ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

A FADINHA E O BRUXINHO - DANÇANDO NA PRAÇA

(imagem quararema.sp.gov.br )

No último conto, o Bruxinho e a Fadinha foram designados a se mudarem para o mundo dos humanos, pois, esses estavam destruindo a natureza de seu planeta, e sua missão era fazer  com que despertassem para a consciência da preservação. Um dia o Bruxinho percebeu a Fadinha meio tristinha:  "O que houve meu bem? Parece incomodada". Ela respondeu: "Sim, querido Bruxinho! Há anos viemos para esse mundo para tentar ao menos tocar o coração dos humanos, sobre a própria vida deles. No entanto, tenho saudades de nosso Reino Encantado. Sinto falta de tudo de lá". O Bruxinho disse: "Eu também, minha Fadinha. Mas nossa missão ainda não terminou, aliás, nem sei quando vai terminar. Veja lá fora quanta destruição". Ela entendeu em parte: "Sim... parece que não adiantou muito, mas a missão não terminou não por nossa culpa, fizemos a nossa parte. Andei lendo sobre a história daqui, e vi que um grande líder (Gandhi), desses que vêm do céu para deixar boas mensagens, disse que se você conseguir levar a paz ao coração de pelo menos uma pessoa, você terá melhorado o mundo. Assim é nosso caso, não conseguimos convencer a todos os  humanos, mas vários nos ouviram e cuidaram da natureza, e tenho certeza de que melhoramos esse planeta sim. Vamos falar com o Grande Mestre, talvez ele nos entenda, e nos deixe voltar". Ele concordou rapidamente, não discutia muito com ela: "Vamos tentar, meu bem". Sentados  em posição de yoga, de frente para o outro, de mãos dadas, mentalizaram e se sintonizaram com o Mestre, que os atendeu: “Pois não, meus amados. O que desejam?”. “Queremos fazer um pedido, Mestre”.  “Prossiga”, disse ele. O Bruxinho usou os mesmos argumentos que a Fadinha lhe havia exposto  anteriormente. O Mestre pensou, e respondeu:  “Tenho acompanhado o empenho de vocês, sei que não estava fácil, e não é justo passarem suas vidas distantes de seu Reino Encantado, esse sim, muito bem cuidado por vocês, e é lá que vocês são realmente felizes. Estão autorizados”. Depois de agradecerem , despediram-se do Mestre, e se abraçaram, mas sem perda de tempo, pegaram as crianças, deixaram  tudo para trás, e se dirigiram ao portal imaginário que só eles podiam ver, e que levava ao mundo mágico, onde se conheceram, se amaram, lutaram juntos e se casaram. Quando lá chegaram, viram que o Reino Encantado ainda estava lindo, muito bem zelado pelos duendes, pelos elfos e pelos súditos. Não podia ser diferente, foi grande alvoroço em torno deles; borboletas, passarinhos, outros animais, os duendes, súditos, todos enfim com grande alegria. Os filhinhos deles então, mais felizes ainda. O Bruxinho entusiasmado, falou:  “Isso merece uma festa no castelo". A Fadinha, meio discordando, levantou o dedinho ( nunca vi gostar de ser mandona assim), e decretou: "Eu não quero festa no castelo. Essa vai ser na praça central". O Bruxinho não entendeu nada: "Na praça? Como assim? Todas as festas foram no castelo". Ela reafirmou: "Pois vamos mudar dessa vez pelo menos, é uma ocasião especial. Vi uma festa assim lá no mundo dos humanos, e gostei. E nada de música clássica, balé, valsa, nada disso". É a libertação da mulher até no mundo encantado. O Bruxinho continuou sem entender, mas não era hora de discutir com a amada: "Bem... você sabe o que faz né, Fadinha?". A festa começaria na sexta-feira e duraria até domingo. E assim foi. Mas no decorrer da festa, a Fadinha estalou os dedos, e uma música diferente começou a tocar, e somente a Fadinha dançava com o Bruxinho meio atrapalhado, enquanto todos assistiam aquela dança diferente, engraçada para eles porque não conheciam, até que algumas amigas perguntaram:  "Fadinha amiga... de onde trouxe essa dança estranha? Parece gostosa de dançar". Sem largar o Bruxinho e muito assanhada, ela respondeu: "O mundo dos  humanos pode ser complicado, mal cuidado, mas tem umas coisas boas também... o forró  é uma delas. Essa dança se chama forró. Venham... peguem seus pares e dancem também". De repente a praça se transformou num grande salão ao ar livre, era um tal de bate  coxas, rebolados, uns aprenderam fácil, outros atrapalhados, o que importava era a alegria geral.  A Fadinha quase matou o Bruxinho de dançar...  e ainda tomaram umas caipiroscas nas barracas para namorarem mais tarde. E assim foi o retorno da Fadinha e o Bruxinho ao Reino Encantado.

13 comentários:

Cidália Ferreira disse...

Belo texto, Carlos
Gostei de ler.

