ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

A FADINHA E O BRUXINHO - MAIS UM SONHO PROIBIDO, DIGO... PERMITIDO.






Mais uma vez a Fadinha pegou o Bruxinho dormindo com sorriso maroto nos lábios, e como o sonho já havia começado, não teria como entrar mais, teve que aguardar a noite seguinte para entrar junto com ele no sonho. Nem quis perguntá-lo durante o dia, bastou que ele fechasse os olhos  para  acompanhá-lo dormindo. Dessa vez não foi uma decepção, mas uma surpresa agradável, ele estava sonhando com ela mesma, sua Fadinha amada. Mas não era um sonho comum, ele sonhava que a estava namorando, o que a fez se perguntar: “Por que sonhar comigo, se estou presente?”. Ela não interferiu, ficou assistindo a cena projetada na mente do amado,  foi aí que ela viu a diferença. Ele a amava como nunca havia amado, não que não a amasse a contento, era sempre bom, ficavam sempre felizes, mas ele inventou no sonho coisinhas que nunca fizera, e isso a agradou muito. Entre surpresa, curiosa e feliz, ela deixou que ele “terminasse” seu louco sonho. Até que na noite seguinte, comentou:  “Bruxinho, nem adianta negar porque já vi seu sonho”. Ele ficou  desconsertado:  “Puxa, Fadinha... me desculpe por esse sonho  estranho”. Ela o tranquilizou: “Desculpar de quê? Eu gostei do que vi... parecia que você tinha mil bocas para me beijar... mil mãos para me tocar... eu parecia uma ilha sendo descoberta por um desbravador... me senti uma fruta saborosa em seu paladar... uma uva, um morango, uma manga apetitosa. Você parecia um passarinho sedento sugando uma flor, e eu a flor, muito oferecida, deixando tudo acontecer. Mas tenho perguntas. Por que precisou viajar em sonho  para fazer tudo aquilo, se estou aqui? Tão ao seu alcance?”. Ele respondeu:  “Ah, não parece, mas sou um pouco tímido ainda”. Ela riu: “Você? Tímido? Com essa cara?”. Engraçado... parece que já ouvi isso também rs rs. Ele explicou: “Ora, você é uma Fadinha, meiga, delicada, vivemos num mundo encantado, não pensei que gostaria das inovações”. Ela puxou o cabelo dele, brincando e brigando: “Pois saiba, Senhor Bruxinho que perdemos muito tempo, por causa dessa sua ... timidez. Merecia um castigo. Onde já se viu ser tímido justo com sua amada? E posso saber onde o Senhor aprendeu aquelas coisinhas?”... e riu. Depois de uma pausa, ele disse:  “Agora já está tarde, um dia lhe conto melhor. Eu não nasci Bruxinho, eu era um homem comum, estava cansado e desiludido do mundo terreno, pesquisei, li muitos livros a respeito, adquiri conhecimentos, viajei uma longa distância até encontrar um grande Mago, e o pedi que me transformasse em Bruxinho.. Depois fiquei adormecido por muitos anos e acordei Bruxinho, com o tempo fui me aprimorando mais e mais, e hoje tenho todos esses poderes que você  conhece. Foi um longo processo. Portanto, tudo o que você viu, trouxe de lá, daquele mundo”. Ela brincou: “Pelo menos alguma coisa boa você trouxe de lá”. E questionou ao amado:  “Só espero que não esteja com saudades do mundo humano,  e que não esteja arrependido de ter  virado Bruxinho”. Ele a beijou:  “Jamais... gosto muito desse lugar puro. Jamais quero sair de nosso mundo encantado, pois foi aqui que eu lhe conheci e sou feliz. Foi no mundo encantado que encontrei o verdadeiro amor. Ela tapou sua boca com a mão: “Ainda quero saber sua história de como virou Bruxinho, mas agora quero outra coisa... faça amor amigo... exatamente do jeitinho que  sonhou”.  Naquele dia não houve sol, ele não apareceu, somente a lua, a noite foi prolongada, foram vinte e quatro horas de noite. Magia do Bruxinho? Não... magia do amor.

10 comentários:

Lua Singular disse...

Oi Carlos
Queria ter um mínimo da sua imaginação. Você vai nos levando fora do nosso mundo e delicadamente nos trás de volta.
Quase fiquei no sonho do bruxinho.kk
Obrigada
Beijos
Lua Singular

chica disse...

Uau!!!Adorei esse texto e a magia desse amor!Parabéns! abração.chica

Anônimo disse...

Olá amigo Carlos, cada capitulo dessa estória é uma emoção diferente...
Eu fico só rindo aqui com tanta beleza que vejo nessa linda estória de amor, com a pureza encantada dos dois personagens.
Brigam, brincam... rs
Sua estória está linda, parabéns!
Poxa se eu pudesse viveria nesse reino encantado... por tanta amor, por tanta pureza... por tanto encanto!

Beijos de sua amiga Fernanda Oliveira

Paula Barros disse...

Magia do amor, é sempre magia boa.
E realizar sonhos de amor melhor ainda.
abraço

MARILENE disse...

Que encanto! Criou um espaço encantado, personagens mágicos, para falar de amor. Bjs.

Anônimo disse...

O amor é mesmo magia e encantamento.Adorei!

Beijinho.

Lis Fernandes disse...

Olá amigo poeta!
Essa estória sem fim é mesmo mágica.
Envolve, encanta e me transporta...
Sinto-me em outro mundo. rsrs. Nesse mundo encantado.
Parabéns, lindo e poético conto de fadas ( ou melhor\: de fadinha )
Já estou curiosa para ler o próximo.
Beijos,
Lis

Estrela disse...

Poeta, menino, bruxinho das palavras,
nos fala sobre o amor de uma maneira sutil e deliciosamente ardente.
Espero mais historinhas da fadinha e bruxinho. Bjs!

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

uma história de encantar dos lugares da magia....

enternecedor.

bom fim de semana.

beijo

;)

Vera Lúcia disse...


Este Bruxinho só podia ter mesmo resquícios da natureza humana-rsrs.

Adorei.

Abraço, Carlos.