ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

domingo, 22 de novembro de 2015

UM TOQUE DE MIDAS


Quando a prata tingir meus cabelos,
meu coração vai ser ouro...
num amarelo tão cintilante
que será impossível não atrair alguém.
MAis forte que a magia de Midas
e quem tocar, vai virar ouro também.
Não estarei envelhecido, estarei melhor
como homem, como gente
e que todos os fios de cabelos brancos
que a vida me der aos trancos
sejam exemplos e sementes
para quem souber me olhar.
Não serão pesadelos.
Nada de mal .
Ora, são apenas meus cabelos,
meu coração é jovial .
Mais idade, mais planos
mais amigos, mais amores.
Talvez menos tempo, eu sei,
mas quando tinha vinte anos
tinha todo o tempo do mundo, e não me importei.
Defeito? Não. Coisas da idade.
No final somos todos meninos
e gostamos de com o tempo brincar .
Só não podemos perder, seja em qualquer momento...
a magia que é viver
e a volúpia de sonhar.
=
Neste poema, como sempre, misturo minhas idades. Gosto dessa alternância. Vou lá e volto cá. Fico brincando de iôiô com minhas idades. No começo falo de um jovem idealizador, porém não um idealizador materialista, mas buscando, projetando ser alguém melhor quando os cabelos virarem prata, só que fazendo isso, plantando isso ainda na juventude, porque velhice não é o fim. Velhice é colheita. É o resultado de tudo que a gente semeou e vivenciou. O MIDAS da lenda se perdeu, talvez porque tenha pensado só em ouro. Não consegui ser um REI MIDAS, fazendo as coisas virarem perfeitas como diz o poema, mas consegui manter a fertilidade do meu coração e isso para mim vale mais que ouro.
=
( imagem espiraisdotempo.com.br- google )

9 comentários:

Ivone disse...

Gostei do seu poema, me fez lembrar da estória de Midas, Mitologia Grega é meu fascínio, bem sabes disso,rsrs!
Midas recebeu de Dionísio ( o deus do vinho), uma recompensa por este ter tratado bem um de seus seguidores e essa recompensa foi escolhida por Midas, que queria que tudo o que tocasse virasse ouro, mais ou menos isso!
Não se deve mesmo perder nenhum momento em nosso viver, quando se é jovem temos todo o tempo do mundo, depois, com o tempo, passamos a aproveitar melhor, pois o tempo vai escasseando e quando chega a velhice, se vive bem com ela quando podemos olhar para trás e ver que vivemos, que fomos felizes em todas as investidas!
Abraços meu amigo poeta querido!



Cidália Ferreira disse...

Lindo...Como sempre
:-))

Beijo de boa noite
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

Lua Singular disse...

Oi Carlos,
Como é lindo tudo que escreve, és um menino passarinho
Hoje eu peguei meu marido lendo seu livro,achou lindo e olha que ele não é de leituras.
Beijos no coração
Lua Singular

Élys disse...

Uma bonita poesia... Quando o tempo passa é hora,realmente, de colher o que plantamos ao longo da caminhada. Bom, muito bom, quando estamos colhendo ternas flores em nosso coração.
Um abraço.
Élys.

MARILENE disse...

Você fez uma bela construção poética. O aprendizado dura toda a vida, mas a proposição de que, com os anos, estará melhor por dentro, é o mais importante. Bjs.

Vera Lúcia disse...


Olá Carlos,

Penso que a velhice é sinônimo de sabedoria para quem soube plantar em sua juventude. Cabelos brancos são decorrência natural das mudanças físicas porque passamos com o decorrer do tempo. Já manter a juventude de espírito é viver eternamente jovem. Envelhecer, sim, é inevitável para quem permanece neste mundo, mas saber envelhecer é uma arte. E quem envelhece com sonhos e amor à vida conhecerá o prazer e a felicidade de saber viver.

Gostei muito do poema.

Abraço.

Louraini Christmann - Lola disse...

Tô sumida, eu sei.
Mas hei de voltar
Aliás
Tô voltando

Perdão pela demora
De coração
É hora!
(Né!?)

Shirley Brunelli disse...

Felizes são aqueles que, na velhice, tem bons frutos e belas flores para colher.
Muito bonito, Carlos.
Grande abraço!!!

Reflexos Espelhando Espalhando Amig disse...

Carlos, voce
sempre encantando com as palavras.
Linda sexta-feira!
Bjins
CatiahoAlc.