanta disposição. Isso é amor à arte e tudo que é arte eu dou valor. Rolling Stones é a banda maIs antiga do mundo e a única que rivalizava com os Beatles, isso não é para qualquer banda. Mick Jagger é outro fera. Só não tive como tirar uma foto ainda com my friend Ron Wood, não posso sair muito do meu posto de trabalho e eu estava sem celular, sem máquina no momento. Disse a ele que o admirava e ele agradeceu muito. Mas vou tentar de todo jeito tirar uma foto com ele quando for embarcar de volta. Prometo postar a foto aqui. E claro, tentar dizer a ele que sou poeta. E agora vou pesquisar sobre a carreira dele, gosto dessas histórias de rock. Graças a Deus, aliviou a idiotice da semana.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

SEMANA DA IDIOTICE- PEQUENA HOMENAGEM À TV BRASILEIRA


Às vezes tenho vontade de ter sido um John Lennon. Não por idolatria, mas porque viveu como quis e foi feliz por não abrir mão de sua felicidade só porque o mundo rege leis ou estigmas. Calma, o Carlos não está com crise de identidade, ele ama ser quem é. Gostaria de estar alheio ao mundo convencional. As pessoas, nós todos, governos, cidadãos comuns, polícias, padres, pastores, criamos modelos de sociedade como, isso pode , isso não pode, ipod, aí não pode, como casamento, igrejas, emprego, sexo, padrões de beleza, etc... e essas coisas nos prendem. Criamos gaiolas para nos prenderem e no final todo mundo infeliz. Eu duvido que as pessoas façam o que querem 100%. Eu já ouvi algo sobre mim a respeito disso. "Você é feliz porque você é alheio às coisas à sua volta". "Você escolhe o que quer viver, ver e ouvir". "Parece que você é blindado. "Você não liga para o que a maioria desmaia de emoção e você é a mais pura emoção". E outras mais, como se eu fosse um superhomem. É verdade, não dou mesmo bola para a banalidade, mas estou longe de ser a pessoa que citei acima, ainda não evoluí a isso. Outro dia vi uma reportagem na tv ( de vez em quando a tv tem algo bom) sobre uma música de John Lennon que eu e um amigo lá pelos quinze anos de idade analisávamos. Nessa música, Lennon mostrava todo seu desânimo e revolta com as coisas e pessoas que ele supostamente acreditava e gostava. I DON'T BELIEVE (EU NÃO ACREDITO), reflete bem o estado psicológico, emocional e até social do artista. Bem, só ele saberia dizer o que pensou quando fez a letra. Feliz é que não estava. A reportagem é incrivelmente exata com o que penso. John Lennon chamou de banalidades um monte de coisas de sua época. E olha que a mídia nem tanto atuava como hoje na intenção de bitolar as pessoas. Mas a mídia é a única culpada? Não. Bitola porque as pessoas deixam, gostam de serem tolas. É igual hipnose, só é hipnotizado quem está propenso a isso. Nesse momento estou de olhos e ouvidos fechados. Como John Lennon, eu também ando muito desanimado com o grande menu de besteiras e mentiras que nos oferecem. E minha alma está faminta de coisas boas. “Mas é só pegar o controle remoto e desligar a tv, Carlos”. Eu faço isso, mas o problema é que vai todo mundo para o mesmo lugar e eu fico sozinho. Se houver uma chance de nascer de novo, eu quero nascer burro. Burro sofre menos. Inteligente? Talvez eu seja, mas com tendência à solidão. Aliás sou sim, não vou usar a palhaçada da falsa modéstia, odeio isso também, mas meu reality show é todo dia e as cenas do próximo capítulo da novela da vida real não são manipuladas. Detesto tudo que me engana. Devo estar ficando velho. Não, não é problema de idade, chato eu sempre fui. As pessoas vivem me dizendo isso, mas não tenho culpa de querer ser o centro das atenções. Como John Lennon eu também tenho minhas carências. Eu também NÃO ACREDITO em nada disso tudo que está aí, mas acredito no que vejo no espelho e digo para mim mesmo as coisas que preciso ouvir.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

