ESCREVER É DIVINO!
CAMINHOS DE UM POETA
domingo, 5 de dezembro de 2021
ANJOS NA TERRA!
quarta-feira, 20 de outubro de 2021
SÓ UM POETA SÓ!
sábado, 25 de setembro de 2021
CIRANDA.
domingo, 19 de setembro de 2021
DEIXEM O GALO CANTAR...
.
"Todos os dias, assim que o galo canta, o dia amanhece. Mas
se você matar todos os galos, o dia amanhece assim mesmo". Não há uma
imposição, o dia não amanhece só porque o galo canta, é apenas uma sequência
natural de um momento bonito, que é o amanhecer, o galo canta e o dia amanhece.
As coisas são como elas são, não nos cabe tentar mudar , me tornei mais feliz
quando passei a ver assim, quando vi a natureza ou a naturalidade das coisas,
quando percebi que sou parte delas, não o comando delas. Tanto a aurora quanto
o pôr do Sol, acontecem todos os dias nos seus devidos horários, mas nunca de
forma igual, cada amanhecer e cada entardecer, têm uma pincelada diferente.
Isso não os torna mais bonitos? Mas não há interferência, apenas acontecem. O
galo não está interferindo no amanhecer, ele está anunciando, comemorando o
amanhecer, dando-nos a sensação de renascimento. Mas quem sou eu para dizer que
o canto do galo antes da aurora, não é necessário, já que é sequência natural?
Afinal, eu debruçado na janela contemplando o Sol surgindo, também faço parte
dessa sequência. As coisas divinas precisam de anunciadores e de espectadores.
Eu não sou aquele que canta, tampouco sou Aquele que cria, eu sou aquele que
assiste. Na condição de ser aquele que assiste e escreve sobre isso, e até por
isso, eu digo: por via das dúvidas, não vamos matar todos os galos, vai que um
dia não amanhece porque nenhum galo cantou.
Nota: O trecho entre aspas é do jornalista Reinaldo Azevedo, que
falava de um outro assunto. Eu vi a frase sob outro prisma, e tirei do contexto
para escrever esse texto.
=
( imagem Mirante da Bocaina- google )
segunda-feira, 30 de agosto de 2021
OMBROS DE GIGANTE!
Que pecado cometestes
que agora carregas o peso do mundo?
Até quando suportarás em tuas costas
as consequências de todas as apostas
se nem todas são tuas?
Foi o teu erro assim, tão profundo,
que agora amargas alheios dissabores?
Por que tomas para ti essas dores
se não és o único culpado das ruas?
Deixa o mundo ser mundo
e vive teu próprio mundo,
machucar a ti próprio é um pecado mais profundo.
A não ser que gostes,
e apostes que podes esse mundo levar,
até que um dia as pernas enfraqueçam,
os ombros esmoreçam
e a natureza te faças descansar.
Esta é a pergunta, Gigante:
quando chegar o instante,
quem vai te carregar?
=
quarta-feira, 23 de junho de 2021
UM POETA VAGALUME OU UM VAGALUME POETA?
Hoje lembrei-me
de uma coisa que eu fazia quando era pequeno. Pegava um vagalume, e com todo
cuidado para não machucar, colocava entre as duas mãos fechadas, só para vê-lo
brilhar. Depois eu deixava ir embora, e acompanhava com os olhos até aonde ele
ia, ou até quando eu podia ver seu brilho ali e acolá. No outro dia quando
pegava de novo, alimentava um desejo de que fosse o mesmo do dia anterior, como
se ele tivesse voltado para mim, como um amigo que volta. Às vezes eu até
falava com ele: "Será que você é o mesmo de ontem? Acho que sim".
Quase impossível isso, mas para mim acabou sendo verdade, determinei que todos
eram o mesmo. Por isso que a gente não pode tirar a imaginação e o encantamento
da criança, é a melhor fase da vida de uma pessoa. Sempre fui muito
impressionado com a luz, assim era maravilhado com as estrelas, com a lua, com
um facho de luz que entrava pela fresta da janela, representava para mim a
esperança. Desde pequeno aprendi a ver as coisas com a alma, vejo cenas lindas
que as pessoas não veem, às vezes me chateio, pois tento mostrar para elas, e
elas não dão importância. Mas eu me refaço rápido, não me permito sofrer, ou
ter raiva por isso, sigo em gratidão por ter os olhos da simplicidade. Talvez
na vida eu tenha sido um pouco vagalume também, fiz as coisas quando eu quis,
brilhei quando eu quis, e quando escondi meu brilho, não foi fuga, acho que foi
para saber se meu brilho fazia falta por aí. Nunca disse adeus a ninguém, eu
sou o vagalume que sempre volta.
