Amanheceu.
Tudo igual, nada mudou.
Ontem,como anteontem
foi vazio, foi frio.
Como se eu fosse neve
tão somente neve .
O relógio desperta.
À janela aberta, a brisa toca meu rosto
Dando-me a falsa impressão de não estar sozinho.
Avisando que é hora de levantar e lembrar.
Sim, abrir os olhos a cada manhã
é mergulhar numa imensa escuridão.
Nas ruas pessoas pra lá e pra cá,
tal qual formigas no quintal
em busca da colocação, da compensação.
Com o que vou me compensar?
Poesia no papel não é solução.
Aí digo um verso qualquer pra um tempo que já era:
Quem dera, menina, quem dera
que fosse outra vez primavera,
que nosso tempo voltasse pra valer
afugentando a solidão, que como fera
devora o meu ser.
Anoiteceu...
Amanhã como hoje
vai ser vazio, vai ser frio.
Como o relógio, como a neve, como a brisa.
E eu terei que repetir mais uma vez:
Quem dera, menina, quem dera
que fosse outra vez primavera.
Um comentário:
Poesia cheia de boas recordaçoes de alguem que se foi. Mas, nunca e tarde para deixar o orgulho de lado e reconquistar quem se ama. Va em frente amigo e seja muito feliz, voce merece tudo de bom e tudo e possivel quando se ama. Muita luz e muita sorte. Bjs!
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