SEMANA "AVENTURAS DO CARLOS"- O DIA EM QUE QUASE FIQUEI RICO


Acredito que as situações acontecem para testar a gente, nossa conduta, nossas opiniões. Você só vai se conhecer quando essas situações acontecerem. Aí sim você verá se é reto naquilo que diz. Comecei namorar uma garota que para estudar morava com a tia, e nos finais de semana ia para casa na roça. Dizia a todo mundo que namorava um poeta. Daí uns três meses ela me chamou para conhecer sua cidade, sua família, etc. Tive que pegar dois ônibus apesar de não ser muito longe. Aproveitei o feriado, cheguei ao sábado, ela já estava lá. Fui muito bem tratado por todos, inclusive o pai, no estilo fazendeiro boa praça, feliz, de bem com a vida. Tocou até um pouco de sanfona depois do almoço. Única coisa que ele me disse a respeito do namoro, e com muito bom astral, com a mão no meu ombro, foi mais um pedido. “Cuidado com minha 'bonequinha', só tenho ela de moça”. Foi um sábado muito gostoso, de boas prosas e comidas saborosas, café de rapadura, broas de milho, doces etc. Deram-me uma bela cama. Enfim tudo perfeito. No domingo do mesmo jeito, café da manhã bem da roça mesmo. Uma família muito feliz eu percebi. Lá pelas nove horas fui jogar bola com os três irmãos da menina, voltamos às onze e tome comida e mais prosa. Passado um tempo, ela me chamou para passear e fomos andando até sair da pequena cidade. Chegamos a um pequeno despenhadeiro, de onde se via muito gado e plantações e ela me disse mostrando com o dedo de norte a sul. “Está vendo toda essa região, até naquele morro vermelho onde tem umas antenas?”. Firmei bem o olhar, acho que tinha uns dez ou doze kilômetros de extensão. “Sim, estou vendo. O que é que tem?”. Ela respondeu. Tudo isso é de meu pai”. Pronto. Eu estava namorando uma menina muito rica, e já não gostei, mesmo ela sendo tão gente boa e a família ter me tratado tão bem. “Isso não é para mim”, pensei.
Quando voltei para a cidade e contei pros amigos, os comentários foram quase os mesmos. “Você se deu bem”. “A sorte só bate na porta uma vez. É a sua chance”. Quando falei que eu não queria, o nome mais leve que ganhei foi de “burro”. Dizer que não fiquei tentado seria mentira, eu estava numa pindaíba danada, como se diz na gíria, estava no ‘bico do urubu’, mas não foi isso que aprendi. Aprendi a valorizar o sentimento e não coisas materiais e eu não gostava dela para casar. Com certeza, seriam dois infelizes com dinheiro, isso acaba refletindo um dia. O namoro não durou muito mais, talvez mais uns dois meses. Foi um rompimento sem grandes traumas, ela não insistiu muito, só nunca entendeu porque eu terminei. Eu também não falei os reais motivos Ficou minha amiga um tempo e depois sumiu. A 'bonequinha' segiu intacta.

