Olho a mesa... e ela está vazia.
Ou quase.Vejo uma folha branca.
A me namorar ou a me interrogar?
O que pede uma folha branca
sobre a mesa olhando pra mim?
Que eu revele minh’alma como um réu,
conte meus amores,
fale de um passado que é só meu
ou do futuro que vem do céu?
Que eu fale da infância,
do arco-íris que escondia o pote de ouro,
dos sonhos frustrados e vindouros?
- Ora, folha branca! És tão indiscreta!
O coração é uma mina secreta,
não se abre todo dia.
Não sabes que o poeta é tímido
até para falar de alegria?
Não é medo, nem máscara.
É só um jeito de ser.
E se o vento te levar por aí
contando tudo que eu escrever?
Desculpa-me folha branca.
Hoje não tenho nada a dizer.
Um comentário:
Não tinhas nada a dizer! porque falaste "tudo" eu entendi! bjks
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