ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

domingo, 29 de dezembro de 2019

ORQUESTRA NATURAL





Vejam que farra!
Que coisa legal!
Duas cigarras tocando guitarras
fazendo algazarra no meu quintal.
Meu peito em festa
ouvindo uma orquestra
assim natural.
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( Imagem Cuentos Infantiles )


Com esse poeminha leve, infantil despeço-me ( no blog) de 2019. Desejo a todos os amigos (as ), um 2020 mais suave, de mais tolerância, esperança  e fé. Gratidão pela companhia em mais um ano. Muita luz e inspiração nos nossos caminhos

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

SOB O SIGNO DAS MÁSCARAS... DO BEM E DO MAL!


Sempre quis falar disso, mas nem sempre as palavras vêm quando a gente quer. Literatura tem disso. Desde pequeno, muito ligado às estórias em quadrinhos, já sendo um poetinha questionador, ficava me perguntando: se os heróis são boas pessoas, se combatem o mal, se são do bem e lutam por ele, por que a necessidade de usarem máscaras? Como se fosse feio e perigoso fazer o bem. Não eram máscaras de falsidade, eu sabia, apenas precisavam esconder o rosto. Existem muitos tipos de máscaras; por exemplo, o poeta não exatamente usa máscara, mas também tem dupla identidade; no meu caso por exemplo, me confundo se sou mais o Carlos, ou o poeta... pensando bem, na maior parte do tempo sou o poeta, de vez em quando o mundo pseudo real me puxa para o materialismo, mas essencialmente, sou na maior parte do tempo, o poeta, isso me faz mais leve e mais forte, mais compreensivo também. Isso não tem muito a ver com o tema, só queria falar um pouquinho de mim (rs rs). Voltando aos heróis, Homem Aranha, Batman, Durango Kid, Zorro, Fantasma, e outros tantos, me deixavam encucado, e eu vivia a me perguntar o porquê. O tempo passou, já superei os "traumas dos quadrinhos ( rs rs), acontece que essas perguntas voltaram a me incomodar. E por que voltaram a incomodar? Vivemos tempos sombrios, e percebo que as pessoas de bem estão se calando, se escondendo, como se, imitando os quadrinhos, fosse feio fazer o bem, como se fosse perigoso fazer o bem. O problema disso é que o mal que devia usar máscara, a da falsidade, não se constrange mais em mostrar o rosto, vai se instalando a cada vez que os bons se calam. "Ninguém que escreve poesia pode ser do mal", alguém me disse uma vez, de fato o poeta é do bem, e eu não vou me omitir, a poesia, a escrita em si, é minha ferramenta, pode ser só o que tenho, mas é o que me basta, embora sempre fique uma pontinha de medo, afinal é perigoso sim viver para o bem, mas é o que nos eleva ao topo do Altíssimo. Rezo que um dia as pessoas de bem não precisem usar máscaras, não precisem se esconder, e não tenhamos que conviver com o sorriso escrachado, debochado e irônico do Coringa, o herói ao avesso, só porque uma parte acha bonitos esses estigmas do mal.
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( imagem Contos do Sol Lua- google )

sábado, 22 de junho de 2019

MINHA VIDA É UM SACO... DE POESIAS!



Um dia o menino juntou todos os seus sonhos, colocou tudo num saco, e saiu por aí. Carregava aquele saco por onde ia, por todo o tempo, jamais era visto sem ele. Almoçava com ele, brincava com ele, dormia com ele. Sol, chuva, vento, alegria, tristeza, nada, nada os fazia se desprenderem um do outro, parecia que já era uma necessidade, quase dois em um de tão unidos em si. Carregou-o pela infância, pela adolescência, pela juventude, até chegar a velhice. Sempre que o perguntavam ao longo da vida se não era um fardo muito pesado, ele respondia: “Não é pesado. Esse caso carrega meus sonhos, e os meus sonhos são muito suaves, não há mal que possam me fazer”. Até que alguém perguntou: “Mas ele está sempre cheio, nunca se esvazia, então quer dizer que não realizou os seus sonhos?”. Ele respondeu: “Realizei muitos! Mas meus sonhos vêm de uma fonte inesgotável, não cessam nunca, quanto mais eu realizo, mais eu sonho. São como o ar que respiro, como a água que eu bebo, são alimentos para mim. Triste eu ficaria se esse saco se esvaziasse um dia. O vazio sim, é um fardo muito pesado!”. E assim, ele foi chamado de poeta! Essa é a história de uma poesia sem fim...
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( imagem google )

quinta-feira, 23 de maio de 2019

MINHA FLOR MORENA!


