ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

terça-feira, 22 de março de 2022

DE MÃE PARA MÃE!

 


Hoje vou contar uma pequena e comovente história de minha mãe, entre tantas. Mesmo já morando na cidade, minha mãe conservou muitos hábitos da roça; ela saiu da roça, mas a roça não saiu dela. Hábitos como usar fogão de lenha, manter sempre uma hortazinha e umas galinhas no quintal, um vira-lata caramelo, remédios caseiros etc. Ela criava algumas cabras, duas ou três, de onde tirava o leite para nos alimentar. Lembro-me bem de dois detalhes, ou melhor três. Melhor, quatro. Um deles: ela sempre acariciava a cabra uns minutos antes de começar a ordenhar. Acho que era para criar uma certa intimidade. Talvez fosse uma conversa de mãe para mãe. Outro: eu achava bonito e gostoso de ver quando ela apertava a teta da cabrita, e esguichava forte no fundo do balde. Mais um: na hora da ordenha, ela nunca deixava os filhotes longe da mãe. Depois fui saber que era para não causar trauma na mãe, ela podia bloquear o leite. Como minha mãe sabia disso, se mal sabia ler? Coisas que só se aprende na escola da vida. E o mais importante: deixava os filhotes darem uma mamadinha primeiro, e dizia: “Os filhos são eles”. A Mãe Natureza servindo à natureza de uma mãe.
Tenho o dom de ser observador desde criança, e sempre estive no entorno de minha mãe, olhando o que ela fazia, como fazia, como falava. São essas coisas que cunham nossa índole, nossa forma de lidar com problemas, com derrotas e vitórias, com fartura e carências, com medos, como tratar as pessoas e os animais, enfim, ser bom ou mau, forte ou fraco. Não sei o nível que atingi nesses adjetivos, talvez esteja ainda distante, ou equidistante nessa corda bamba, mas posso repetir o que disse certa vez à minha mãe: “Mãe, o que aprendi de bom, foi a senhora quem me ensinou. O que aprendi de ruim, aprendi com o mundo mesmo”.
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É... hoje deu saudade. Como diz uma música antiga: “Eu tenho andado tão sozinho ultimamente...”.
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( imagem Wallhere.com.pt/Wallpaper
- google )

18 comentários:

Roselia Bezerra disse...

Boa tarde de paz, amigo Carlos!
Belíssimo!
Confesso que me emocionei com tal simplicidade e riqueza de detalhes de uma mãe que soube ser mãe.
Realmente, com meu pai aprendi tudo de bom e com o mundo (certas pessoas, não todas) o não bom em mim fica enraizado como carrapicho.
Ainda bem que Deus purifica nossa mente e 💙. Faz uma limpeza impressionante e tornamo-nos alvo como a neve.
Parabéns por escrever com sensibilidade!
Tenha um outono aconchegante e abençoado!
Abraços fraternos de paz e bem

CÉU disse...

Oi, Carlos!

De filho para mãe, foi isso que li. Que texto terno e comovente!
Sua mãe lhe ensinou o bem e o mundo lhe ensinou tudo o resto, onde está incluído o mal.

Abraços e bom outono.

Reflexos Espelhando Espalhando Amig disse...

Carlos,
Essas memórias nós
fazem muito bem!
Adorei ler.
Bjins

CatiahoAlc.

chica disse...

Calos, adorei! Há dias em que as saudades chegam e se instalam,não é? Lindas recordações desses momentos doces com ela vividos! abração,chica

Arthur Claro disse...

Muito bom este texto, meus parabéns.

Arthur Claro
http://www.arthur-claro.blogspot.com

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

Carlos

as memórias simples e cheias de ternura que você se lembrou.
delicioso o seu texto e cheio de sabedoria que as mães tem.
boa semana com muita saúde.
um beijo
:)

Ivone disse...

Carlos, poeta sensivel, eis o que se é quando se tem exemplos assim, mãe amada e respeitada, filho sensivel e que aprendeu muito bem os valores da alma!
Amei ler, sentir e perceber as energias boas e tem sim, momentos em que sentimos uma sensação de solidão,queremos o colo de quem nos amou incondicionalmente!
Abraços apertados!😍😘

Marli Terezinha Andrucho Boldori disse...

Bom dia,Carlos, primeiramente quero agradecê-lo por ter deixado uma mensagem em meu blog, mesmo eu estando a tempos ausente do seu.O texto que li aqui, fizeram-me voltar a um passado lindo. O que você registrou sobre sua querida mãe é simplesmente divino. Quantas recordações bonitas, o que uma mãe faz com simplicidade é o que a vida a ensinou, a necessidade de viver bem. E, com certeza, você aprendeu a viver com bons exemplos, como disse: tudo de bom.A sensibilidade de sua alma ajudou a fazer este lindo registro, é uma bela homenagem à sua querida mãe. Grande abraço!

Parapeito disse...

Olá. Voando por ali e por acolá, cheguei aqui!
Gostei tanto deste conto tão cheio de ternura.
Revi minha meninice, quando ia para a aldeia da minha avó.Também assistia a esse " ritual" sábio quando minha tia ordenhava as cabras.
O saber da vida tem muito valor,não é preciso ter ido a uma escola.
Gostei desta sua forma de mostrar o amor e orgulho na senhora sua mãe.
Brisas doces ( vou voltar )*

Rosa dos Ventos disse...

Que bonitas memórias!

Abraço

Alice Alquimia disse...

Que legal ler aqui.

Janita disse...

Uma história verdadeira e muito enternecedora.
Gostei tanto! Sua Mãe era uma grande Mulher, Carlos.
Obrigada por partilhar connosco.

Um abraço.

Rosemildo Sales Furtado disse...

Eu também agradeço muito a minha pobre e inesquecível MÃE, pois o puco que tenho e o pouco que sou devo a ELA. Bela homenagem Carlos.

Abraços,

Furtado

Lúcia Silva Poetisa do Sertão disse...

Muito emocionante o seu texto. A simplicidade da vida no campo é uma riqueza de tranquilidade e sabedoria, a natureza ensinando-nos a todo instante.
Abraços fraternos!

Anônimo disse...

Amigo, sou eu, Maria da Graça,a , tirei umas fériss do meu blog: magiadasiluminadas i Lindo texto, singelo,puro e delicado. Posso visualizar tudo o que vc disse. V sempre se superandon Beijo no coraão.

Maria da Graça Reis disse...

Tão singelo e tão lindo. Mãe é mãe.A amiga mais leal que temos na vida.A sensibilidade mora em seu coração. Tenho certeza que ela vela por você.
Beijo no coração

Ana Bailune disse...

Linda crônica!
Sua mãe era sábia.
Eu penso que quem não gosta de animais, ou os maltrata, tem algum problema sério.

Filha de José disse...

Legal essas memórias de sua mãe.

Aproveito a oportunidade para te convidar a conhecer o projeto de publicação do meu primeiro livro infantil. É um projeto de financiamento coletivo. Segue o link abaixo. Abraço.

https://www.catarse.me/maressa_e_os_biscoitos_da_alegria_b82b?ref=project_link