ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

OH! MEU RIO DOCE...


Essa bela música do cantor/compositor/poeta Zé Geraldo, homenageia o Rio Doce que nasce no município de Ressaquinha, quase perto de BH, e desce o mapa banhando mais de 850 kms, percorrendo 230 municípios, dos quais 202 são em Minas Gerais, até se encontrar com o mar em Linhares-Es. Encontrava, não encontra mais. Hoje existe um grande banco de areia separando o rio do mar, eles não se abraçam mais, não existe mais o encontro mágico do rio com o mar. Era muito prazeroso viajar de trem de Governador Valadares para o Espírito Santo, margeando o Rio Doce, paisagens incríveis, e hoje posso dizer que é doloroso e assustador, o visual é desalentador, em vários pontos dá para atravessar o rio andando, no lugar do rio caudaloso, só se vê rochas. Às margens, os bois, deitados, tristes, parecem desanimar de procurar pasto. Garças não vi mais. Pela primeira vez não tive vontade de tirar fotos. Há uns dias vimos a Ibituruna, considerada a melhor rampa do mundo para a prática de voo livre, queimar quase inteirinha. Todos os anos, alguém, de propósito ou não, mete fogo nela. Nascentes destruídas, mata ciliar arrancada, assoreamento, dragas e mais dragas, e fica todo mundo de boca aberta perguntando o porquê da seca. Um incêndio não mata só a floresta em si, mata todo um sistema ecológico, há todo um ciclo entre solo, fauna e flora prejudicado. É claro que a seca deve ser passageira, assim espero, mas dói ver um rio que acompanho desde criança nas minhas viagens de trem, nessa situação, uma região de tanto verde que se tranformou em terra vermelha.
=
Para fazer justiça, Zé Geraldo nasceu na pequena cidade de Rodeiro-Mg, que fica entre Ipatinga e Caratinga, mas foi criado em Governador Valadares-Mg, a maior cidade banhada pelo Rio Doce. Zé Geraldo é meio roqueiro, meio roceiro, como ele mesmo diz, com "um pé no mato, outro no rock". Por causa de suas compopsições, é um de meus preferidos.
CURTAM A MÚSICA, VALE A PENA.

9 comentários:

Unknown disse...

Bom dia
Faz bem retroceder no tempo e rever todos os passos por onde passámos.
Renovamo-nos na alegria das vitórias e retocamos os pontos onde se deseja mais perfeição.
Aqui aprendemos também a voar, a sonhar e a saborear ricos momentos.

Cidália Ferreira disse...

Bom dia Carlos
Um belissimo post gostei do video..

Um dia e uma excelente semana.
Beijos

http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

Patrícia Pinna disse...

Boa tarde, Carlos. Que situação caótica a que nos mostrou, infelizmente.
Triste é ver a Natureza perdendo seu verde, suas muitas águas, sua beleza fruto da destruição humana.
Espero, assim como você, que essa paisagem desoladora mude o quanto antes e volte a respirar vida!
Bela música!
Tenha uma semana de paz.
Beijos na alma.

Ivone disse...

Lindo poder recordar, tomara que tudo volte ao normal, seu texto me fez lembrar do Rio São Francisco, quando viajamos, meu marido e eu, pelo Nordeste, fomos de carro e passamos pelo Estado das Minhas Gerais,isso faz nove anos, queremos poder voltar, amo ir mais de uma vez nos lugares que tento conhecer, Brasil é lindo, rico e extenso, portanto é preciso muito tempo para o explorar!
Amo ler tudo o que nos passa conhecimento, amei ler aqui!
Abraços apertados!

maria claudete disse...

Carlos bom dia. ..comentei e o comentário se perdeu....a emoção contudo é a mesma. Um misto de alegria e tristeza me invadiu com a leitura do texto; alegria por recordar situação vivida e pensava esquecida, tristeza por ver como se está destruindo a natureza. ...Bela música e letra. Amigo você sempre será um grande poeta!

Helena disse...

Quando as recordações são doces em nosso coração há um prazer imenso em recordar... Triste é ver paisagens que um dia nos iluminaram o olhar e quando a elas regressamos nada tem daquilo que ficou marcado na alma. Quando isto se dá pela ação desastrosa dos homens ainda dói mais, e ao nos sentir impotentes ante tanto descaso com a natureza fica-nos uma sensação de tristeza, de saudade doída, que ao registrar numa página essa dor é como se tentássemos resgatar do vazio aquilo que um dia nos preencheu o olhar de beleza e o coração de alegria.
Infelizmente, meu querido, existem muitos desses lugares pelo nosso país a fora, lugares que um dia enfeitaram nossa vida e que deles nada ou pouco resta, pois a ação desenfreada do homem transformou o belo numa coisa rude, triste de se contemplar.
Gostei do vídeo e da nostalgia que ele traz, bela composição/voz do Zé Geraldo.
Um beijo com meu carinho,
Helena

Helena disse...

Quando as recordações são doces em nosso coração há um prazer imenso em recordar... Triste é ver paisagens que um dia nos iluminaram o olhar e quando a elas regressamos nada tem daquilo que ficou marcado na alma. Quando isto se dá pela ação desastrosa dos homens ainda dói mais, e ao nos sentir impotentes ante tanto descaso com a natureza fica-nos uma sensação de tristeza, de saudade doída, que ao registrar numa página essa dor é como se tentássemos resgatar do vazio aquilo que um dia nos preencheu o olhar de beleza e o coração de alegria.
Infelizmente, meu querido, existem muitos desses lugares pelo nosso país a fora, lugares que um dia enfeitaram nossa vida e que deles nada ou pouco resta, pois a ação desenfreada do homem transformou o belo numa coisa rude, triste de se contemplar.
Gostei do vídeo e da nostalgia que ele traz, bela composição/voz do Zé Geraldo.
Um beijo com meu carinho,
Helena

Estrela disse...

Boa tarde, Carlos, poeta!
Realmente,é deprimente ver a natureza se dissipando, se revoltando, até mesmo gritando o seu triste fim. Enquanto as pessoas não se coscientizarem que precisam salvar a natureza, vai ser disso a coisa pior.

Quase esqueci! FELIZ DIA DO POETA! Beijos!

Marisa Giglio disse...

Belíssimo post , Carlos . Beijos