E assim a gente vai ficando mais órfão...
mais vazio
desnudo
mais frio
mais só
bem diminuto.
E contudo,
de repente o choro invade
de repente é saudade
de repente é luto
de repente um nó.
De repente a gente cala
a flor não exala.
é folha que cai
é amigo que vai.
De repente é despedida.
De repente é inverno.
Da fragilidade das coisas
da vida
só o sentimento é eterno.
= Para meu cunhado falecido, Sebastião Rosa, vulgo Fiúta. Uma espécie de irmão mais velho, um protetor. Uma pessoa que jamais levantou a voz, que jamais disse um palavrão, que jamais recusou ajudar alguém. A pessoa mais mansa que eu conheci. Vá na paz, irmão, pois é a paz que você distribuiu a vida toda, e agora a terá no colo de Deus.
4 comentários:
Assim é a VIDA! lINDA HOMENAGEM! FIQUEM BEM TODA FAMÍLIA E QUE ELE DESCANSE EM PAZ! ABRAÇÃO,CHICA
Boa noite, amigo Carlos!
A gente vai perdendo um por um e ficando órfão de tudo e de todos, pouco a pouco... é assim mesmo!
Bjm muito fraterno
Sem palavras! Lindo
Beijos, bom fim de semana.
Coisas de Uma Vida 172
Carlos, meu querido, assim são as perdas que vamos sofrendo pela vida a fora, cada um levando um pedacinho da gente e nos deixando na memória aqueles momentos marcantes vividos junto, aquela sensação de ter conhecido na terra um ser humano de especial grandeza, e as lembranças vão se formando e tecendo a saudade por vezes doída, aquela que machuca, que de vez em quando abre os braços para nos acolher... Se leres o meu último post hás de entender a amargura nas minhas palavras, misturadas que foram com a tua saudade do cunhado, e as minhas próprias saudades... Mas, como sempre, meu amigo, a tua verve poética nos trazendo versos primorosos, os de hoje numa afetuosa homenagem.
Que os teus dias possam ter sempre sorrisos para iluminar os caminhos e estrelas a brilhar no coração.
Com carinho,
Helena
Postar um comentário