domingo, 9 de janeiro de 2011

SEMANA "AVENTURAS DO CARLOS"- MEU AMIGO RICARDÃO


( imagem google )
Tinha uma amiga que dava festas em sua casa quase todos os finais de semana. Cada um levava algo e saía uma festona. Como eu e Marcos éramos uns dez anos mais novos que todos, éramos também meio reizinhos no meio dele(as) por isso. Uma dia Marcos se deu bem e conquistou uma bela mulher, alta, de corpo imponente. Ele chegou perto de mim na rodinha de violão todo empolgado, dizendo que ia sair com e ela e se eu não me importava de me deixar sozinho na festa. “Claro que não, seja feliz”, falei... “mas cuidado, tem jeito de casada”. “Como assim, jeito de casada?”. Na empolgação não me deu muito ouvidos. “Ela me disse que mora sozinha”. E foi. Dormi por lá mesmo. Já em casa mais tarde fui até ele para saber como foi a noite de amor. Ele me contou mais ou menos assim. “Me dei mal. Você é um cara de sorte, quando não arruma ninguém é para se livrar de confusão e eu quando arrumo, pego logo casada. Nunca passei aperto tão grande. Eu na cama com ela, cheio de amor para dar, ouvimos um barulho da porta da sala e uma tosse de homem. Ela se vestiu apressada dizendo. ‘Meu marido’. ‘Mas você disse que mora sozinha’. Ela disse. ‘Bem, moro, não o quero mais, mas ainda não está definido, ele não larga do meu pé, não sai daqui’. ‘E só agora você me diz isso?”, falei procurando a roupa. ‘Não dá para explicar agora, você tem que sair daqui. Ele vai te matar’. Fui à porta e ela. ‘Não, aí não seu doido. Vai dar de cara com ele. Tem que ser pela janela’. “Rapaz, a janela não cabia nem um gato e eu tive que passar por ela”. Ele falava de um jeito engraçado, como se tivesse vivendo tudo de novo, parece que o susto não tinha passado, e eu rolando de rir. Continuou. “Quando o marido pôs a mão na maçaneta da porta do quarto chamando por ela eu ainda estava só de cueca, com a calça, tênis e camisa na mão. Tentei passar pela janela, mas fiquei entalado, sem ar e a mulher empurrando minha bunda até que caí de cara na lama fedorenta no quintal do vizinho e um cachorrão bravo me encurralou no muro. Latindo demais até babando, joguei meu tênis zerado para ele ir atrás. Foi o tempo que tive para subir noutro muro que dava para a rua, ele voltou e ficou mordendo minha calça, as luzes da casa acendendo e gente gritando. ‘Ladrão, ladrão, pega o revólver’. Pensei, ‘estou morto’, mas consegui me livrar do bendito cachorro e pulei rolando no chão, me relando todo. Saí correndo e algumas pessoas saíram na rua, gritando. ‘Olha lá um cara pelado’. ‘Pelado não, a cueca que é branca’. Só sei que corri demais. Por sorte vi um táxi que no princípio não queria me levar pela situação em que eu estava, mas acabou me levando depois que vesti a calça. Tomei banho de álcool quando cheguei em casa”. Quando terminou, perguntei. “Pelo menos transou com ela?”. “Que nada. Foram só uns beijinhos. Beijinhos caros”. Ri e falei. “Mas eu avisei, ‘parece que é casada’. E ele. “Aproveitando, como você percebeu ou percebe quando é casada?”. Falei. “Isso não conto, segredo de estado, tem um jeitinho que só eu sei, mas não conto a ninguém, ainda mais concorrente”. Ele insistiu tanto, mas não falei nada. Bobo que era, não tem segredo nenhum, mas o deixei na dúvida até hoje.

sábado, 8 de janeiro de 2011

SEMANA "AVENTURAS DO CARLOS"- CARLOS X ASTOLFO


Namorar filha única é fogo. Um camarada me avisou. "Você está é maluco de namorar a filha do Astolfo". "Maluco por quê?", perguntei. Respondeu com jeito sério. "Filha única, xodó dele e o homem é bravo. Vai tirar sua cueca pelo pescoço". Não dei muita bola. "Conversa. Além do mais, se eu não conquistar o pai, também não mereço a filha". Chegou o dia, haviam se passado quatro meses, ele ficou sabendo do namoro e me intimou a ir lá. Ela e eu, sentados no sofá grande, de mãos dadas como nos anos 30, e ele no sofazinho à frente, torcendo o bigode com os dedos. A primeira referência dele foi ao meu cabelo.Você nao sente calor com esse cabelo?". "Pronto, começou mal", pensei. "Sinto sim, não consegui cortar, o salão estava fechado, cheguei tarde hoje". "E só tem um salão nesse bairro?". Respondi. "O senhor sabe. Cabeleireiro é assim. Quando a gente acerta com um, só quer ir nele. Amanhã passo lá mais cedo". Depois vieram as perguntas de praxe: 'trabalha em quê', 'mora onde', 'filho de quem', 'vai formar pra quê', e eu escorregando como quiabo. Quando pensei que a situação estava dominada, veio a mais tradicional. "Quais são suas intenções com minha filha?". Engoli seco, pedi água, eu precisava de tempo para pensar na resposta. Tomei e falei. "Bem, senhor Astolfo, o senhor pode ficar tranquilo... tranquilíssimo... que minhas intenções com sua filha são as melhores possíveis". A menina vendo que eu ia me enrolar, ajudou. "Pai, agora deixe a gente ir, o filme vai começar e o senhor não quer que a gente pegue a sessão das 9h, né? Acaba tarde". Não muito satisfeito, agora torcendo o outro lado do bigode (deve ser para acertar aquele bigode horroroso), consentiu. “Tudo bem. Às dez e meia em casa, hein?". Quando saíamos no portãozinho, me chamou. "Ei, rapazinho. Acabou enrolando e não respondeu. As suas melhores intenções podem não ser as minhas melhores intenções. Que raios de intenções são essas?". Pensei em pedir água de novo, mas ia pegar mal. A menina inteligentemente, interrompeu de novo. "Oh meu pai que amo. Ele disse melhores intenções de uma forma geral, abrangente. Quer dizer que fará de tudo para eu ser feliz. Quer melhor que isso?". Aliviado, completei com uma pequena besteira puxando o saco. "Viu como a filha do senhor é inteligente? Pelo jeito puxou ao pai". Ela quase saiu me carregando. "Vamos, estamos atrasados". Com o tempo, a pergunta foi ficando esquecida,felizmente, só não deixou de falar do meu cabelo, mas eu não cortava. Como alguém com um bigode daquele pode invocar com cabelo de alguém? Com o tempo vendo que eu era trabalhador, estudioso, Astolfo até ficou meu amigo. Quando o sogro bebe cerveja e torce pelo mesmo time, fica mas fácil.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

