ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

segunda-feira, 23 de julho de 2018

EU VI UM DISCO VOADOR!




Sim, eu vi um disco voador... mas foi em sonho. Eu estava num campo aberto, tipo numa roça, noite sem lua, somente as corujas, os pirilampos, e eu. Ele apareceu bonito, reluzente, cheio de cores, pairou sobre mim, deu impressão que ia me levar. Curiosamente não tive medo, levantei os braços, mas ele não me esperou, e se foi rapidamente se perdendo no céu escuro.
Quando era criança tinha medo de disco voador, pensava que eles viriam para dominar a terra e destruir tudo, essa foi minha primeira impressão sobre extraterrestres: medo. Depois, ainda pequeno, comecei a ouvir o Raul Seixas cantando: “Ô seu moço do disco, me leve com você, pra aonde você for. Ô seu moço, mas não me deixe aqui, enquanto eu sei que tem tanta estrela por aí” ... então pensei: “ Do jeito que esse cara canta sobre disco voador, falando com uma certa esperança de que há um lugar melhor, e praticamente chama o extraterrestre de amigo, não deve ser mau assim”. Aí eu passei a gostar, não tinha mais medo. Essa foi minha segunda impressão sobre extraterrestres: curiosidade.
Os anos passaram, e nada de disco voador chegar à terra. E pensei: “Não devem existir, senão já teriam vindo, ou para o bem ou para o mal. Por que ficariam rondando, sondando, durante décadas, e não se manifestariam? Que graça teria ficarem passando sobre nossas cabeças, brincando de esconde esconde? ” Essa foi minha terceira impressão sobre extraterrestres: desencanto.
O sonho me deixou frustrado porque o disco voador não quis me levar. “Será que eu não mereci? ” foi o que pensei. Ou será que ele só veio me provar que realmente estão de brincadeirinha de esconde esconde com a gente, e não estão nem aí para o nosso planeta? Foi minha quarta impressão: frustração.
Os anos continuam passando, estamos vivendo tempos esquisitos, e sinceramente (triste dizer isso), não vejo o bem vencendo o mal. Perdão, meu Deus, eu queria e deveria, poeta que sou, estar falando diferente, mas infelizmente, o medo e o desencanto que o disco voador me causou durante a vida toda, são menores que meu medo e  desencanto com esse mundo. Mas sei que o Senhor não tem culpa.
Mas eu vou alimentar minha quinta impressão: A esperança. Dessa eu não abro mão. Que bom, de repente estou contradizendo o parágrafo anterior. Agora eu torço para que extraterrestres existam mesmo, deve haver vida inteligente em outro planeta, e chegando à conclusão de que esse mundo já acabou, o primeiro disco voador que passar, eu vou embora!

“ NA CASA DE MEU PAI HÁ MUITAS MORADAS ”...


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( IMAGEM ufologia.blogspot.com – caravan.kz )



sábado, 21 de julho de 2018

NADA ALÉM DE PALAVRAS!


Tem gente dizendo que ama,
sem amar.
Tem gente sonhando com a paz,
e vive a guerrear.
Tem gente jurando amizade,
mas nunca ajuda,
parece Judas
que beija com lábios de falsidade.
Tem gente sorrindo por fora,
chorando por dentro;
Eu também já fingi sorrir,
quando na verdade chorei:
Resistência ou vacilo?
Mas também tem gente chorando por fora,
sorrindo por dentro:
Lágrimas de crocodilo?
É tanto paradoxo que já nem sei.
No carro a cem por hora, o coração a mil,
no rádio uma canção que sempre guardei
de quando ainda tinha um coração juvenil,
e mais uma vez eu cantei:
“Palabras son palabras, nada más que palabras”.
Nunca mais acreditei.
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( imagem METALURGIA DAS LETRAS)