Carlos Suarez ( qualquer semelhança com nomes da vida real é mera coincidência he he), embora meio jovem era um renomado médico, altura mediana, cabelos castanhos enrolados, bonito, solteirão convicto e dedicava-se só ao trabalho e a cuidar da velha mãe adotiva. Passou infância e juventude se perguntando sobre seus pais, sabia muito pouco, que teria sido achado na rua, que o pai havia sumido e que a mãe era peregrina. Nem o carinho que recebia de dona Deda desde o berço, e os estudos, conseguiram lhe subtrair essas perguntas. As ocupações apenas distraem, não nos tiram inquietações. Num raro dia de folga, sentado ao lado de Dona Deda no sofá abraçou-a, dizendo. “Para mim a senhora é a minha mãe, aquela me criou, que me deu carinho, que me fez virar um médico famoso e rico. Porém, algumas perguntas não saem de mim. Acho que mereço saber sobre meu passado. Estou bem crescidinho, não acha? Posso suportar qualquer verdade e a senhora é meu único elo com meu passado”. A mãe virou o rosto desconversando. Ele insistiu, virando o rosto dela com a mão. “Por favor, mãe. Eu preciso saber. Nada do que vai me contar pode mudar nossa vida”. Ela pensou, abaixou a cabeça, chorou um pouco e olhou-o com ternura de mãe... a mãe que o destino deu. “Espero que me perdoe por não ter contado antes. Você sempre me perguntando desde pequenininho e eu fugindo do assunto. Mas juro, era para proteger você e por medo de lhe perder, pois você também era a única coisa que eu tinha na vida”. Ele interrompeu. “Claro, já disse, nada vai mudar meu amor pela senhora. Conte tudo por favor”. E ela começou. “Sua mãe era de família tradicional, tinha um pai severo. Eu, mais que empregada, era a amiga confidente dela. Até que apareceu um rapaz na cidade e se apaixonaram. Só que ele, apesar de muito bonito, era largado, boêmio, beberrão, gostava de jogo. Eu avisava que não daria certo, logo ela uma moça tão fina, mas vá dizer isso a quem ama... não adianta. Sua mãe que o via sempre às escondidas, acabou engravidando. Imagine naquela época. O pai, expulsou-a de casa, a mãe não podia falar muito, era assim naquele tempo. Fiquei desesperada por não poder ajudar aquela moça.Aquela casa nunca mais foi a mesma.Triste, pedi demissão e fui trabalhar num restaurante como cozinheira. Um dia, voltando bem à noite, uma mulher, estirada sob um viaduto, com uma voz de dor chamou meu nome. Reconheci logo, era Samanta, sua mãe. Corri até lá, abracei-a forte e vi que tinha da cintura para baixo tudo ensanguentado, ela deu à luz ali mesmo. A criança deitada no chão envolvida em panos velhos, mamava. “Meu Deus!”, exclamei quando vi que parecia ser uma hemorragia grave, sua mãe ardia em febre e mal podia falar. 'Cuide de meu filho, Deda... como cuidou de mim'. Eu disse. ‘Não desanime, vou chamar uma ambulância’. Saí louca para buscar ajuda, mas foi tarde, ela estava ali havia muitas horas, tinha sangue já frio e velho no local. Não sei se os pais tiveram conhecimento de sua morte, acho que não, pois não foi muito difícil para mim conseguir a sua guarda. Bem, meu filho, essa é sua história, o resto você viveu comigo'. Doutor Suarez não se aguentava de lágrimas. 'Como pôde minha mãe de sangue passar tudo isso? Quanta intolerância! Falta ainda um detalhe que não me disse. E meu pai? Onde estava?’. Dona Deda, olhou-o, alisou seu rosto. 'Seja forte, pois essa é a pior parte. Seu pai não quis saber dela, deixou-a quando mais precisava. Gostaria de não contar isso, mas já passou da hora de você saber de tudo. ‘E como ele se chamava?’, perguntou. Deda respondeu. ‘Heitor Villanueva’. 'Eu me pareço com ele?'. Deda conseguiu rir. 'É idêntico. Até essa mancha que você tem no peito, ele tinha igual'. Respirando fundo, olhando o vazio, ele disse. 'Gostaria de conhecer meu pai para dizer que o odeio'. ( continua... )
Não percam a segunda parte, vêm emoções fortes por aí.
ESCREVER É DIVINO!
CAMINHOS DE UM POETA
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30 comentários:
Carlos,
Adorei seu lado noveleiro
e aguardo ansiosa pela emoções fortes que virão ...
:)
Bjo Grande !
