Ainda criança contava estrelas pra brincar.
Se passava uma cadente
vinha logo na mente
um desejo pra pensar.
Coisas de menino
que desde cedo aprende a sonhar.
O tempo passou.
Meio criança,meio homem, andei contando estrelas pra esquecer
anseios e devaneios,afins e afãs.
Quantas vezes vi nascer as manhãs
contando estrelas pra esquecer!
Coisas de homem que não aprendeu a crescer.
Mas as lembranças eram tantas
que se confundiam com as tais,
por isso não conto mais.
Se passa uma cadente
não olho para o céu.
A poesia é meu único véu,
talvez resquício de uma infância
que insiste à porta bater
minha redoma contra ilusões.
Ilusões... pra quê tê-las?
Hoje não conto mais estrelas.
Nem pra brincar,nem pra esquecer.
Classificada em 8º lugar no 22º Festival Estadual de Poesia 2008 -
Cidade de Ipatinga-MG. A ser publicada na série Poesia de Bolso em 2009
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