ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

sábado, 12 de fevereiro de 2022

ROMANTIZANDO A VELHICE!


Precisamos parar de romantizar algumas coisas. A velhice é uma delas, embora eu mesmo já a tenha romantizado: ‘a vida começa aos quarenta’, ‘cabelos brancos e rugas são sinais de experiências’. Rugas, ainda tenho poucas rs rs. Já os cabelos brancos alardeiam que os anos passam e passaram, inclusive para mim. Por que esse “inclusive para mim”? Porque eu dizia aos meus amigos, ‘nunca vou envelhecer’. Evidentemente, eu me referia ao espírito, sobre manter um coração jovial, só que ao mesmo tempo eu não me imaginava velhinho, olhava para o futuro e via o mesmo corpo magro, cabelos fartos ao vento. Mas, se não quero romantizar, também não quero dramatizar a velhice, há um certo charme em envelhecer. E há um consolo também, o de que todos vão envelhecer e morrer. Isso é meio triste, e talvez seja o grande segredo da vida, segredo esse que talvez só vamos conhecer após morrer. Não, não quero usar os velhos clichês sobre viver bem, passado, presente, futuro, se tem vida após a morte, etc, só quero falar da finitude das coisas. Tudo morre, tudo acaba, nada é eterno. Tudo é ilusão, tudo é pseudo, é tudo faz de conta. Corrijo: somente as coisas físicas morrem, acabam. As coisas invisíveis permanecem, curiosamente o que chamam de abstrato, é mais duradouro que o chamam de concreto, de real, do que podemos comprar, ostentar. Eterna é a saudade... eterno é o amor... a amizade... a saudade... a empatia... a fé... a esperança... eterno é o sorriso que a gente ganha e deixa... o calor do abraço... a gargalhada espalhafatosa. Eterno é o que ensinamos, e o que aprendemos. Eterno é o sonho, a imaginação. Eterna é a dança, eterna é a música... eterna é a poesia, meu cajado contra os dragões e fantasmas desse mundo de terror. Toco no chão, e eles fogem assustados. A arte, enfim, é eterna. Opa, consegui arrancar um sorriso de mim nesse texto choroso; é que analisando tudo isso, certo de que apliquei pelo menos um pouco dessas coisas abstratas em minha estrada sinuosa e insinuante, olhando no espelho, de frente para minhas rugas e meus cabelos brancos, posso dizer: ESTOU SABENDO ENVELHECER! Acabei, mais uma vez, romantizando a velhice rs rs. O que esperar de um poeta, senão romantizar tudo?

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( Imagem legiaodeherois.com.br ) 


quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

COMPREENDENDO A POESIA

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Se não afaga
Se não provoca
Se não invoca
Se não acalma
Se não agride
Se não transgride
Se não lava a alma
Se não viaja, se não transcende
Se não mergulha, se não ascende,
Se não faz fagulha, se não acende
Se não tem magia,
se não faz gritar aquilo que parece mudo,
pode ser tudo,
menos poesia.

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( imagem verapessoa.com.br - Pinterest )