( imagem internet - google )
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Caminhávamos por
um imenso campo verde que parecia não ter fim. Andávamos de mãos dadas
entre frutos e flores diversas numa aquarela jamais vista. Passarinhos
em ritmos e tons diferentes compunham uma confusa, mas agradável
orquestra. Borboletas brincavam sobre nossas cabeças. Pareciam querer
coroar-nos. O sol morno de outono tratava nossa pele com carinho. Enfim,
a natureza virou cúmplice de nós, deliciosamente irresponsáveis, sem pensar no ontem, nem no amanhã.
Andávamos, andávamos e queríamos ainda mais. Quando sentimos cansaço,
sentamos à sombra de um frondoso e velho carvalho, onde desenhei um
coração com nossos nomes dentro. Ali, nos divertimos muito, vendo o
vento arrancar as folhas secas das árvores e soprá-las para longe,
comparando ao nosso amor, que também se renovava desfolhando uma velha
saudade . Falamos de tantas coisas.
De qualquer coisa, mas só as
coisas que se referiam a nós mesmos. Parecia que nada mais importava e
não mesmo. Estávamos isolados, protegidos, envolvidos no véu do amor.
E continuamos nossa caminhada rumo a qualquer lugar, desde que fosse de
mãos dadas. Rimos, brincamos, rolamos. Quando sentimos sede, avistamos
logo abaixo um riacho de águas mansas e cristalinas, onde molhamos
nossos lábios, antes de eles se encontrarem para saciar uma sede maior: a
sede de amar.Foi um longo beijo! Foi um louco beijo! Foram muitos
beijos!
Estranhamente a natureza aquietou-se. Nem passarinhos, nem
borboletas, nem mesmo a brisa. Tudo deu lugar aos murmúrios e sussurros.
Então, naquela relva fizemos o maior amor do mundo. Tão maior e tão
melhor que não há explicação lógica, nem descrição poética. Então como
se fôssemos um novo casal habitando o paraíso, dormimos abraçados e nus.
De repente, rompeu-se o silêncio. Um passarinho sem maldade, cantava
nos meus ouvidos, até eu abrir os olhos lentamente e ver... o imenso
campo verde nada mais era que minha cama de alguns metros quadrados. Nos
meus braços, não era você... era o travesseiro. Fechei os olhos
rapidamente para tentar voltar ao sonho, mas foi em vão. O passarinho
insistente me fez voltar à realidade dura.
Esqueci o coração,
obedeci ao relógio e fui trabalhar entre buzinas e conflitos. No ritmo
lento das horas, esperando chegar outra noite para abraçar novamente
aquele travesseiro.
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Um texto pouco explorado por mim, mas que já foi até premiado.
ESCREVER É DIVINO!
CAMINHOS DE UM POETA
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10 comentários:
Realmente um lindo texto. Um belo sonho...Um abraço,
Élys.
Parabéns pelo soberbo texto!
Beijinho e uma excelente semana.
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Meu amigo tenho entrado pouco ...o senhor tempo me corrói ... mas ao dar um intervalo no irpf o titulo da postagem me atraiu...ainda bem, puro deleite! Os sonhos da juventude são inenarráveis , mas você conseguiu verbalizar e dar significado ao que foi bom e continua ótimo : sonhar! beijos no coração.
OI CARLOS!
LINDO TEU TEXTO.
UM BELO SONHO.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Oi Carlos,
Fui me empolgando com seu conto paulatinamente e não esperava que o fosse um sonho.Que tristeza!
Mas existem amores reais melhores que os sonhos é só acontecer.
Beijos no coração
oi Carlos,
os nossos sonhos devem ser mantidos sim...
adorei o texto!!!
beijinhos
Olá Carlos,
Um sonho delicioso, do qual não se deseja despertar. Que passarinho desavisado, hein?
Muito bem escrito e mereceu a premiação recebida.
Ótima semana.
Abraço.
Oi amigo Carlos, desculpe a ausência kkk
Ótimo post, vim lhe desejar uma ótima semana, abraços e fique com Deus!!
Chamou-me atenção ,pelo texto ... Verei sua fã.
Parabéns!!!
O título me chamou atenção, maguinifico ótimo texto, parabéns!👏
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