ESCREVER É DIVINO!

BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.
CAMINHOS DE UM POETA

Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!
sábado, 25 de setembro de 2021
CIRANDA.
domingo, 19 de setembro de 2021
DEIXEM O GALO CANTAR...
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"Todos os dias, assim que o galo canta, o dia amanhece. Mas
se você matar todos os galos, o dia amanhece assim mesmo". Não há uma
imposição, o dia não amanhece só porque o galo canta, é apenas uma sequência
natural de um momento bonito, que é o amanhecer, o galo canta e o dia amanhece.
As coisas são como elas são, não nos cabe tentar mudar , me tornei mais feliz
quando passei a ver assim, quando vi a natureza ou a naturalidade das coisas,
quando percebi que sou parte delas, não o comando delas. Tanto a aurora quanto
o pôr do Sol, acontecem todos os dias nos seus devidos horários, mas nunca de
forma igual, cada amanhecer e cada entardecer, têm uma pincelada diferente.
Isso não os torna mais bonitos? Mas não há interferência, apenas acontecem. O
galo não está interferindo no amanhecer, ele está anunciando, comemorando o
amanhecer, dando-nos a sensação de renascimento. Mas quem sou eu para dizer que
o canto do galo antes da aurora, não é necessário, já que é sequência natural?
Afinal, eu debruçado na janela contemplando o Sol surgindo, também faço parte
dessa sequência. As coisas divinas precisam de anunciadores e de espectadores.
Eu não sou aquele que canta, tampouco sou Aquele que cria, eu sou aquele que
assiste. Na condição de ser aquele que assiste e escreve sobre isso, e até por
isso, eu digo: por via das dúvidas, não vamos matar todos os galos, vai que um
dia não amanhece porque nenhum galo cantou.
Nota: O trecho entre aspas é do jornalista Reinaldo Azevedo, que
falava de um outro assunto. Eu vi a frase sob outro prisma, e tirei do contexto
para escrever esse texto.
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( imagem Mirante da Bocaina- google )