Nas gavetas escuras de sua memória
fotografias minhas pálidas pelo tempo.
Quase nem vê meu rosto .
Cartas antigas,poesias amigas
são agora rimas perdidas , ao léu do esquecimento.
Palavras... palavras... palavras.
Balões sem rumo, bolhas de sabão ao vento.
Tolamente me pergunto se ainda alisa meu rosto
mas a realidade me chama
e me avisa que não mais me ama
e certamente contempla fotografias mais atuais
ouve declarações recentes,
já que as minhas estão nas gavetas, ficaram banais
e assim,dia a dia, se apagará o meu rosto
até não vê-lo mais.
Um comentário:
Algumas lembranças, apesar de já meio apagadas, existirão sempre... Penso que temos que aprender a aceitá-las como chuvas que já passaram, vitalizaram a terra, mas, agora chovem em outros terrenos...
O ciclo do samsara! Não é permanente...
É um belo poema!!!
Beijos de luz e um final de semana muito feliz!
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