( Imagem Google )
domingo, 13 de junho de 2021
POETAS, GÊNIOS, E LOUCOS!
Poetas, gênios e loucos...
esquisitos, bonitos e poucos,
não exatamente nessa ordem
em meio à desordem do normal.
Trafegam, viajam e sintonizam outra frequência,
a melhor ordem é a transcendental,
é onde mora a essência
que ultrapassa o que chamam de razão.
Existem lindas coisas além do óbvio da visão!
Poetas, gênios e loucos...
Benditos, malditos e poucos.
Parecem diferentes entre si, mas vivem entre si,
uma trinca que por aí brinca
e têm muito em comum.
Às vezes um em três, às vezes três em um.
Poetas, gênios e loucos...
Ah, que pena... são poucos!
sábado, 24 de abril de 2021
MINICONTO DE AMOR
domingo, 18 de abril de 2021
AMOR MULTIPLICADO...
domingo, 28 de março de 2021
O DIA EM QUE O BEIJA-FLOR VOOU DE NOITE
Sei lá se era sonho, ou se estava acordado, e entrei num mundo paralelo, no qual sempre acredito que exista. Era um grande salão como dos castelos dos contos de fada, paredes altas, grandes e lindos lustres, portas de madeira enfeitadas, homens elegantes, mulheres mais ainda, garçons serviam muitos drinks e petiscos, pessoas beliscavam nas bandejas, um violino tocava suave num pequeno palco ao fundo. Entrei timidamente, você como dona da festa, disse: “Entre, fique à vontade”. Estava num incrivelmente lindo vestido branco de longa cauda arrastando pelo chão, cheio de pedrinhas brilhantes. Agradeci, aceitei um drink que passava, e fiquei no cantinho, como um “Príncipe indeciso”, mas que sentia que algo estava para acontecer. Eu não estava convidado, nem fui de penetra, acho que alguma energia me levou para ali, algo me chamou, e apareci ali, sem ao menos saber como cheguei. Todos dançavam alegremente, romanticamente, rodavam o salão em valsas envolventes. Você, sempre muito cortês, dançava com vários rapazes, não fazia desfeita a nenhum, mas eu sentia que me olhava... o tempo todo, a cada giro que dava nas valsas. Em certo momento, com um olhar tipo “não vai me chamar para dançar?”, você me encorajou, e eu fui... e dançamos incansavelmente aos olhos de todos, admirados pela sintonia entre o par naquele salão. Era como se nossos pés estivessem no ar, tinha uma coisa me levando a dançar mais e mais. Esse não é um daqueles contos em que a carruagem vira abóbora à meia-noite não. À meia-noite em ponto, na virada do ano, um Beija-Flor divinamente enfeitado em cores, entrou pela janela, e ficou voando sobre as cabeças, de canto a canto, rodopiava, pairava, voava de dorso, era como se fosse a valsa dele, deixando a todos encantados, a nós dois mais ainda, pois, pairou exatamente sobre nós, foi duas vezes à janela e voltou, como se nos chamasse a mostrar alguma coisa. Instintivamente de mãos dadas, nos olhamos e o seguimos até o jardim, até um pé de amora, onde talvez fosse descansar. De repente, uma revoada de muitos Beija-Flores, e eles fizeram uma coroa sobre nós dois. Debaixo do pé de amora nós nos beijamos... beijamos muito. É a primeira vez que vejo Beija-Flor voar de noite, mas aquele Beija-Flor principalmente, e os outros, voaram para coroar aquela noite especial, numa virada de ano que significa vida nova.
=
( imagem Picmix - google )
domingo, 21 de março de 2021
A POESIA, A NATUREZA, E EU.
sábado, 20 de fevereiro de 2021
BONITO MENINO!
quarta-feira, 27 de janeiro de 2021
POETA É HOMEM QUE NASCE TORTO.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2021
CANTANDO O AMOR.
A Sabiá já sabia
de tudo que lá dentro acontecia,
por isso cantava e encantava;
Era um canto de magia.
O Bem-Te-Vi jurava que viu,
então gritava aos quatro cantos com seu canto,
o amor que ele assistiu.
A Sabiá, muito sábia, sabia, e sorriu.
O Bem-Te-Vi, curioso, nada silencioso, bem que viu
o amor que a gente fazia.
Mais do que a Sabiá,
a gente também sabia.
Mais que o Bem-Te-Vi,
eu bem lhe vi, bem lhe quis
você bem me viu, bem me quis,
e assim, foi um dia feliz.
=
( imagem fazendoafesta.com.br- google )