Beijinho

http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

Rô... disse...

oi Carlos,

acredito em fadinhas,
adorei ler...

beijinhos

chica disse...

Mais um lindo conto dessa duplinha que aprendemos a gostar! Valeu!abração, lindo fds! chica

Daniel Costa disse...

Carlos, a crónica envolve uma grande lição de vida humanística.
Podem ser extrapoladas verdades, sempre descritas com otimismo.
Tal como Ghandi, o fez.
Abraços

Anônimo disse...

Bom diaaaaaaaa amigo Carlos!
Hahaha amei, amo esse casal, rs
Fadinha mandona e Bruxinho obediente, é isso aí, rs
Ficou muito legal o desenrolar da estória...
E a dança muito bem escolhida, o forró é um ritmo muito gostoso mesmo.
Gostei da viagem...
Aguardando para embarcar nos próximos capítulos!


Beijos no coração!

Lua Singular disse...

Oi Carlinhos,
Deveria haver em todas as escolas infantis um contador de estórias, quem sabe com tanta imaginação não sobraria tempo para as brigas.
Meu conto é ficão, coincidentemente o meu segundo casamento foi na primavera,
Foi um dos mais badalados da cidade: Foi chique, brilhava da cabeça aos pés, é que nas fotos o brilho não aparece. Sabe por que?
Foi o amor que chegou meio fora de hora para me fazer feliz até hoje.
Beijos no coração
Lua Singular

Lis Fernandes disse...

Amigo poeta, é sempre um prazer ler os seus textos e esses da saga ( que fico feliz não ter terminado ) ainda mais!
Parabéns e prossiga, por favor.
Teus leitores agradecem.
Beijos, bom final de semana.

Lis

Catiaho Reflexod'Alma disse...

Carlos, que interessante
você escrevendo dessa forma
lúdica.
Adorei!
Pra voce ver a quanto tempo
não venho te ler(:= vergonha)
Bjins
CatiahoAlc.

Helena disse...

Cheguei aqui meio que de pára-quedas, num salto sem saber onde ia dar. Mas me instalei e já fiquei encantada com a história da Fadinha e do Bruxinho. Sinceramente posso afirmar que dificilmente encontraria um conto que traduzisse com tanta delicadeza e bom humor o que "os outros seres" pensam dos humanos tão desligados das coisas que realmente importam e tão mergulhados num mundo tão egoísta. Amei ver o forró (que adoro!) sendo tão elogiado. Igualmente belo é o conto sobre as muitas formas de dizer “eu te amo”, e todas as poesias e crônicas que o tempo me permitiu ler. Desnecessário dizer que grande poeta tu és, pois já estás consagrado entre os melhores. De papinho com o William Paul Young, hein? Não estás fácil, amigo! (risos). Vi também alguns vídeos (bem escolhidos), poemas (maravilhosos!) e as tuas músicas... Versatilidade deve ser o teu lema! Brilhas em tudo aquilo que tocas... Midas? Parece-me que sim!
Nossa! Acho que conversei demais e tomei ainda mais do teu precioso tempo. Sou “tagarela” por natureza quando o assunto me agrada, e tenho o (péssimo?) hábito de alongar-me em comentários... Ainda não consegui curar-me deste defeito, mas não sei ser concisa e dizer simplesmente que gostei ou admirei e sair de cena. Quando visito um blog o faço como se adentrasse uma casa, um lar, com respeito é claro, mas me sentindo a vontade. Conforme a receptividade, eu volto! Se sinto que fui um pouco “intrusa” procuro me afastar, mesmo tendo considerado aquele espaço um lugar bonito.
Enfim, amigo... Olha a confiança: já estou te chamando de amigo (risos), mas se não quiseres minha presença aqui, basta dizer ou não me visitar...
Deixo-te milhares de sorrisos e um punhado de brilhantes estrelas, para agradecer e também dizer da minha admiração pelo teu tão aprazível cantinho.
Com carinho,
Helena

Reflexos Espelhando Espalhando Amig disse...

Ei!!!
Vim com esse perfil que vc me visitou hoje ta bom?
Bjins
CatiahoAlc.

Helena disse...

Vim agradecer a tua presença no meu espaço, bem como os elogios que, a bem da verdade, nem sei se mereço, principalmente vindos de um poeta e escritor já consagrado. O encaixe que fizeste do meu poema com o teu "QUANDO OS SINOS DOBRAM" enterneceu-me a alma. Muito me honrou ver cruzados meus humildes versos com o teu portentoso poema. Grata por isso! Já estás adicionado aos meus preferidos.
Até uma próxima visita,
Helena

Shirley Brunelli disse...

Carlos, sutilmente, você retratou a trajetória de todo ser humano..."Há muitas moradas na casa do Pai".
Bela crônica, menino!
Ah! Adoro dançar forró rs.
Beijos!

Andre Mansim disse...

Oi Carlos!
Escrever coisas tão belas e gostosas é que faz o escritor ser escritor!

Muito bom, continue a encantar as pessoas!