SEMANA "AVENTURAS DO CARLOS"- QUANDO UM NÃO QUER, DOIS NÃO BRIGAM. E QUANDO OS DOIS NÃO QUEREM, MELHOR AINDA

Já falei de Jaiminho aqui, que nossas famílias foram as primeiras a se mudarem para o bairro, etc. Só que ele me perturbava demais. Naquele dia estava pior, havia perdido para mim na birosca, no finquinho e no baralho. Aí não me deu sossego. Certa momento, de cabeça cheia, dei-lhe um empurrão dizendo “sai pra lá. Ele pensou que o havia agredido e me deu um soco... e mais um. Revidei, a gente se atracou e rolava pra lá, rolava pra cá, meninada gritava atiçando, até que vendo que ia perder feio para ele, fiz igual mulher: apelei para unhada e puxão de cabelo. Acontece que ele considerou que perdeu para mim, pois as marcas de unhas ficaram feias no seu rosto por vários dias e acabou sendo piada na escola e no bairro. Ele passava ao longe dizendo. “Vou te pegar, nem que faça cem anos”. A partir daí andei cismado, pé atrás com ele. Quando o via eu já ficava de punhos fechados para não ser pego de surpresa. Evitava ao máximo, procurava passar do outro lado da rua e ele sempre me olhando, como uma fera espreitando a presa. Se estava com a turma e ele chegava, eu já saia para evitar bate boca. Um dia não teve jeito. Lá vinha ele andando decidido, reto em meu rumo. Entreguei a bola pro Luizinho e falei. “Segura aí que acho que vai ter confusão”. Já chegou dizendo. “Carlos, quero falar com você”. Fiquei de prontidão, com uma perna apoiada mais atrás, a outra firme à frente e punhos fechados rs rs, parecendo o 'Sylvester Stanalona'. Ele se aproximou mais, eu me afastei. Ele insistiu, pôs a mão no meu ombro e falou. "Carlos, estive pensando. Como nós somos bobos. somos tão amigos, moramos de frente pro outro,crescemos juntos e não nos falamos há quatro anos. Dá aqui um abraço, amigo". Fiquei entre surpreso e emocionado. Surpreso porque logo o Jaiminho, tão rude, tão tapado, peralta o tempo todo, vivia fazendo armadilhas e pegadinhas, falando de abraço, de perdão, de amizade? E ao mesmo tempo emocionado porque nos quatro anos passados eu tive vontade de tomar a mesma atitude, só não pensava que ele fosse aceitar. Vivia com medo dele, pois sabia que ele não perderia outra briga para mim, ainda mais agora ambos com dezesseis anos, ele estava um negro ainda mais forte. Ele insistiu me vendo de boca aberta e olhos surpresos. "Vai me dar o abraço ou não, pô?". "Claro", respondi correspondendo. "Um abração no meu amigo para sempre". Essa foi minha única briga na vida. Mas como me serviu! Às vezes deixamos de dizer as coisas às pessoas, seja por timidez, seja por orgulho, medo talvez, e carregamos pequenas mágoas, totalmente tolas. A gente vive adiando e nem sempre a vida nos dá uma segunda chance de dizer essas coisas, e essas velhas farpas e arestas muitas vezes acompanham as pessoas até o túmulo. Aí bate a velha dor de consciência, quando um simples "me desculpa", ou "está perdoado", resolveria tudo. Isso sim é a verdadeira evolução humana, não a da competitividade, mas a da reconciliação sempre. Essas coisas não são externas. Ou estão dentro de você, ou não estão. Tudo que se constroi de material é muito frágil, passageiro, tudo isso ficará para trás um dia, mas as relações, essas sim, são fortes, intensas. O abraço é uma coisa muito doce, mas ao mesmo tempo muito forte. A graça de um sorriso desmonta trogloditas. Se o vulcão é intenso, a flor também é. Tem uma frase que o que ela tem de batida, tem de verdade: "Vivendo e aprendendo". Esse episódio me serviu para a vida, pois acabei aprendendo com uma pessoa muito menos letrada que eu, a dar uma segunda chance às pessoas e a mim mesmo. Tenho certeza que pelo menos de minha parte desfiz todas as arestas ao longo da vida. Meu túmulo terá no máximo um corpo inerte, isso é da lei divina, mas mágoas não caberão.

