Livrando-me de coisas e pessoas com energia negativa, que a gente até sabe que são
assim, mas como a gente tenta acreditar que as pessoas podem mudar, a
gente vai levando, tentando, até ver que não dá mais. Revendo hábitos
alimentares, rezando mais e retomando projetos pessoais parados.
Buscando a luz, e não a escuridão.
Buscando a paz, e não a contenda.
Seguindo o bom pássaro, e não o de mau agouro.
Cultivando flores, e
não ervas daninhas.
Peneirando e guardando o trigo, e não o joio.
Vivendo a tempestade, mas com esperança da bonança.
Vivendo cada vez mais em poesia.
Assim estou eu.... e não abro mão de mim mesmo.
ESCREVER É DIVINO!
CAMINHOS DE UM POETA
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
FRÁGIL!
A gente é instruído, treinado, ensinado, a ser forte. Voltando um pouco à infância, primeiro a gente é instruído a ser o campeão, seja no futebol, nas notas da escola, nas brincadeiras, enfim, precisamos estar à frente dos outros colegas. Quando a gente cresce não é diferente, acho que isso é meio imposição da sociedade mesmo: VENCER SEMPRE! Uma eterna corrida do ouro. Precisamos nos mostrar sempre herois, dispostos, persistentes, inteligentes. Não há nenhum erro nisso, temos mesmo que ser fortes, resistentes, levantar de novo, aprender com os tropeços e dificuldades, nenhuma novidade nisso, isso já foi tão falado. Acontece que esse “vencer sempre” pode ser perigoso, pois crescemos muitos de nós, querendo vencer a todo custo, aplicando “os fins justificam os meios”, e atropelamos coisas, etapas e pessoas, porque não nos ensinaram a crescer respeitando o espaço do outro. Crescer com dignidade, sem inveja, sem más ambições, esse deveria ser o ensinamento central. Tenho consciência tranquila de que as coisas que conquistei, que aliás nem são tantas, mas me fazem felizes, não foram conquistadas atropelando pessoas, eu não seria feliz se fosse assim. Mas me sinto muito triste quando vejo isso sendo praticado ao meu lado, e é uma das poucas coisas nesse mundo que me deprimem. A gente estuda, brinca, cresce, namora, perde a namorada, arruma outra, e outra, casa ou não, arranja emprego, passa raiva com colegas de profissão, com chefes, arranja outro emprego, e assim, no círculo vicioso tudo se repete... a inveja, a ambição... o ódio. Por quê? Porque temos que ser fortes. Mas na verdade, não é ser forte... para a sociedade ser forte, é engolir sapo. Para a sociedade ser forte, não é ser o melhor profissional, e sim, o mais esperto, o mais sagaz, o que puxa melhor o tapete. É sorrir sem querer, é o tapinha nas costas. E todo mundo advoga em causa própria. Eu tenho sido forte em toda a minha vida, aprendi com meus pais, mas no sentido mais puro da palavra, na perseverança, no valorizar o que se tem em vez de reclamar o que perdeu, na fé, no recomeçar sempre... andei até sorrindo sem querer, não por falsidade, é que cobravam meu sorriso. Ai, como é difícil... mas de vez em quando, gosto de me sentir frágil, de ter vontade de encostar a cabeça no ombro de alguém e pedir ajuda, pois cobrar de si mesmo ser forte o tempo todo, é uma crueldade que a sociedade já o faz muito bem. Hoje eu me permito me sentir frágil... porque estou um pouco cansado de ser forte.
sábado, 8 de fevereiro de 2014
MÁCULAS
As religiões e a sociedade pregam a busca da perfeição, como se a
felicidade tivesse padrão. Eu não ando
em busca de perfeição, pois o rio corre torto e chega ao mar. Até os diamantes
precisam ser lapidados, mas eu não quero ser lapidado, quero que me amem da
forma bruta como sou, pois amar o bonito, o perfeito, é fácil. Na história da humanidade raríssimas pessoas
alcançaram a perfeição. Sem contar Jesus Cristo, Ele é hors concurs... porque
era Deus. Na verdade, Ele quebrou nosso galho se fazendo Homem no meio da
gente, veio aqui, deu o modelo, e disse: “ É ASSIM! FAÇAM!”. Talvez Gandhi,
Irmã Dulce que gosto sempre de citar, enfim,
se esforçar um pouco achamos umas dez na história. Um lençol branquinho pendurado
no varal, dançando nas ondas do vento, é
apenas um lençol branquinho no varal, ele pode passar horas, até dias ali, e
não será notado, todos passarão por ele sem ao menos olhar, mas se uma criança
inocente vem com as mãozinhas sujas de barro, e toca nele, todos o notarão.
Assim também é nossa vida, somos mais notados por nossas máculas do que pelas
qualidades, por isso digo que às vezes as máculas são importantes. Não falo das
máculas ruins, aquelas que prejudicam o colega de trabalho, o vizinho, falo
daquelas máculas que praticamos tentando ser felizes. Porque felicidade é uma
coisa muito pessoal, o sim e o não estão no mesmo cordão, mas são antagônicos embora caminhem juntos, e depende muito de que
lado se está para condenar ou aprovar. É fácil ser pedra, difícil é ser
Madalena. Eu também já vi um lençol branquinho no varal, e as mãozinhas sujas
nele, eram minhas, mas eu não fiz por maldade. Eu estava tentando ser feliz. A diferença é que o lençol vai
de novo ao tanque e voltará branquinho de novo para o varal, para ser beijado
muitas vezes pelo vento, já a gente não, carregamos para sempre nossas
máculas porque a sociedade que prega a busca da perfeição, ainda não atingiu a
verdadeira perfeição, que é um dos pontos principais no modelo deixado por
Jesus Cristo: o dom de perdoar. UM VIVA ÀS NOSSAS MÁCULAS!... que nos fazem diferentes num mundo tão igualzinho.
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