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segunda-feira, 1 de maio de 2017

NÃO ERA APENAS UM RAPAZ LATINO AMERICANO



Não posso deixar de homenagear esse grande artista, cantor e compositor de primeira linha. Um dos compositores preferidos, ou o preferido de Elis Regina, admirado por ninguém menos que Sivuca, um monstro como maestro e instrumentista. Fez parte  da trilha sonora da minha juventude, não é a toa que tenho no meu pendrive umas dez músicas dele. Gosto de artistas diferentes, e esse misturou rebeldia, blues,  folk, poesia, filosofia, com uma autenticidade como poucos.  É difícil ficar falando de um artista tão diverso, tão múltiplo, tão polivalente. A primeira vez que o vi na tevê,  em 1975 ou 76 por aí, minha mãe ( sempre ela ) correu ao meu quarto. “Vem cá, Carlos Vem ver um moço bonito cantando na televisão, uma música tão bonita”. Era o Belchior cantando APENAS  UM RAPAZ LATINO AMERICANO.
Belchior, não foi apenas um rapaz latino americano,  foi um dos maiores poetas latino americanos. Isolou-se como os gênios fazem. Como dizia Raul Seixas: "Os homens passam, as músicas ficam". Ainda bem que pelo menos as músicas ficam. Morrer faz parte da vida, triste e irônico isso, a gente até entende, ou finge que entende, mas o pior é o que está ficando pra gente. Estamos ficando órfãos.

3 comentários:

  1. Linda homenagem e foi mais uma triste perda! abração,chica

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  2. Bela homenagem! Gostei.

    Beijinhos, Carlos!

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  3. Amigo Carlos, como disseste no final, estamos ficando órfãos dos gênios da nossa geração, lá no céu estão ganhando, pois creio que, da forma como ele morreu, tão rapidamente, deve estar ainda pensando que está vivo e continuará a presentear os de "la", como prêmio para nós, suas músicas ficaram!
    Também sinto muito, mesmo que a morte faça parte da vida, quase nunca a aceitamos sem nos sentirmos muito tristes!
    Abraços apertados!

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