ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

sábado, 22 de julho de 2017

CUIDADO COM OS APEGOS... E DESAPEGOS!


Muito se fala em desapego por aí. Existem vários tipos de desapegos que acabam causando um desapego pior, que é o desapego de nós mesmos, quando deixamos de ser sensíveis, humanos enfim, razão pela qual Deus nos criou. Sim, viemos à terra, ganhamos um planeta emprestado (isso aqui não é nosso), para amar, ser amados, e brilhar. Falando dos desapegos, o primeiro é o das coisas materiais, do dinheiro, da ideia de que para ser feliz, é preciso chegar primeiro na grande corrida, na concorrência, na lei da selva. Somos treinados desde crianças a devorar, a derrotar, não aprendemos a caminhar junto com o outro, temos que sempre chegar na frente. É claro que nos negócios, no trabalho, na escola, temos que buscar o melhor, todo mundo quer conforto, um carro, uma casa, fazer uma viagem, isso é normal, acontece que as pessoas tornam isso o único objetivo de vida, e quando se deitam, sob a redoma da “felicidade” material conquistada, envolta na solidão que ela gerou, pergunta ao travesseiro: ‘Por que não sou feliz? ’ Porque materializou a felicidade. Repito, a felicidade nunca vai estar em coisas materiais, por mais que precisemos dessas coisas no dia a dia. A felicidade não é palpável, ela é sentida, perceptível, percebida, vivida no âmago.
Outro desapego é com relação às pessoas ruins, negativas. Não vou negar que esse eu pratico, embora Cristo tenha ensinado ‘a amar seus inimigos’, porque amar o amigo é fácil, mas confesso que ainda não evoluí a esse ponto, embora não guarde mágoas, só não consigo ficar perto de uma pessoa que pressinto que tenha aura ruim, ou que está me prejudicando, roubando minha energia. Tenho me desapegado de bastante pessoas, separando o joio do trigo, eu diria. Não tirando onda, tentei recuperar algumas, tentei fazer com que mudassem, por fim, a gente desiste.
E por fim, um desapego perigoso que as pessoas estão fazendo, estão se desapegando das outras, pura e simplesmente de graça. Egoísmo, falta de tempo, medo, concorrência? Ou tudo isso junto? Não sei. Acho que principalmente falta-nos sensibilidade, uma anteninha no coração. Às vezes, a pessoa perto da gente, até mesmo a quem amamos, está debilitada espiritualmente, confusa, perdida, com baixa autoestima, e a gente não percebe, e quanto mais a massacramos ou isolamos, mais a estamos perdendo. Diminuindo a pessoa, estamos diminuindo a nós mesmos, é preciso olhar no mesmo nível dessa pessoa, e não de cima para baixo, mas de frente, olhos nos olhos, e depois terminar a conversa com um longo abraço; abraço é aconchego, ao abraçar alguém, estamos transmitindo energia, estamos dizendo ‘conte comigo, estou aqui’. É preciso colocar essa pessoa no nosso patamar, puxando-a pela mão para que se erga, ou até mesmo descer momentaneamente ao nível dela para entendê-la melhor. Chicotes até dominam, mas palavras conquistam. O domínio do chicote é mentiroso, quem tem o outro sob domínio, na verdade não o tem, pois, para realmente ter, é preciso ver o sorriso no rosto do outro, o brilho nos olhos, a felicidade ou é repartida meio a meio, ou é enganosa. Já a pessoa conquistada, essa sim, está com a gente, em igualdade de condições, emocionais, espirituais, sorri junto em vez de abaixar a cabeça, caminha na mesma direção em vez de andar de costas. E aquele abraço, lá no início da conversa, onde um tinha mais energia que o outro, se tornará um abraço de igual para igual, não haverá mais dominador e dominado, forte e fraco, mas trocando energia, confiança, acolhida, estarão empatados, é como misturar meio copo d’água ao outro meio copo d‘água, num recipiente só. Não vamos nos desapegar das pessoas que amamos, não vamos desistir delas, pois estaremos desistindo de nós mesmos, porque quando amamos alguém, nos projetamos nelas, então, como desistir daquilo ou de quem chamamos de semelhante?
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( imagem James R. Eads and Chris McDaniel -pinterest )

11 comentários:

chica disse...

Linda mensagem e reflexão! abração praiano,chica

Anônimo disse...

