Em
algum lugar distante, inoperante
nada está
acontecendo,
apenas perecendo.
E mesmo
assim,
não há dor,
nem sentimento
nem ação,
nem pensamento,
apenas
subsiste sem princípio e sem fim.
Perguntas
morrem juntas:
Quem, por
quê, onde?
Para que
perguntar se o eco não responde?
Tudo se
perde no vácuo.
Só existe
o opaco
onde tudo
se consome
não há
espectro de cores
nem expectativa,
nem saliva,
nem sabores.
não há sede,
nem desejo, nem fome.
Olhar inócuo,
sem foco
Nada se
cria, nada se transforma, nada se faz,
mas não
quer dizer que esteja necessariamente em paz,
apenas colhe
a solidão que um dia plantou.
Nem o
nada gerou,
pois o
nada já existia.
É assim
essa vida de escolhas no dia a dia,
uns têm
magia e vão além,
outros
vivem no aquém
carregam no peito o carimbo
dos condenados ao limbo
e numa esfera
sombria,
padecem sem ninguém.
=
( imagem mulher-desesperada - internet/google )
3 comentários:
Quando estamos, necessariamente, em paz tudo fica mais fácil e possível.
Um abraço.
Uma bonita poesia, muito criativa.
Um abraço.
Élys
Uma bonita poesia, muito criativa.
Um abraço.
Élys.
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