ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

sexta-feira, 23 de maio de 2008

A PRIMEIRA VEZ QUE CHOREI

A primeira vez que chorei
foi para mostrar que estava vivo.
Foi um tapa certeiro,
enchi os pulmões e gritei.
Parecia mais um grito de guerra,
ou de susto, porque talvez lá dentro
fosse mais aconchegante que essa terra.
Não que a terra seja imperfeita, amo viver aqui
mas, lá dentro eu era único
e não sabia de nada ao meu redor.
-Ele é um anjo- diziam.
Enquanto procurava o cordão umbilical que perdi, eles sorriam.
Por fim ...cresci.
Hoje me ensinam que homem não chora
e continuo levando tapas mundo afora.
Agora não sou mais um anjo inocente
e ainda não sei de tudo ao meu redor,
mas a lição já sei de cor...
sou homem e não posso chorar.
Não sabem que corações e mentes são universos diferentes
e assim reagem de diversas formas aos momentos,
não há normas para sentimentos.
Uns riem pra disfarçar, outros cantam pra espantar
e seguem dizendo “tudo bem”
cada qual com seu modo de chorar.
Uns utilizam máscaras
outros deixam a lágrima rolar.
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Carlos Soares

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