Olá Carlos, feliz com sua visita e também por ser meu seguidor.
Sobre o desapego, seu texto é bem oportuno, concordo com vc, o desapego das ervas daninhas esse também pratico, entre todos que vc citou, o desapego que está levando as pessoas ao isolamento é realmente assustador, vejo nessa opção uma carga de indiferença, há muito, muitos do ser humano deixaram de olhar para o lado, com isso a ganância está imperando.Salve-se quem puder!Gostei de ler esta pérola.

Tenha um feliz final semana.
Deixando aqui o link dos outros blog's, se deseja , sinta-se à vontade para conhecer.

https://experimentalailabrito.blogspot.com.br/

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Cidália Ferreira disse...

Maravilhoso texto! Amei
Parabéns

Beijo, bom fim de semana

Lua Singular disse...

Oi Carlos,
Ninguém ama quem não conhece, as pessoas são diferentes. Amar quem não conhece é o mesmo que colocar a mão no formigueiro, a dor das ferroadas doem, mas um dia passa porque fomos feito para amar.
A única pessoa que amei de coração que se pudesse morreria no seu lugar foi meu tio por parte de tia, que me criou ( chorei 12 horas perto do seu caixão sem comer e beber nada e em pé, derramei todas as lágrimas que tinha e até hoje eu não consigo passar um dia sequer sem sentir sua falta.
Eu sou assim quando amo é pra valer, mas também sofro muito quando me maltratam sem merecer.
Beijos
Lua Singular

Ivone disse...

Querido amigo, bela reflexão, sim, amar sem apego, mas desapagar dos que amamos, jamais!
Amar a todos é mesmo difícil, quando penso em "amor ao próximo", levo ao pé da letra, pois o próximo é aquele que está perto, caminhando ao nosso lado!
Mas podemos amar muitos, aos amigos, presencias e virtuais, assim como você!
Abraços apertados!

Toninho disse...

Boa noite Carlim.
Uma bela reflexão com perfeita analise de comportamentos e suas consequências ora numa visão bem real e ora numa visão religiosa, mas que se aglutinam e ficam perfeitas para uma vida sem atropelos com o nosso eu, que é a base de tudo.
Muito boa amigo.
Um bom domingo para uma semana vitoriosa.
Meu terno abraço e saudações celeste.
Zeeeeiro!!!

Unknown disse...

Bom dia, Carlos.
Um texto bem reflexivo.
Existem pessoas que não permitem que a felicidade faça parte da vida delas afastando as outras que lhe amam.
Costumo dizer que tais pessoas, estão boicotando a felicidade.
O desapego é importante quando algo está nos fazendo mal e já tentamos de tudo para reverter.
É como se fosse uma morte lenta e natural.
Se as pessoas se amassem e respeitassem, lutariam,e todo apego seria lindo e saudável.
Só que elas querem dar uma de Deus achando que o desapego, nesse caso, será uma atitude altruísta, que nada.
Apenas,sofrimento.
Parabéns pelo complexo e profundo texto, dando direito aos mais distintos comentários.
Tenha uma excelente semana.
Beijos na alma.

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

Já esta semana li um texto de um nosso amigo bloguista acerca do desapego que gostei bastante.
Esta sua crónica também está muito bem escrita e muito bem elaborada, e na minha modesta opinião há desapegos que bem geridos até são fáceis, mas há outros que eu acho muito difíceis.
deixo um beijinho
:)

Marisa Giglio disse...

Carlos , seu texto é brilhante . A começar pela imagem escolhida que espelha o abraço cheio de amor . Amor este que precisamos compartilhar e que nos dias atuais está tão fora de moda . O egoísmo predomina na maioria dos relacionamentos . O outro é esquecido com suas dores e alegrias . Isto seria o desapego propalado ? Há que se pensar o que estamos mostrando às crianças que vem chegando a este mundo . A lição deixada por Cristo não pode ser esquecida : " Amai ao próximo como
a si mesmo " . Beijos e boa semana .

Isa Martins disse...

Oi Carlos, um reflexivo texto, o bom da vida mesmo é viver cada momento, sem apegos, aproveitando tudo que a vida tem de bom a nos oferecer, abraços

Marli Terezinha Andrucho Boldori disse...

Boa tarde, amigo Carlos,
os apegos são muitos, e como é difícil nos desapegar.
Sabemos muito bem o certo e o errado, mas não sabemos como agir.Desapegar
de coisas ou pessoas ruins, que nos fazem mal, porém ao mesmo tempo devemos lembrar de que Jesus
nos disse para amar os inimigos, oh! coisa difícil.Seu texto é maravilhoso, nos faz refletir muito sobre o assunto do desapego.
Abraço!