Andando numa floresta, avistei uma clareira, parei para beber água, e descansar às margens de um lago bonito. Sede saciada, sentado num torrão, clima ameno, silêncio total à minha volta. É bom estar com o silêncio. Tratei o silêncio nessa expressão “com o silêncio”, como se ele fosse uma pessoa, pois, para mim, às vezes, o silêncio é uma grande companhia, a gente anda no meio de tanto barulho infrutífero, invasivo, desnecessário, destrutivo; de vez em quando a gente precisa frear um pouco. No meio à calmaria ouvi um “Psiuuu”. Tive um breve susto, afinal eu pensava estar sozinho, mas foi um chamado tão suave que nem assustou tanto assim. E repetiu enquanto eu olhava ao redor procurando. Com mais calma, avistei uma linda Flor Morena pendendo de um lado para outro como se fosse balançando ao vento, mas não havia vento, ela estava acenando para mim. Pensei: “Estou maluco ou será que essa flor falou mesmo comigo?”. Cheguei mais perto, sentei-me ao lado dela, admirando-a, afaguei suas pétalas, e ouvi: “Hummmm... que carinho bom, seu moço”. Ainda perplexo com a grata surpresa, perguntei: “Uma flor que fala?”. Ela respondeu: “Só para os sensíveis. Outros já estiveram aqui, mas não me ouviram. Sem contar os medos que passei de ser arrancada”. Respondi acariciando: “Como eu poderia arrancar tamanha beleza da natureza, se é linda assim, plantada, perfumada, com pétalas cheias de vida? Flor que se arranca, morre, prefiro contemplar todos os dias a perder para sempre por causa de um prazer momentâneo e egoísta”. E ela: “Envaidecida com teu carinho. Bem se nota que sabes proteger uma flor”. Dito isso, senti seu perfume ainda mais intenso, não entrou somente pelas minhas narinas, parecia envolver todo o meu corpo. Ela disse: “Sente esse perfume como gratidão e carinho recíproco. Estou te abraçando”. De olhos fechados, inebriado, falei: “Sinto-me enamorado”. Ela correspondeu: “Da mesma forma eu. A partir de hoje, és o meu amor”. Dei beijinhos em suas pétalas, senti os beijinhos dela em meu rosto também. “Estarei aqui todos os dias, minha Flor Morena”. Ao que ela respondeu: “Estarei aqui à espera de ti, com todo o meu perfume, com minhas pétalas ávidas por teu toque”. Desde então, todos os dias vou ao lago, namoro com a Flor, e volto para casa... e durmo com seu cheiro no meu cobertor, na certeza de que deixo com ela um pouco de minha poesia também.
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( imagem google )
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domingo, 3 de fevereiro de 2019

CONSPIRANDO PARA O BEM!


Certa vez um amiguinho me disse que exatamente à meia-noite, as águas dos rios e cachoeiras param por um segundo, e depois voltam ao seu fluxo normal. Lenda, claro, mas mesmo assim mexeu comigo, ainda aumentei a lenda, e fiquei pensando: “Deve ser porque a gente não está lá para ver. Não devem parar só por um segundo, devem ficar paradas um tempão. Acho que as coisas só acontecem se a gente estiver por perto. Para que acontecer se não tem ninguém para ver? Assim também deve ser com as estrelas, com os passarinhos. Para que um passarinho vai cantar se não tiver plateia? É um desperdício de talento. Para que as estrelas vão brilhar se ninguém olhar para o céu? É um desperdício de luminosidade, de energia”. E assim, tentava ficar acordado até meia-noite para observar, ouvindo deitado na minha cama, se o rio parava mesmo. Nunca consegui, o sono sempre me levava, no outro dia ficava com raiva por ter dormido. O engraçado, é que embora eu pudesse avistar o rio e a floresta durante o dia, meu bairro era bem longe, e mesmo assim, à noite eu ouvia o rio, sei lá, imaginação talvez... quantas vezes sobrevoei aquela floresta sem nunca ter estado lá fisicamente, então ouvir o rio não era tão difícil. Mente de um poetinha metido a Peter Pan. Metido não, eu era Peter Pan... todo mundo pode ser Peter Pan. Isso criou um hábito gostoso em mim, de até hoje ficar olhando os rios, o mar, o balançar das árvores, nunca deixei de olhar para o céu para não perder o brilho das estrelas, e se um passarinho começa a cantar, eu paro mesmo para ouvir. Por quê? Porque gosto que as coisas boas tenham fluxo, não quero que elas parem um segundo qualquer, pois, são espetáculos de Deus.
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( imagem Peregrina Cultural - google )

OH, MINAS GERAIS...


" HOMEM BRANCO FEZ A TERRA VOMITAR( ( líder de aldeia afetada em Brumadinho )

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OH, MINAS GERAIS,
OH, MINAS GERAIS,
QUEM TE EXPLORA
NÃO TE MERECE JAMAIS!