Menino,,,voce tá arrasando agora como roteirista de novelas...rs..ra..abraços de boa quarta pra ti e me diz uma coisa,,,gostou do Papai Joel? eu não...rs..
Saudades, vê se não esquece dos amigos. Desejo felicidades e sucesso com o livro!
Sucesso e siga em frente Carlos.
Beijos,
Carla
Olá Carlos,
você tá mandando muito bem, e quem dera que as novelas mexicanas tivessem essa qualidade.
Fala serio.
Vou aconpanhar sempre e ninguém tira o controle remoto da minha mão.
Um abração carioca.
Olá Carlitos!
Adorei este início da novela.
Óh meu Deus, quanta imaginação e poder descritivo tu tens.
Continua. Emoções precisam-se...
Carlos, vou estar uns dias ausente a partir de amanhã. Espero, quando regressar, que hajam mais episódios.
Beijos.
Janita
Olá Carlos
Aguardo o próximo capítulo
Foel, ninguém merece.
abração
Trama bem tecida que nos leva a esperar ansiosamente o próximo capítulo. Parabéns amigo! Bom SÃO jOÃO.
Olá Carlos
Bonita esta história que na vida real
que acontece frequentemente.
No meu local de trabalho havia uma senhora que criou três filhos.
A menina apaixonou-se também por um formoso rapaz que a iniciou nas drogas.
A decadência foi terrível.
Hoje os filhos vivem com a avó, que luta para que nada lhes falte.
Se não é vida real está próxima.
Um grande bj. Edna
Puxa, estás inspirado,heim??/Não quero perder o resto! abração,lindo feriado!chica
Aguardo a segunda parte.
Vc arrasa em todo lado.
Parabens!
Obrigada pela visita a meu blog.
beijo
Gosto muito de ler você. Uma escrita impecável. Uma linguagem agradável.
Parabéns Amigo!
Um Grande Abraço!
Carlos querido... como poeta já tens uma fã garantida... e agora como roteirista acaba de ganhar outra !
volto ler o próximo capítulo.... é claro que volto....
beijo carinhoso
Oi Carlos!
Fui procurar seu blog no facebook agora. Olha não conhecia o seu blog e adorei esta estória de hoje! Obrigada.
Beijos com carinho e bom feriado.
Bom dia,Carlos!!
Adorei!!A leitura prendeu minha atenção... e bem esperto você, em?!!Parou bem numa parte emocionante!!!rsrsrsr
Fiquei curiosa para ver o resto!!
Beijos pra ti!
Bom feriado!!
Um belo feriadão pra ti meu amigo...paz e poesia sempre...abraços.
Essa novela é mesmo um tanto mexicana, mas tem a sua cor... gostei...
bj
Bom dia Carlos!
Obrigada pelo carinho amigo! Um bom feriado!
Beijos com carinho.
Carlos, e vc para na melhor parte...rsrs adorei teu jeito noveleiro.
Parabéns e muito sucesso prá vc no lançamento do livro, vc merece.
beijos e ótimo ferido!
Mariz
Bom feriado de Corpus Christi Carlos!
Carla
;D
Gosto de ler histórias que me deixam em dúvida entre a realidade e a ficção, de tão reais e emocionantes e bem contadas.
Esta frase me chamou a atenção:
"As ocupações apenas distraem, não nos tiram inquietações". É uma verdade.
abraço
Carlos estou esperando a segunda parte desta história..bjs
Olá, Carlos,
vai escrever uma novela?
Muito legal!!
Talento é isso aí!!!
Um grande abraço,
Um conto interessante.
Parabéns!
Um abraço.
Fernanda
Um bom final de semana pra ti meu amigo...abraços.
Olá. bom dia!!!!
Venho te convidar a visitar meu blog de poesias. Se gostar e quiser me SEGUIR, vou gostar de ter seus coments. Já te sigo com alegria. Hiper abraço,
João Ludugero, poeta.
www.ludugero.blogspot.com
Até mais!
Me encantó su novela
Destinos Cruzados.Bravo!
Este niño, este niño!
Que no se atasca en elle? ¿Quién?
Ciertamente, las emociones de su nueva ópera de jabón en México.
Besos besos. :)
Meu amigo, quando tu tiras para escrever essas suas "novelas", sai de baixo que vem emoção forte!
Vou ler a segunda parte!
Abraços renovados!
Caramba, não consegui parar de ler a tua novela, que coisa legal!!! Já estou indo ler o próximo capítulo, rsrsrs. Eu também andei fora do blog esses dias. Estou também passando para te avisar que tem selinho para você no meu blog, aparece por lá querido.
Beijocas
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