ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

COISAS DE POETA II


Esse também é um caso recente. Já cheguei à conclusão de que tudo que faço meticulosamente, dá errado, e claro, tudo que deixo acontecer espontâneo, as coisas que nem estou aí para elas, que nem lembro, saem melhor. Parece que a vida me permite ser um pouco moleque. Acho mesmo, pois ainda tenho muita sorte, mesmo não ligando muito de abraçar as coisas. Estou vivendo em outra cidade, trabalhando com outras pessoas, tudo muito diferente, e é natural que eu tente me adaptar ao novo que se faz em minha vida, qualquer um faria assim. Só que “pau que nasce torto, morre torto”. Melhor, poeta que nasce torto, morre torto. Vez em quando emerge o poeta, superando o profissional, o cidadão comum. Até já ouvi por aqui que sou ‘voado’. Gozado, acho que já ouvi isso antes... algumas vezes rs rs. Ora, eu não posso ser voado no trabalho, e não sou mesmo. Sou voado no que a maioria das pessoas se concentram. O importante é que as pessoas que me chamam de voado, tanto do passado como de agora, também me chamam de inteligente, de bom rapaz, de bom funcionário... e até de bom partido he he. Como eu rio dessas coisas. Vamos ao fato.
Acordei cedo, alías já havia dormido cedo, ia trabalhar antes do horário. Viram como no trabalho sou responsável? Fui chamado à uma festa e não fui porque precisa madrugar. Sentei-me ne cama, fiz pequena oração. Procurei chinelos, calcei, fui direto à escova. Rosto lavado, dentes escovados, tomei um gole de água levemente gelada.. Tenho esse hábito. Toalha limpinha para tomar um belo banho. “Não, sabonete comum hoje não. Vou pegar aquele de aromas”. Um banho de vinte e cinco minutos. Só de água no rosto foram uns dez. Cantarolei umas canções antigas enquanto sentia a água acariciar meu corpo. “Ô banho gostoso”. É verdade, eu falo em voz alta comigo, é um jeito de não me sentir muito sozinho. Enxuguei-me cuidadosamente, entre os dedos dos pés, atrás da orelha . Perfuminho bom. “Onde está meu uniforme?”. Dobradinho no guarda-roupas, calça e camisa cheirosos e macios. Peguei só a calça, pois ainda faria um café e não queria vestir ainda a camisa, era uma chance a menos de amassar ou sujar. “Quando for sair visto camisa. Só de calça e chinelo portanto enquanto esquentava leitinho para tomar com achocolatado, acompanhados com meio pão com manteiga. ”. Por quê tudo isso? O chefão vinha para dar uma reunião geral, com instruções gerais, novidades na empresa, etc. Sem contar a esposa e o “Tiarlie”, o cachorro que pensa que é gente, lembram? Agora meu check-list. “Já desliguei fogão? Já. Já desliguei ventilador? Já. Janelas dos fundos, já fechei? Já. Abri a toalha para enxugar no varal do meu pequeno apê? Abri. Tv desligada. Água na geladeira. Guardei a manteiga. Passei água no copo. Tudo certinho. Se mamãe visse agora ia ficar orgulhosa”. Ou então com muita raiva, pois quando era pequeno não fazia nada disso. Coitadas das mamães. Olhei as horas na parede. 06:20h. Eu estava adiantado, o carro passaria às 06:40h. Fui andando devagar , porém uma sensação estranha me acompanhou até o ponto de pegar o carro de que estava me esquecendo de algo. Busquei e rebusquei na memória e nada. Caso me lembrasse teria tempo de voltar em casa. “Ah, não deve ser nada importante, as coisas essenciais eu cuidei”. Vem de lá o carro, entrei, dei bom dia e todos responderam bom dia, rindo ou tentando não rir. Uns até com a mão na boca. Um disse. “Bom dia Carlos. Dormiu bem?”. Respondi na maior naturalidade. “Claro. Dormi demais. Rapaz, acho que dormi antes de dez horas”. Outro completou. “ Pode ter dormido bem, mas foi no mato. Você nem penteou o cabelo”. Risada geral. “O quê?”, falei espantado. “ Ah , então era isso, esqueci o cabelo”. Olhei rápido no espelho. Eu parecia um ouriço. Quando chegamos, a menina me emprestou um pente e me arrumei . Já me aconteceu isso, há muito tempo na juventude, quando meu cabelo era bem maior e mais encaracolado. E a cena foi pior naquele tempo. Felizmente agora está bem menor. Imaginem se fosse como na foto acima. Pois é, foi nesse tempo a primeira vez.

