ESCREVER É DIVINO!
CAMINHOS DE UM POETA
sábado, 6 de dezembro de 2008
QUEM SOU EU? (PARTE I)
Certa vez, em 1986, estávamos eu e mais 3 amigos, tomando vodka e cerveja sentados ao meio-fio na frente de minha casa, cantarolando ao violão “Pra não dizer que não falei de flores”, de Geraldo Vandré, quando uma viatura parou, ficando dois policiais dentro dela e outros dois desceram.Desses dois, um ficou mais atrás e o outro que parecia comandar a operação chegou próximo, e com toda a arrogância e autoridade que a farda amarela lhe impunha e permitia, ordenou que levantássemos e pediu documentos. Pois bem...era seu trabalho de manter a ordem.Tirei do bolso uma carteira contendo todos os documentos que uma pessoa “ normal” deve ter, carteira de trabalho, rg, cpf, carteirinha do clube, identidade hospitalar e etc.Depois de ver que eu era um cidadão perfeitamente aceito na sociedade , disse:”Essa música que vocês estão cantando, não pode.É proibida”. Mas eu respondi;”Meu senhor, desculpe mas acho que desde 80 está liberado, amigo. Foi feita a abertura. Não tem mais censura pra isso”. E ele: “ Se estou dizendo que não pode, não pode. Está discutindo com autoridade? Além de tudo vocês estão perturbando a ordem pública”. Eu arrisquei uma ironia: “Vamos tocar do Balão Mágico.Ô Marquinhos, toca unidunitê aí”. Balão Mágico pode, né? ” . “Você está conversando demais, rapazinho”-disse ele. Pedi desculpas e prometi que íamos parar. Ainda fiz um comentário com meus amigos: Acho que as coisas estão mesmo mudando. O pouco que falei aqui seria motivo de ser preso há alguns anos.Dizem que os cães ladram e a caravana passa. Hoje a caravana passa e os cães não estão nem aí”. Nem sei bem o que quis dizer com isso, mas gostei da frase. E a viatura foi embora. CONTINUA....
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