ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

terça-feira, 20 de maio de 2008

MAQUIAGEM


Era uma vez um palhaço que vivia a brincar e a sorrir.
Todos gostavam de vê-lo na função de divertir.
Com caretas e piruetas,arrancando gargalhadas, com divertidas piadas
pintando o rosto,despertando o gosto de quem o via.
Ele era o portador da alegria.
Brincava assim no circo do mundo
fazendo felizes adultos e crianças
com suas cambalhotas pra lá e pra cá
Quem o via tão cheio de esperança
não sabia que um dia poderia chorar.
Foi assim na grande arena
que ocorreu a triste cena,
quando adentrou o palco chorando, e
de pé, toda a platéia sentiu pena.
Estava de olhos chorosos,
uma lágrima corria pelo rosto
como quem traz um grande desgosto.
E vendo tão amarga imagem
de uma lágrima sobre a inocente maquiagem,
toda a platéia se pôs a perguntar:
- Quem foi que fez o palhaço chorar?
Quem foi tão cruel, derramando fel naquele sorriso
que mais parecia um paraíso de bonito que era?
Quem transformou em inverno aquela vida de primavera?
A platéia,também triste, de pé, estava a indagar:
- Quem foi que fez o palhaço chorar?
Não haviam mais piadas, nem piruetas
nem cambalhotas, nem caretas.
Nem mesmo a maquiagem disfarçaria aquela imagem.
E a platéia insistia em indagar:
- Quem foi que fez o palhaço chorar?
E eis que alguém se levantou e gritou:
-Acredite quem quiser... dizem que foi um adeus de mulher.
É que o palhaço brincava tanto que imaginava tudo em flor
E não sabia do encanto, nem do desencanto do amor.
Dizem que até hoje anda por aí,
tentando fingir,pintando o rosto, desenhando uma imagem
mas, nem mesmo a maquiagem pode esconder tal desgosto.
E a platéia insiste em indagar:
- Quem foi que fez o palhaço chorar?
Acredite quem quiser...dizem que foi um adeus de mulher.
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