Gostaria de fazer a "SEMANA - AVENTURAS DO CARLOS", mais divertida, mas ando meio aborrecido. Agora são 03:15h de 07-11-2001.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

SEMANA "AVENTURAS DO CARLOS" - GATÃO LOIRO

Nossa turma preferia ir se divertir num outro bairro, distante uma hora a pé ou uns quinze minutos de ônibus. Tínhamos muitas amizades lá, principalmente com as meninas. Um dia disseram. "Estamos enjoadas das caras de vocês. Podiam trazer uns gatinhos diferentes pra gente conhecer, dançar, namorar". Pensei rápido e perguntei. "Querem mesmo ver alguém diferente? Pois vou trazer um cara, mais alto que eu uns dez centímetros, loiro, olhos verdes e boca carnuda. Quase desmaiaram. Cada uma dizia uma coisa. "Ah, Carlos apresenta pra mim. Meu Deus, como um gatão loiro desses não veio aqui ainda?". Outra. "Traga-o domingo senão fico de mal com você". Depois de muitos pedidos, prometi. O que elas não sabiam é que apesar de loiro e de olhos verdes, o coitado era feio pra caramba. Cabelo parecia cabelo de milho, fininho, espalhado e quase mostrando uma careca. Fundo dos olhos, branco, meio sem vida, apesar de verdes. Orelhas grandes como o Doutor Spok do "Jornada nas estrelas'". E a boca carnuda, bem até que era, porque era caída. Não que eu dê importância à beleza física, mas acho que fiquei meio com ciúme delas quererem conhecer outros caras e quis lhes pregar uma peça. Só sei que quase apanhei. Não, apanhei sim, uns tapinhas levei. Quando o viram meio de longe, ai ai. "Eu vou te matar, Carlos. Eu me preparei toda". Uma outra. "Eu devia ter imaginado que vindo do Carlos tinha algo errado". Entre tapas e beliscões, rindo de gargalhada, justifiquei. "Eu apenas dei o tipo físico do cara, daí a achá-lo bonito tem uma grande distância. Eu tenho cara de quem acha homem bonito? A avaliação é de vocês, não tenho culpa se não gostaram". Uma disse. "Melhor você ficar calado senão vai apanhar mais". E tome beliscão na costela. Depois no ônibus, ele quis saber porque elas me batiam, insistiu muito, acabei contando e perguntei. Você não fica chateado comigo não, né?". E ele simples e tranquilamente. "Fico não. Eu tenho consciência de minha feiúra". Depois disso ficou conhecido no bairro como gatão loiro.
Para vocês verem que beleza física não manda nada, casou-se com uma mulher muito bonita e tem dois filhos. Talvez feio,mas "perigoso". O importante é a lábia.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

AMOR NO ESPELHO


( IMAGEM google )
Me prendi de tal forma a você
que confundo minha pele com a sua
eis uma verdade pura, linda e nua.
Às vezes penso que meus olhos são seus
e que seus olhos são meus.
Somos espelhos fiéis um do outro.
Não, entre nós não há 'outro',
há um mais um fazendo dois em comum.
Estou no seu dia e você está em tudo que faço.
Dentro de nós, há um só coração
batendo num mesmo ritmo e compasso.
Somos o próprio amor.
No jardim da emoção,
eu sou o perfume... você, a flor.
Estamos sempre afim,
entre nós a resposta é sempre sim.
É assim que a gente se completa,
Vocè é a musa... eu,poeta.