No Dia Em Que Eu Saí De Casa
Zezé Di Camargo E Luciano
Composição: Joel Marques
No dia em que eu saí de casa
Minha mãe me disse:
Filho, vem cá!
Passou a mão em meus cabelos
Olhou em meus olhos
Começou falar
Por onde você for eu sigo
Com meu pensamento
Sempre onde estiver
Em minhas orações
Eu vou pedir a Deus
Que ilumine os passos seus...
Eu sei que ela
Nunca compreendeu
Os meus motivos
De sair de lá
Mas ela sabe
Que depois que cresce
O filho vira passarinho
E quer voar...
Eu bem queria
Continuar ali
Mas o destino
Quis me contrariar
E o olhar
De minha mãe na porta
Eu deixei chorando
A me abençoar...
A minha mãe naquele dia
Me falou do mundo como ele é
Parece que ela conhecia
Cada pedra que eu iria
Por o pé
E sempre ao lado do meu pai
Da pequena cidade
Ela jamais saiu
Ela me disse assim:
Meu filho vá com Deus
Que este mundo inteiro é seu...
Eu sei que ela
Nunca compreendeu
Os meus motivos
De sair de lá
Mas ela sabe
Que depois que cresce
O filho vira passarinho
E quer voar...
Eu bem queria
Continuar ali
Mas o destino
Quis me contrariar
E o olhar
De minha mãe na porta
Eu deixei chorando
A me abençoar
E o olhar
De minha mãe na porta
Eu deixei chorando
A me abençoar
E o olhar
De minha mãe na porta
Eu deixei chorando
A me abençoar...
Essa música é tão antiga, que o próprio Zezé já cantava nas ruas, praças e mercados, quando criança,para levantar dinheiro. Mas com o tempo a identificação foi tanta com a dupla Zezé e Luciano, que acabou parecendo com a própria vida deles. Não é muito meu estilo musical, mas a música é linda. E tem muito a ver comigo também. Só que no meu caso, foi minha mãe quem precisou partir. Até escrevi QUARTOS DE PENSÃO (abaixo), meses depois em profunda depressão. Mas felizmente isso é um tempo que já passou e pude dar muito abraços em minha mãe na semana passada. FELIZ DIA DAS MÃES.
QUARTOS DE PENSÃO
Fim de tarde.
Por-do-sol covarde.
Eu, refugiado, escondido, aprisionado...
entre quatro paredes,
que mais parecem redes.
Que me prendem,não entendem
a minha carência, minha dependência.
Quartos de pensão são muito frios.
Blocos de cimentos insensíveis e vazios,
que não falam, nem escutam
o desabafo dos que lutam.
Apenas cantam a melodia do silêncio, triste demais
e desprezam os meus sonhos de rapaz.
Nem sabem das lembranças.
Do canteiro de esperanças.
Da infância, da minha meta.
Dos meus sonhos de poeta.
Meus amores, minhas flores .
Quatro paredes não entendem isso,
pois, são frias como Ipatinga...
essa mãe desnaturada sem alma e sem coração
que hoje me deixa órfão,
preso em quartos de pensão.
5 comentários:
caro poeta, bonito poema num singelo lirismo que encanta ! Obrigada por sua presença em meu cantinho e pelo interesse em acompanhar o blog. Como já estou seguindo muitos blogs e tenho o receio de não conseguir dar a todos a devida atenção, vou linkar o seu no meu espaço. Meu carinho.
Acho que você já sabe que amigos são anjos, as energias de carinho superam distâncias e fazem um bem tão imenso, que vence as maiores aflições da nossa vida.
Muito obrigado pelo carinho e apoio.
Um abraço e um ótimo final de semana!
Meu amigo Carlos
uma ótima postagem essa, como todas que você nos apresenta!
Essa canção é lindíssima e sua poesia não menos! Parabéns pela tremenda sensibilidade!
Quero agradecer também sua visita a meu modesto espaço e também por sempre comentar e sugerir!
Amigo, já falei sobre o Luiz Melodia no dia 01/04/2008, há pouco mais de um ano. Você pode encontrar no campo "Quero saber sobre", digitando o nome do artista, ou no arquivo, no canto inferior direito. Ou ainda sob o endereço: http://everaldofarias.blogspot.com/2008/04/prola-negra.html
Blog Música do Brasil
www.everaldofarias.blogspot.com
Um forte abraço!
CARLOS
BEIJINHO SOPRADO....
Beijo soprado...
Só assim chega aqui...
É beijo atirado...
Com todo o cuidado...
Vamos colocá-lo
Na palma da mão...
Mão muito aberta...
E bem aberta...
E com muito saber...
E com muito carinho...
Olho a palma da mão...
E lentamente sopro...
Sopro e ao mesmo tempo, penso
Sopro e sonho...
E vejo o meu sonho e o meu pensamento...
Enrolarem-se docemente no ar...
Com os olhos fechados
Com medo de os abrir...
Espero...espero...
E sinto que o meu beijo chegou...
Lili Laranhjo
...penso que deve ser tambem muito díficil...uma mãe ter de partir...nao levando as suas crias..
.
Ainda bem que o tempo tudo cura...e que hoje pode feliz abraçar ela *****
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