15 comentários:

chica disse...

rsssssssssss....todo arrumado, cheiroso e despenteado.Mas isso até é moda...rsr abraços,chica

Edna Lima disse...

Há como eu queria um filho assim!
Mas de cabelo penteado ficaria melhor.
Um grande bj conterrâneo.
Edna Campos.

mARa disse...

...rsss...delicia de texto, trein bão é lembrar desses fatos que nos colorem a vida...
Mamãe sentiria orgulho, garanto pro cê! rssss....esses relapsos são permitidos a quem pensa em tantas coisas ao mesmo tempo e vai fazendo tudo ao mesmo tempo, isso é viver, isso é desfrutar tudo ao mesmo tempo agora, e os cabelos, ah! que importa...importa o Ser Lindo que És!

Beijo! Paz e Luz, amigo LIndo!

Maria José disse...

Carlos meu amigo!
Obrigado pelas belas palavras.
UM FELIZ NATAL E UM FELIZ 2011!!!!
Um abraço1

Paula Barros disse...

Carlos, sorri aliviada, porque me identifiquei e teria muitos fatos para contar.

Já sai para trabalhar, e as pessoas estavam tão simpáticas neste dia, sorriam para mim...até que três quarterões depois da minha casa alguém me avisou que eu não tinha espalhado o protetor, parecia aquelas caricaturas de índio, com marcas brancas no rosto.

E comer com a roupa pela metade também é costume, porque sempre derramo algo.

E sair com os pés dos sapatos diferente.

O bom mesmo é você conseguir transformar numa boa narrativa.

abraço.

franciete disse...

Olá meu querido amigo sempre com histórias engraçadas para nos animar,
pois os cabelos de importava diante de uma carinha tão laróca.
Beijinhos de luz e paz em seu coração.

Eduardo Medeiros disse...

olha pelo lado bom: pelo menos você não esqueceu o ferro de passar ligado... heeeeeeee

Pelos caminhos da vida. disse...

KKKKKKKKK, só vc mesmo amigo, poetas são assim mesmo um pouco desligado.
Fiquei imaginando a cena.

beijooo.

Sandra Gonçalves disse...

melhor pentear os cabelos.
Que delicia de post.
Bjos achocolatados

Anônimo disse...

Carlos ,

Muito obrigada por sua
presença e comentário generoso.
Vindo de você , que escreve tão bem , tem um blog excelente,
foi um grande elogio.
Obrigada de coração.


Seu texto maravilhoso , adorei!


Bjo e uma Noite de Paz.

rosa-branca disse...

Texto gostoso demais meu amigo, pois não á muito tempo me aconteceu. Pensei que fosse da idade. Beijos com carinho

Everson Russo disse...

O gostoso da vida é o improviso, a doideira,,,esses sim dão certo,,,mas é muito bom tambem tudo que ficou na lembrança,,,gravado na memoria...abraços meu amigo e um belo final de semana pra ti.

Priscilla Marfori... disse...

Oi querido obrigada pela visita, espero que me siga para não perdemos contato, B-Jos.

=)

Priscilla Marfori... disse...

Oi denovo querido, vi lá que já está seguindo, que bom! Se quiser conhecer o outro é: http://priscillamarfori.blogspot.com/

B-Jos e até mais ler...

IT disse...

Memórias, doces memórias de um lindo poeta!

Beijos carinhosos no poeta.