ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

segunda-feira, 2 de março de 2009

UM RECADO ÀS MUSAS


(IMAGEM VANLUCHI.BLOGSPOT.COM)
Esse texto vai ficar pra lá de esquisito, mas vai assim mesmo. Também nunca fui muito preso a padrões. Em dois poemas meus, eu exalto a musa colocando-a ao nível do poeta ou até mais. Eu digo.. “o poeta não é maior que a musa, é Mona Lisa, num sorriso maroto quem me diz”. No caso específico de Mona Lisa, reparemos o quanto ela ficou famosa ao nível do grande Da Vinci.. Não só como uma grande obra em si, mas como uma grande musa. Existem alguns boatos sobre ela. Uns dizem que ela nem existiu. Outros dizem que é o próprio Da Vinci, que seria homossexual e a teria projetado na tela, como sendo ele. Isso não me importa muito. O fato é que o sorriso enigmático esta lá. Por pouco a musa não superava o artista. Claro que Da Vinci tem outras grandes obras.
Ao longo de minha vida tive algumas musas. Sempre precisei delas. Zezé, a mais simpática. Morena forte, quase negra, de pernas grossas, torneadas e lisas, boca carnuda,pele brilhosa.Vivia dizendo que ia me mudar, ainda que não fosse para ela. Acabou desistindo e virou minha amiga. Quando a flagrava me olhando eu brincava. "Não adianta ficar me olhando, foi você quem terminou". "Não posso mais olhar um amigo?", ela respondia. Mirany, a mais meiga. Branquinha, olhos claros, cabelo enrolado curto. Acho que foi a que mais me amou. Marinês, a mais linda,alta, magra, cabelos longos, parecia manequim... mas era casada. Ia dar um problemão. Eu era inconsequente mesmo, mas parei a tempo. Outra que deu um problemão foi Selene. O ex namorado era violento e queria me pegar. Um dia sem alternativa de pra onde correr, disse a ele: "se quer brigar, vai brigar sozinho, porque eu não sei brigar. Pode começar a bater. Depois de me socar à vontade, convença-a de que a ama”. O que eu disse o deixou sem ação, virou as costas e nunca mais me importunou. Elça, loirinha, baixinha, sorridente, a mais ingrata. Lucinda, a mais prática, materialista e eu tão voado. E outras que me lembro com carinho. Todas elas, tanto as que terminei, como as que terminaram comigo se despediram dizendo. “Jamais vou te esquecer”. Eu achava e acho isso tão bacana, mulheres diferentes, de épocas diferentes dizendo a mesma coisa. Mas eu sei o por quê disso. Porque as tratava sempre de forma igual. Sempre cavalheiro com elas, gentil, prestativo. A musa no nível do poeta. Odiava e odeio piadas machistas do tipo. “Mulher gosta de apanhar”. Eu dizia. “Só se for a sua mulher, porque mulher com quem ando, não gosta”.Eu também não as esqueci, todas a seu tempo, foram importantes para mim.
Ah... mas o poeta não é perfeito. Ele dá o amor, que quer receber. E quer receber o amor que dá. Então que as musas fiquem atentas, porque nada dói mais num poeta que quando a musa não lhe percebe, quando ele pensa haver uma indiferença. O poeta não é um fingidor, como disse um grande mestre. O poeta é muito sincero. É sim, um pouco exagerado, pra ele tudo é platônico, atômico, mas nada de fingidor. Troca de musa às vezes, não por ser volúvel, é porque precisa de uma sempre. O poeta passa sempre uma imagem de intelectual, de forte, guerreiro, mas nem sempre é. É frágil como cristal. Como pétala que cai ao chão na primeira brisa. Linda... porém caída.
Sempre que não tive musa, escrevi para a solidão. Mas não quero escrever para a solidão, quero escrever para mulheres.
Quem escreve vai entender o que vou dizer. Todo poeta tem suas próprias poesias preferidas. Tem as mais bonitas, outras nem tanto. As românticas, as amargas, as mal humoradas, as singelas e até engraçadinhas. E tem aquelas íntimas, pessoais, com as quais o poeta se identifica mais, não sendo necessariamente as que o público gosta.
O poema que escrevi há quatro dias (ENTRE A FLOR E O VULCÃO), é para minha musa atual... ainda bem que ela está atenta... embora não tenha comentado muito, do jeito que eu gostaria. Só que ela está cheia de crédito e estou muito feliz com ela.

02 de março de 2.009. 02:45h da manhã.

3 comentários:

Anônimo disse...

Carlos
a lembrar suas musas? faz muito bem, nada faz melhor ao coração que doces recordações mas...o momento presente é muito importante e já entendi que anda uma musa por ai não é? que bom fico feliz por si, assim acaba-se a escrita para solitária.
Que sua musa o continue a inspirar.
bjs
aquele meu abraço
salamandra

TERE disse...

Eu desviei o poema anterior para o meu blogue com os devidos créditos, claro...Asssim não me processa, não é???

Doces beijos

TERE disse...

Quem me dera ser musa
Duma simpatia assim
Viveria mais feliz,
com aromas de jasmim!!!

E um maravilhoso Arlequim...se bem que prefira Pierrot(S)