A Bíblia na cabeceira.
Na janela o sol.
O pardal, despertador natural
mostra no quintal,
o girassol,o arrebol.
Hoje eu quero ser gente!
É tão simples, mas,tão raro.
Ora barato, ora caro esse paladar.
Mas, como vou saber se não provar?
Então não quero castelos, nem diamantes belos,
só o fundo do poço, o ponto de partida,
A dor da ferida.
A lata d’água na cabeça,
a cabeça que só olha para o chão;
aí eu releio o milagre do pão.
Quero que Madalena me atire uma pedra.
Chega de ser juiz, hoje quero ser réu
e por falar em réu,
quero ser o Cristo mendigo
de farrapos e mau odor
mendigando um pouco de amor.
O menino que engraxa para o doutor.
A dor do parto que vira amor.
E a gente ainda parte sem dar um beijo.
E por falar em Judas,
não quero beijo nem ajuda.
Quero ser o inocente da cela,
não o colarinho da tela.
E por falar em tela,
não quero jornais, nem tevê,
quero olhar dentro de você.
Não quero a mentira séria,
quero a piada da miséria.
Nem o cientista com projetos de heresia,
prefiro a mágica da poesia .
Na janela o sol.
O pardal, despertador natural
mostra no quintal,
o girassol,o arrebol.
Hoje eu quero ser gente!
É tão simples, mas,tão raro.
Ora barato, ora caro esse paladar.
Mas, como vou saber se não provar?
Então não quero castelos, nem diamantes belos,
só o fundo do poço, o ponto de partida,
A dor da ferida.
A lata d’água na cabeça,
a cabeça que só olha para o chão;
aí eu releio o milagre do pão.
Quero que Madalena me atire uma pedra.
Chega de ser juiz, hoje quero ser réu
e por falar em réu,
quero ser o Cristo mendigo
de farrapos e mau odor
mendigando um pouco de amor.
O menino que engraxa para o doutor.
A dor do parto que vira amor.
E a gente ainda parte sem dar um beijo.
E por falar em Judas,
não quero beijo nem ajuda.
Quero ser o inocente da cela,
não o colarinho da tela.
E por falar em tela,
não quero jornais, nem tevê,
quero olhar dentro de você.
Não quero a mentira séria,
quero a piada da miséria.
Nem o cientista com projetos de heresia,
prefiro a mágica da poesia .
NOTA: As janelas vêem o mundo, mas o mundo não vê as janelas.Tem muita pressa!
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CARLOS SOARES
2 comentários:
Verdade. O mundo gira à velocidade com que todos corremos...numa pressa desabrida.
Quem sabe com medo de parar, pensar, sentir?
Bj
da dor nascem as maiores inpirações tu me fez lembrar de Passaros feridos, um épico livro e filme, lembras? O pássaro que ao lançar seu peito sobre um espinheiro solta o canto mais belo já ouvido por alguém, e enfim morre cantando. lindo!!!
bjks
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