ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

SOB O SIGNO DAS MÁSCARAS... DO BEM E DO MAL!


Sempre quis falar disso, mas nem sempre as palavras vêm quando a gente quer. Literatura tem disso. Desde pequeno, muito ligado às estórias em quadrinhos, já sendo um poetinha questionador, ficava me perguntando: se os heróis são boas pessoas, se combatem o mal, se são do bem e lutam por ele, por que a necessidade de usarem máscaras? Como se fosse feio e perigoso fazer o bem. Não eram máscaras de falsidade, eu sabia, apenas precisavam esconder o rosto. Existem muitos tipos de máscaras; por exemplo, o poeta não exatamente usa máscara, mas também tem dupla identidade; no meu caso por exemplo, me confundo se sou mais o Carlos, ou o poeta... pensando bem, na maior parte do tempo sou o poeta, de vez em quando o mundo pseudo real me puxa para o materialismo, mas essencialmente, sou na maior parte do tempo, o poeta, isso me faz mais leve e mais forte, mais compreensivo também. Isso não tem muito a ver com o tema, só queria falar um pouquinho de mim (rs rs). Voltando aos heróis, Homem Aranha, Batman, Durango Kid, Zorro, Fantasma, e outros tantos, me deixavam encucado, e eu vivia a me perguntar o porquê. O tempo passou, já superei os "traumas dos quadrinhos ( rs rs), acontece que essas perguntas voltaram a me incomodar. E por que voltaram a incomodar? Vivemos tempos sombrios, e percebo que as pessoas de bem estão se calando, se escondendo, como se, imitando os quadrinhos, fosse feio fazer o bem, como se fosse perigoso fazer o bem. O problema disso é que o mal que devia usar máscara, a da falsidade, não se constrange mais em mostrar o rosto, vai se instalando a cada vez que os bons se calam. "Ninguém que escreve poesia pode ser do mal", alguém me disse uma vez, de fato o poeta é do bem, e eu não vou me omitir, a poesia, a escrita em si, é minha ferramenta, pode ser só o que tenho, mas é o que me basta, embora sempre fique uma pontinha de medo, afinal é perigoso sim viver para o bem, mas é o que nos eleva ao topo do Altíssimo. Rezo que um dia as pessoas de bem não precisem usar máscaras, não precisem se esconder, e não tenhamos que conviver com o sorriso escrachado, debochado e irônico do Coringa, o herói ao avesso, só porque uma parte acha bonitos esses estigmas do mal.
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( imagem Contos do Sol Lua- google )