ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

LADAINHA.

 


Nasço, morro
Renasço, refaço.
Cresço, apareço, desapareço.
Brinco, brigo, dedico, desligo.
Construo e desfaço.
Do amor, eu careço
o ódio, não mereço.
Beijo, abraço, desejo,
fraquejo num dado momento,
e em outro momento, reinvento.
Estudo, trabalho, me atrapalho,
rio, choro, perco, ganho
me encolho, me assanho
vivendo entre “porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto”,
portanto misturo sonhos e devaneios,
realidades e quimeras,
outonos e primaveras,
com invernos no meio.
Um dia envelheço, é o preço.
Trancos e barrancos, cabelos brancos
fazendo as últimas curvas da estrada que foi tão minha,
não me pertence mais.
Olho pra trás, vejo flores e ervas daninhas.
Concluo:
Essa vida é mesmo uma confusa ladainha,
na qual eu também me incluo.
=
( Imagem Papodeboteco.net- Google ) 
Ver menos